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Macunaima (resumo)

Por:   •  9/6/2015  •  Resenha  •  584 Palavras (3 Páginas)  •  419 Visualizações

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“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de...”

Macunaíma

  Mário de Andrade

Macunaíma nasceu negro e feio. Foi parido pela índia tapanhumas no Uraricoera.  Permaneceu seis anos sem falar, por pura preguiça. Desde pequeno já vivia na malandragem e era louco por mulheres. Ele vivia distante dos princípios morais.

Macunaíma tinha dois irmãos: o idoso Maanape, feiticeiro, e Jiguê, homem vigoroso que vivia na companhia de Sofará. 

Um dia, Macunaíma e Sofará foram passear na mata. O herói se transformou em um príncipe e “brincou” com a índia. A partir daí, eles passaram sempre a andar pela floresta.

Jiguê logo descobriu a traição. Bateu em Macunaíma e devolveu Sofará à sua família.

Após a carne de uma caçada acabar, a tribo de Macunaíma ficou faminta. Ele então levou sua mãe ao outro lado do rio, onde havia alimentos fartos. Porém, a índia quis levar parte dos alimentos para os outros filhos. Macunaíma ficou com raiva e os levou de volta para a velha casa. Voltaram a passar fome.

Como castigo, sua mãe o deixou sozinho no mato. Após uma semana sem rumo, Macunaíma encontrou o Curupira, que lhe deu um pedaço da própria perna para comer e lhe ensinou um caminho errado para voltar para casa. Sua intenção era devorá-lo. Por preguiça, Macunaíma não seguiu seus conselhos e escapou da armadilha preparada. Contudo, a carne da perna do Curupira, que havia comido, servia para denunciar sua localização, para que assim pudesse ser caçado.  Para se libertar do monstro, ingeriu lama e vomitou a carne.

Um pouco adiante encontrou a Vó Cotia, que fabricava farinha. Ela lhe deu de comer, mas ao saber do que ele havia aprontado com Curupira, derramou caldo de aipim envenenado em seu corpo, e assim Macunaíma cresceu. Seu corpo se desenvolveu e ficou forte. Apenas a cabeça não foi atingida pela substância, permanecendo em estado infantil.

        Macunaíma volta para sua tribo. Jiguê, seu irmão, tinha arrumado uma nova companheira, chamada Iriqui. Não demorou para que Macunaíma e Iriqui passassem a “brincar”.  Jiguê logo descobriu, porém resolveu não criar problemas por conta do novo corpo do irmão.

        Em uma caçada, Macunaíma sem querer mata a própria mãe, lhe acertando uma flechada. Ele e os irmãos, após muito sofrer, enterraram o corpo sob uma pedra no Pai da Tocandeira. Os irmãos e Iriqui decidiram sair mundo afora.

Na nova jornada os quatro se deparam com Ci, Mãe do Mato. Macunaíma logo quis “brincar” com ela, porém a icamiaba confrontou o herói. Após levar a pior, ele recorreu aos irmãos, que deram um golpe na cabeça dela. Macunaíma “brincou” com ela enquanto a mesma estava inconsciente. Seis meses se passaram e ela deu à luz um filho de pele vermelha. Uma noite Macunaíma se embebedou e não olhou por sua esposa. A Cobra Preta chegou e sugou o leite do único seio ativo de Ci. O bebê mamou no mesmo peito e morreu envenenado.

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