Materiais Didaticos
Artigo: Materiais Didaticos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: janaegu • 13/5/2013 • 2.432 Palavras (10 Páginas) • 480 Visualizações
No intuito de compreender e melhor aprofundar sobre a unidade temática CORPOREIDADE E INCLUSÃO, a presente PA articula os conteúdos de quatro disciplinas cursadas durante esta UTA: Fundamentos para as Necessidades Educativas Especiais, Metodologia do Ensino de Educação Física, Pesquisa e Prática Profissional – Educação Especial, Organização Pedagógica Espaços Educativos. Além de alguns projetos educativos do Estado do Amapá.
Nosso objetivo nesse trabalho é conhecer um pouco sobre a história da inclusão, as ações do pedagogo em espaços não-educativos e corporeidade numa dimensão mais ampla, percebendo que esta não se resume somente a escola, mas também a instituições, empresa, hospitais, etc..
Essa PA é importante para compreendermos que a formação e profissionalização de docentes são aspectos indissociáveis na forma de ingresso no campo de atuação, nas formas de organização e produção do trabalho escolar e nas perspectivas de crescimento e desenvolvimento profissional.
A mesma também é importante para aprimorar nossos conhecimentos sobre inclusão e corporeidade, visto que no momento a inclusão está presente em quase todas as escolas.
Para a elaboração desta PA foram consultadas diversas fontes de informações, tais como: SITES, livros, apostilas, seja por meio da leitura de textos específicos ou mesmo resultados de investigações sobre a temática.
Acho uma profissão sacrificada, mas faço porque gosto.
E quando vejo que um aluno aprendeu, compensa todo o esforço. Gosto de desafios encaro estes alunos com problemas que recebo como um desafio a ser vencido. E algumas vezes da certo...
Profª. C.- 4ª série, citada por Fontoura, 1994.
Na antiguidade, período histórico iniciado com as mais antigas civilizações e que se estendeu até a queda do Império Romano do Ocidente (século V), apenas as pessoas nobres detinham o poder social, político e econômico. O corpo perfeito e forte para guerrear, a beleza física, a capacidade retórica para proferir discursos filosóficos, eram aspectos que valorizavam algumas pessoas e conferiam-lhes a cidadania nessa sociedade.
Segundo Misés, citado por stobaus e Mosquera, em um trecho de um manuscrito de governantes espartanos, na antiguidade:
Nós matamos os cães danados e touros ferozes, egolamos ovelhas doentes, asfixiamos os recém-nascidos mal constituídos; mesmo as crianças se forem débeis ou anormais, nós as afogamos, não se trata de ódio, mas da razão que nos convida a separar das partes são aquelas que podem corrompê-las. (pág., 20, 20003)
Portanto, não existia a idéia de inclusão, a maioria das pessoas (principalmente mulheres, deficientes físicos e mentais, de outras raças que não a branca, e pobres) não tinha o direito ou as condições mínimas para freqüentarem a escola.
Por outro lado, havia a interpretação de que essas pessoas eram escolhidas por Cristo e predestinadas para o “dom da cura”. Cegos, por exemplo, eram tidos como pessoas abençoadas com o poder sobrenatural dos profetas para a vidência.
Assim, surgiram às primeiras iniciativas de proteção aos deficientes, criaram-se então os primeiros asilos e abrigos onde eram doadas esmolas e prestada a assistência a essas pessoas, como um ato de caridade que conduzia a salvação da alma.
Com a chegada do século XVI, inicia o período da segregação (isolar, separar), mais pessoas tem acesso à escola, porém dificilmente se misturam com os alunos representantes da classe dominante. Na segunda metade do século surgem as “escolas especiais” (que atendem crianças “deficientes”) e mais tarde as classes especiais dentro das “escolas comuns”. Surge assim uma aberração pedagógica, a separação de dois sistemas educacionais, por um lado a educação comum e do outro a educação especial.
Em decorrência, foi promulgada, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos documento que passa a inspirar, desde então, as políticas publicas e os instrumentos jurídicos de alguns países.
A partir da década de 80 as recomendações mundiais pautam-se nos princípios da integração e normalização para educação Especial e o Brasil engaja-se neste movimento. A Declaração de Salamanca desperta o conceito de escola inclusiva, norteia mudanças no paradigma da Educação Especial e repercute na LDB (1996), cujo preceito inovador é a inclusão e a integração de todos os alunos na rede regular de ensino. Ou seja, escolas comuns aceitavam alguns alunos, antes rejeitados ou marginalizados, que poderiam freqüentar classes comuns desde que conseguissem adaptar-se.
Finalmente chegamos à inclusão (na verdade, os primeiros movimentos que apontavam para o surgimento da inclusão escolar são do final da década de 80). Só há um tipo de educação, e ela é para todos sem restrição nem separação.
2 INCLUSÃO E CORPOREIDADE NO COTIDIANO DA PRÁTICA
A inclusão começou como um movimento de pessoas com deficiência e seus familiares na luta pelos seus direitos de igualdade na sociedade. E como a maioria desses direitos começa a ser conquistado a partir da educação (da escola, lugar onde se ensina cidadania), a inclusão chegou até a escola (espelho da sociedade). Hoje a inclusão é de todos sem discriminação.
Entretanto, o precursor da educação especial Jean Itard não poupou esforços para educar um menino selvagem encontrado em uma floresta convivendo com animais e considerado ineducável chamado Vitor, mais conhecido como o "Selvagem de Aveyron".
Reconhecido como o primeiro estudioso a usar métodos sistematizados para o ensino de deficientes, ele estava certo de que a inteligência de seu aluno era educável, desenvolveu um programa baseado em procedimentos médicos e pedagógicos, os mesmos eram baseados no treinamento e na exploração dos canais sensoriais para a aprendizagem. Tinha por objetivo recuperar o potencial cognitivo do menino, desenvolvendo suas capacidades humanas.
Segundo Bergámo, a educação especial constitui-se, portanto, como uma proposta pedagógica que assegura recursos e serviços para apoiar e complementar serviços educacionais comuns.
Portanto, as finalidades da educação especial são claras: apoiar, complementar, suplementar ou, em alguns casos, substituir os serviços ofertados pela escola regular. Trata-se de um movimento que compreende a educação como um direito humano fundamental e a base para uma sociedade mais justa.
Segundo Fernandes a educação especial é definida na LDB nº 9394 como uma modalidade de educação escolar. No documento de Diretrizes Nacionais
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