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Maringá, O Plano Inicial

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Por:   •  29/9/2013  •  Projeto de pesquisa  •  2.866 Palavras (12 Páginas)  •  424 Visualizações

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SUMÁRIO

1 Introdução____________________________________02

2 Historia_______________________________________03

2.1 O Plano Moderno_______________________________05

2.2 Caracteristicas__________________________________07

3 Projetos/Ações_________________________________09

4 Curiosidades___________________________________12

5 Conclusão¬_____________________________________14

Referências____________________________________15

Maringá, O Plano Inicial.

Maringá, localizada no Noroeste do Paraná, Brasil, faz parte de uma extensa área colonizada pela Companhia de Terras Norte do Paraná que foi sucedida pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná(CMNP). Construída a partir de um plano urbanístico moderno, elaborado em meados da década de 1940/50, Maringá emergiu rapidamente em meio à mata ao longo da estrada de ferro da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), fixando-se a exemplo de várias outras cidades dessa região.

(Localização Geográfica da Cidade de Maringá ) Endlich, 1998.

Planejada para alcançar 200.000 habitantes em 50 anos, foi implantada como um grande empreendimento econômico, prolongamento da expansão cafeeira do estado de São Paulo. A chamada frente pioneira da cafeicultura alcançou as divisas do estado do Paraná(região norte) através da comercialização de pequenos lotes (com

área que variava entre menos de 3 alqueires paulistas a, no máximo, 10 alqueires) sendo raros os casos de venda de grandes propriedades. Com uma rapidez sem precedentes, juntamente com Londrina, Maringá tornou-se em poucos anos um dos principais produtores agrícolas do país e, ao mesmo tempo, um dos municípios com maior grau de urbanização e incremento demográfico do estado

Maringá nasceu a partir de um plano urbanístico, com representações simbólicas que enfatizam a sua imagem urbana e destacam um polo regional que se criava em uma região sem ocupação urbana anterior. A construção da cidade expulsou os habitantes iniciais do território e, ao longo de sua história, os projetos urbanos voltam-se para a promoção imobiliária. Em sessenta anos de fundação da cidade, as mais recentes intervenções não são estratégias novas, o espetáculo urbano marca as políticas voltadas para a promoção da cidade nas quais não há a participação popular ativa. As intervenções urbanísticas produzem imagens para diferenciar um lugar e inventar uma identidade, estimuladas tanto por uma companhia loteadora quanto pelas ações públicas urbanas.

Inicialmente contextualizamos a formação da cidade vinculada a uma extensa rede urbana construída a partir de uma empresa privada, ressaltando a modernidade do projeto urbano inicial e a filiação do seu autor aos ideários urbanísticos da época. A promoção urbana esteve presente desde a construção da cidade e o discurso unilateral realizado pela companhia colonizadora considerou o território como destituído de habitantes iniciais e de uma história pré-estabelecida. Na seqüência do texto, analisamos como o crescimento urbano e as primeiras legislações urbanísticas estimularam a anexação indiscriminada de novos loteamentos ao perímetro urbano e valorizaram as áreas centrais descaracterizando determinados princípios presentes no plano inicial. Além disso, destacamos o primeiro Plano Diretor de Maringá e a tentativa de sua aproximação ao plano da capital federal, enaltecendo a vocação da cidade como capital regional, pois Brasília era tida como o ponto máximo de civilidade e um exemplo a ser seguido.

Por fim, examinamos as novas formulações urbanas que surgem da necessidade de adequar a densificação e o tráfego intenso. A partir de meados da década de 80 foram lançados dois grandes projetos elaborados por arquitetos renomados. Analisamos as justificativas para as mudanças, promovidas em nome de um novo conceito de urbano a partir desses projetos, enfatizando o caráter espetacular. Recentemente, acompanhamos a iminente derrubada da antiga estação rodoviária para dar lugar a um projeto “futurista” que pretende a “requalificação” do edifício e do seu entorno. Apesar das justificativas da Prefeitura serem questionáveis, o edital de concorrência para a construção de um novo empreendimento tem prosseguimento. Acreditamos que os projetos espetaculares são utilizados como retórica da cidade voltada para o progresso, desconsiderando a dimensão social e apresentando o incessantemente novo.

Empregamos aqui a noção de imagem conforme Debord (1997), isto é, como modo específico do espetáculo se realizar nas sociedades contemporâneas, em que as relações sociais são mediadas por imagens. Neste texto enfatizamos que a imagem moderna de uma cidade como Maringá é fundamental para a construção do espetáculo urbano. É a imagem da cidade que estabelece mediações entre as classes sociais, ou entre o Estado e a população, daí a necessidade dessa imagem ser renovada permanentemente, adaptando-se às sempre novas exigências da acumulação capitalista.

Maringá foi criada em 10 de maio de 1947, como Distrito de Mandaguari, e elevada a município em 14 de novembro de 1951. A cidade está situada no Noroeste do Paraná e nasceu graças à colonização da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP), fundada por um grupo de ingleses (Paraná Plantations Limited) que possuíam uma subsidiária brasileira: a Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP) Após 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, a Companhia foi vendida, em 1944, para um grupo de capitalistas paulistas que continuou a colonização nos mesmos moldes da companhia inglesa (Müller, 1956). Esse grupo perseguiu o objetivo de construir um eixo rodoferroviário de penetração, com a finalidade de facilitar o acesso a novas áreas e permitir o escoamento rápido e seguro à produção da região, além de assentar núcleos urbanos básicos de colonização ao longo do eixo rodoviário. Tais núcleos distavam cerca de 100 quilômetros uns dos outros, possuindo outros menores com população rural. Algumas cidades foram previamente planejadas para se tornarem grandes centros prestadores de serviços da região (Maringá, 1996). Entre eles, Maringá aponta como um dos mais importantes

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