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Mecanismos Coesivos Seqüenciais

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Por:   •  1/6/2013  •  Resenha  •  287 Palavras (2 Páginas)  •  779 Visualizações

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Mecanismos Coesivos Seqüenciais, segundo Fávero

Marta Melo de Oliveira

Os mecanismos de coesão textual seqüencial (seqüenciação temporal e por conexão) servem para introduzir o fluxo informacional no sentido de fazer progredir o texto. A seqüenciação temporal, segundo Fávero (2005:34), realiza-se por ordenação linear dos elementos; expressões que assinalam a ordenação ou continuação das seqüências temporais; partículas temporais; e correlação dos tempos verbais (consecutio temporum).

A seqüenciação por conexão marca a interdependência semântica/pragmática dos enunciados entre si e é expressa por operadores do tipo lógico, pausas e operadores discursivos.

Fávero (2005:35) distingue os operadores do tipo lógico pela relação lógica que estabelecem entre duas proposições. As relações podem ser de: disjunção, condicionalidade, causalidade, mediação, complementação e restrição ou delimitação. As pausas são marcadas por vírgulas, ponto-e-vírgula, dois pontos, ponto final etc. que substituem os conectores frásicos, expressando relações de condicionalidade, contrajunção, causalidade e condição.

Os operadores discursivos, diz Fávero (2005:39) são responsáveis pela estruturação dos enunciados em textos, por meio de encadeamentos, dando-lhes uma orientação argumentativa. Expressam relações de conjunção, disjunção, contrajunção, explicação ou justificação.

A conjunção se realiza pela relação semântica de compatibilidade. A disjunção se refere à disjunção de orientações discursivas diferentes: não tem nada a ver com a disjunção lógica dos operadores do tipo lógico. A contrajunção expressa a relação semântica de oposição entre conteúdos no interior de uma frase. A explicação ou justificação não se trata de relação causa/efeito, mas da introdução de explicação de um ato realizado anteriormente.

Os operadores discursivos são chamados por Ingedore (2002), Ilari & Geraldi (2004) e Eduardo Guimarães (2002) de operadores argumentativos; por Maingueneau (1996) de conectores argumentativos e por Santos (2003 ) de articuladores textuais.

Referências

FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2005.

ILARI, Rodolfo; GERALDI, J. Wanderley. Semântica. São Paulo: Ática, 2004.

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