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MUDANÇA DE FOCO

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Por:   •  8/10/2014  •  Relatório de pesquisa  •  753 Palavras (4 Páginas)  •  150 Visualizações

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MUDANÇA DE FOCO

Hoje quero falar de um dos setores mais perseguidos da Administração Pública, o setor das compras, ou de aquisições como é conhecido na maioria dos Órgãos Públicos. Este setor é perseguido fielmente pelos órgãos fiscalizadores, os quais parecem se prenderem naquelas três ou cinco folhas, anexadas pelo setor das compras nos processos, “nos supostos superfaturamentos” e não no processo como um todo. Quem já trabalhou como Gerente ou Coordenador de um setor de compras na Administração Pública, certeza que sabe bem do que estou falando. O foco, as atenções estão voltadas todas para um único setor da Administração Pública, o Setor das Aquisições, enquanto despercebido vários outros setores circulam e vinculam livremente seus atos e fatos, os quais podem ser passíveis de erros, fraudes, mas estes, praticamente ilesos devido à falta de fiscalização ou analise detalhada de um “todo” no processo. Um exemplo cotidiano de desvio de foco, quem já ouviu noticiário na mídia de denúncias de tráfico de drogas? Onde a polícia prende uma quantia não considerada de drogas, ou seja, prende “a mula”, muitas vezes um “coitado”, pressionado pela fome, pela necessidade de aumentar sua renda, ou até feito de “cobaia”, sem ter o conhecimento real do que está transportando. Quem denunciou? Será que não foi o próprio traficante com o objetivo principal de desviar o foco?! Passando assim ileso, pois conseguiu desviar as atenções e mais uma vez passa despercebido com a carga que irá render-lhe muito dinheiro.

Quem já assistiu o filme Truque de Mestre? Assistam e observem, as pessoas vêem o que são induzidas a ver.

Quando ouvimos denúncias na Administração Pública, estas geralmente focadas em superfaturamentos, ou seja, em especial ao setor de aquisições ou compras. É fácil provar que poderia ter comprado por menor valor, já que existem muitas marcas, muitas diferenças, muitas empresas irregulares milagreiras, as quais podem fazer um preço diferenciado, bem menor. Quantas pessoas compram produtos no dito “paraguaizinho”? Será que querem um bom produto ou bom preço? Pelo que tudo indica não se importam em analisar a qualidade do produto, mas sim, apenas o menor preço. Quantas vezes acabamos de comprar algo, aí vem outra pessoa e fala que comprou por um menor preço o mesmo produto, fazendo sentirmos lesados? Só o valor é importante? A qualidade, o momento é sempre aceito? A necessidade de adquirir aquele produto era real? Por que não fazemos esta última pergunta quando compramos? - Ha tá! Você acha que só compra o real que precisa? Nunca comprou algo pelo motivo de se sentir atraído pelas lojas em suas simples palavras: “Ofertas” e “Promoções”? Somos capitalistas ao “extremo”, que só pensamos no valor pago? Ou pior, só pensamos em qualidade quando for para nosso consumo e não para o consumo alheio?

Concluo que os Órgãos fiscalizadores devem analisar além das cinco folhas do setor de aquisições, o processo no todo. Se a quantidade necessária para aquele período determinado, foi o real solicitado? Se a marca entregue no almoxarifado, foi à comprada e empenhada? Se o produto segue as descrições solicitadas e pagas? Se houve o recebimento no total da quantidade física adquirida? Existem controles de estoques adequados? A marca comprada

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