Mecanica Da Particula
Trabalho Escolar: Mecanica Da Particula. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 16/11/2014 • 992 Palavras (4 Páginas) • 519 Visualizações
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Formação da barra de 50 fios, camada a camada.
No primeiro momento para a colagem das barras utilizamos a cola Redelease, mas
tivemos problemas com tempo de secagem muito longo que ela exige. Além disso,
esta cola deu uma reação que amoleceu o macarrão e perdemos algumas barras já
prontas. Para solucionar este problema utilizamos cola Araldite com tempo de
secagem de 12min.
Barras prontas
Para melhorar os encaixes e facilitar a colagem, com a ajuda de uma lixadeira,
chanframos todas as barras que formariam nossa treliça.
Chanfro na barra superior
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4. FABRICAÇÃO DA PONTE
Desenvolvimento das barras
Com a definição do número de fios que iriam compor cada barra, o próximo passo, foi
definir como seria o formato e a fabricação de cada uma. Deduzimos que somente
“amontoar” e colar a quantidade de fios necessária, poderia influenciar negativamente
o resultado esperado. Na tentativa de evitar este erro, definimos que as barras
deveriam ser simétricas, conforme demonstramos na figura 3.
Figura 3
É importante observar que adotamos a quantidade de 130 fios na barra superior,
enquanto o projetado nos cálculos foram 50 fios. Fizemos isso, pois nossos cálculos
foram baseados em treliças planas, enquanto o nosso protótipo é uma treliça espacial.
Como nossa barra superior seria única, dobramos o número de fios e ainda colocamos
uma margem de 30% de segurança.
Explicando melhor a técnica que desenvolvemos para formação das barras, vamos
tomar as laterais externas como exemplo. Cada barra lateral deveria conter 50 fios,
então adotamos que em seu centro deveria existir duas fileiras composta por sete fios
cada. As próximas fileiras deveriam conter seis fios e assim sucessivamente até as
ultimas com três fios.
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Bento Leal, Mário Sérgio Sbroglio Gonçalves, Bruna Guerra Dalzochio, Rafael da
Rocha Oliceira e Carlos Eduardo Berbades de Oliveira).
Para encontrar o numero de fios de espaguete necessários para compor as
barras comprimidas, João chegou à seguinte equação:
Onde:
l = Comprimento da Barra
r = Raio do macarrão
Usamos esta equação para determinar a quantidade de fios que as nossas barras
comprimidas (F1, F4, e F7) deveriam ter, para suportarem a compressão a qual seriam
solicitadas, sem se romperem.
Barras F1 e F7:
( )( )
( )
Número de fios 50 fios
27906 0,95
226,32 500
4
2
= »
Barra F4:
( )( )
( )
Número de fios 50 fios
27906 0,95
225,28 500
4
2
= »
( ) ( )
r (mm)
CARGA N l mm
Número de fios 4
2
27906
=
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Através destes ensaios, determinou que para encontrar o número de fios de
espaguete necessário para compor as barras tracionadas, basta dividir o Esforço
Normal de tração calculado, pela resistência de cada fio, independente de seu
comprimento:
Usamos esta equação para determinar a quantidade de fios que as nossas barras
tracionadas (F2, F3, F5, e F6) deveriam ter, para suportarem a tração a qual seriam
solicitadas, sem se romperem.
Barras F2 e F6:
Barras F3 e F5:
Resistência à compressão
Para definir a quantidade de fios que iria compor as barras comprimidas, entramos no
estudo da flambagem, este é o nome que se dá ao fenômeno pelo qual uma estrutura
comprimida pode perder a forma original, acomodando-se em outra posição de
equilíbrio, com geometria diferente da inicial. A flambagem pode ocorrer em
barras axialmente comprimidas, em vigas, em arcos, em chapas, entre outros.
A carga de flambagem é função do comprimento da peça entre travamentos, de sua
seção transversal e do módulo de elasticidade do material.
Recorremos ao roteiro criado pelo Prof. João Ricardo Masuero da UFRGS, baseado
nos resultados de 93 ensaios de compressão de corpos de prova de diferentes
comprimentos e formados por diferentes números de fios de espaguete (ensaios
realizados pelo Prof. Luís Alberto Segovia González, com seus alunos Luis Herique
( )
(N)
CARGA N
Número de fios
42.67
=
Fios
N
N
Número de fios 3
42,67
113,16
= @
Fios
N
N
Número de fios 6
42,67
226,32
= @
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Fy = 0
F3 sen 60º =
2
P
F3 =
2sen60º
P
F3 = 226,32N (barra tracionada)
Como a treliça é simétrica, concluímos que:
F7 = F1 = -226,32N
F6 = F2 = 113,16N
F5 = F3 = 226,32N
Resistência à tração
Conhecendo as forças em cada uma das barras, o terceiro passo foi definir a
quantidade de fios de macarrão que cada barra deveria ter para que não se rompesse,
para isso, pesquisamos sobre a resistência de materiais, especialmente sobre a
resistência do macarrão.
Encontramos disponíveis na internet os resultados dos testes realizados pelo
Professor Inácio Morsch da UFRGS. Ele testou a tração de 6 corpos até a ruptura. A
carga média de ruptura obtida nestes ensaios foi de 4,267kgf (42,67N).
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Para os cálculos adotamos P = 392N o equivalente a aproximadamente
40kg.
Fy = 0
F1 sen 60º +
2
P = 0
F1 = -
2sen60º
P
F1 = - 226,32N (barra comprimida)
Fx = 0
F2 + F1 cos 60º = 0
F2 = - (F1 cos 60º)
F2 = 113,16N (barra tracionada)
Através do corte BB, determinamos as forças nas barras 3 e 4.
M = 0
0,44 F4 + 0,5
2
P = 0 F4 = -
h
0,25P
F4 = - 225,28N (barra comprimida)
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Dimensionamentos das barras
Com conhecimento dos conceitos de tração e compressão, e a geometria da ponte já
definida, o segundo passo foi dimensionar cada uma das barras que formariam nossa
ponte. Queríamos descobrir a tamanho e o tipo de força que cada uma dessas barras
estava sofrendo. Para isso nos aprofundamos aos conceitos desta tesoura que iríamos
construir e assim caminhamos até o estudo das treliças.
Denomina-se treliça plana o conjunto de elementos de construção (barras redondas,
chatas, cantoneiras, etc.), interligados entre si, sob forma geométrica triangular,
através de pinos, soldas, colas, rebites, parafusos, que visam formar uma estrutura
rígida, com a finalidade de resistir a esforços normais apenas.
Dois métodos de dimensionamento podem ser utilizados para as treliças
• Método dos Nós ou Método de Cremona
• Método de Ritter ou Método das Seções (analíticos e usados com maior
freqüência).
Como queríamos algo analítico escolhemos o Método das Seções, para efetuarmos os
cálculos e determinarmos as cargas axiais atuantes nas barras da nossa treliça, então
procedemos da seguinte forma:
Cortamos a treliça em duas partes
Adotamos uma das partes para verificar o equilíbrio, ignorando a outra parte até o
próximo corte.
Repetimos o procedimento, até que todas as barras da treliça fossem calculadas.
Consideramos inicialmente todas as barras tracionadas, ou seja, barras que puxam os
nós, as barras que apresentaram sinal negativo nos cálculos, estariam comprimidas.
Segue os cálculos detalhados das reações e das forças solicitantes (tensão e
compressão) nas barras:
(a) Cálculo das reações de apoio
Devido à simetria da estrutura e do carregamento, Va = Vb =
2
P
(b) Cálculo dos esforços nas barras
Para determinar a carga axial nas barras 1 e 2, aplicamos o corte AA na treliça e
adotamos a parte à esquerda do corte para verificar o equilíbrio.
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