Manifestações No Brasil
Monografias: Manifestações No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nick.Allen • 8/12/2013 • 6.382 Palavras (26 Páginas) • 332 Visualizações
Esse artigo visa explicar os acontecimentos durante as manifestações que ocorreram no Brasil em 2013. Tem por objetivo explicar os motivos dos manifestantes invadirem as ruas em busca da redução no valor da passagem e logo agregando mais motivos em busca de melhorias para o país, explica, também, os conflitos e as opiniões. Mostra o tamanho da repercussão que causou no país e fora dele. Esse artigo tem como estudo os sites de noticias e jornais, pondo em detalhes os acontecimentos.
Palavras Chaves: Manifestação e Protestos
Introdução
Os protestos no Brasil em 2013 são as várias manifestações populares pelo país, que inicialmente surgiram para contestar o aumento da tarifa do transporte público, também conhecida como “Manifestação dos 20 centavos”.
Essas manifestações começaram nas cidades de Manaus, Fortaleza, Natal, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, que ganharam grande apoio da população após a forte repressão policial contra as passeatas, e logo atos semelhantes começaram a proliferar pelas cidades do país em apoio aos protestos e abrangendo novos temas, como: gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral.
Os protestos geraram grande repercussão pela mídia nacional e internacional.
Manifestação No Brasil em 2013
Primeiras Manifestações
As primeiras manifestações, na verdade, iniciaram em agosto de 2012, onde a prefeitura de Natal, capital do Rio Grande do Norte, anunciou o aumento de 20 centavos na tarifa de ônibus, e dois dias depois, manifestantes foram às ruas em busca da redução da passagem. Esse primeiro protesto foi duramente reprimido pela polícia. De acordo com o coronel Francisco Araújo para o site G1:
Eles começaram o protesto na entrada de Natal e resolveram caminhar até um shopping que fica no cruzamento das avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira, o de maior fluxo de veículos de Natal. Decidimos não permitir que eles chegassem até o ponto desejado e alguns deles avançaram contra os nossos policiais. (ARAÚJO – 2013)
No dia seguinte, as manifestações voltaram com mais força e sem confronto com a polícia. No inicio de setembro, com a pressão popular, os vereadores revogaram ao aumento da tarifa de ônibus. Em maio de 2013 a prefeitura de Natal voltou a aumentar o preço da passagem e as manifestações voltaram às ruas, houve confronto com a polícia e estudantes detidos.
Em 2013, as primeiras manifestações iniciaram em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, e começaram antes mesmo do aumento da tarifa de ônibus, em março. Essas manifestações ganharam força logo após o reajuste quando manifestantes conseguiram protocolar por meio de uma ação cautelar movida pelos vereadores do PSOL, Fernanda Melchionna e Pedro Ruas, que foi aceito pelo juiz Hilbert Maximiliano Obara, 5ª Vara da Fazenda Pública. Em 5 de março de 2013 o juiz afirmou, na sentença, que as provas documentais afastam a possibilidade de “dano irreversível aos réus” e disse que “há fortes indicativos” de aumento abusivo na tarifa e determinou que a prefeitura reduzisse o valor. O juiz escreve:
É de se presumir que terceiros possam estar se beneficiando de aumento tarifário incompatível com serviço prestado, com prejuízo irreparável e de longa data da população que utiliza esse meio de transporte. (Maximiliano – 2013)
Em Goiânia as manifestações iniciaram em maio, antes mesmo do anuncio oficial do aumento da tarifa que ocorreu no dia 21. Os protestos tiveram seu pico no dia 28, do mesmo mês, onde ônibus fora destruídos, dois incendiados e dois depredados, veículos sofreram danos e estudantes foram detidos por vandalismo e desobediência. No dia 13 de junho as tarifas foram revogadas após liminar do juiz Fernando de Mello Xavier, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual.
As Fases das Manifestações
As manifestações de junho tiveram duas fases, ambas organizadas online pela rede social Facebook, mas principalmente via Twitter. Entre os grupos mais conhecidos está o Movimento Passe Livre (MPL), que organizaram os protestos, recrutando pessoas pelas redes sociais, tendo como maior foco solucionar o aumento das tarifas do transporte público. Segundo o MPL “todo aumento de tarifa é injusto e aumenta a exclusão social”
Na primeira fase das manifestações tem o não apoio da mídia, poucos manifestantes e registra muitos conflitos violentos entre manifestantes e policiais, e teve como maior foco, quase exclusivo, na questão do valor do transporte público. Na segunda fase, há uma grande cobertura da mídia nacional e internacional, grande participação populacional e protestos pacíficos com uma minoria de vândalos e pouca repressão policial.
• Primeira fase
Na cidade de São Paulo a manifestação se deu pelo aumento de R$0,20 da tarifa da passagem de ônibus, sendo que o ultimo reajuste foi em 2011 e das passagens de metrô e trens urbanos foram em 2012. Logo no início do mandato em 2013, o novo prefeito Fernando Haddad, anunciou que a tarifa sofreria alteração ainda no primeiro semestre. Em maio de 2013, o governo federal anunciou a publicação de uma medida provisória que desonerava o transporte publico ao pagamento de importante impostos (PIS e Cofins) para evitar que o reajuste na tarifa pudessem pressionar a inflação. Ainda sim, as tarifas foram reajustadas e com isso o desencadeamento dos protestos.
Nas primeiras manifestações houve violência policial, levando ferimento de manifestantes e policiais. Graças a essa postura, a mídia resolveu noticiar e classificar como vandalismo. Como resposta e insatisfação, os protestos começaram a se espalhar para cidades como Natal, Porto Alegre, Teresina, Fortaleza, Maceió, Rio de Janeiro e Sorocaba. Em São Paulo teve uma represália excessiva da policia, causando vários feridos, inclusive jornalistas, que mudaram seu discurso e começaram a atacar a postura policial. Neste protesto teve mais de 300 pessoas detidas sendo mais de 100 delas “detidas para averiguação” pratica comum em ditaduras, já que não há flagrante. Devido à violência, ao comportamento da mídia, e outros fatores, depois desse dia, houve um grande crescimento no numero de participantes nas manifestações.
• Segunda Fase
Diferente da primeira, a segunda fase dos protestos é marcada por manifestações
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