Meio Ambiente
Monografias: Meio Ambiente. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nj3040 • 27/10/2013 • 995 Palavras (4 Páginas) • 242 Visualizações
ONG promove projeto de sustentabilidade em comunidades carentes do Rio de Janeiro
O CDI - Comitê para Democratização da Informática, em parceria com as comunidades do Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, acaba de lançar um projeto de sustentabilidade pós-implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) naquela região. O objetivo é desenvolver uma ação mobilizadora, capaz de promover a articulação entre diferentes setores da economia: poder público, sociedade civil e iniciativa privada. Os protagonistas são os líderes e moradores das comunidades, que vem debatendo iniciativas e atividades que levem à construção de um ambiente futuro idealizado pelo grupo. O evento de lançamento público do projeto ocorreu na quadra esportiva da Ladeira Ary Barroso, no Leme. A ação tem apoio da Light e da AkzoNobel e conta com participação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Segundo o diretor executivo e fundador do CDI, Rodrigo Baggio, a UPP é na verdade a ocupação física de uma área pelo estado, a fim de reproduzir a situação anterior de não violência. Entretanto, a UPP representa apenas o primeiro passo e não a solução de todos os problemas das comunidades. ”E isso está claro, pois cada vez nos perguntamos, e agora? Como ficam questões como geração de renda, educação, saúde, melhorias estruturais nas comunidades, lazer, etc? O que vai acontecer com estas comunidades quando e se a UPP sair?”, observa, acrescentando que a ideia é levar o projeto às demais comunidades que foram beneficiadas com as UPPs.
Como uma ONG que atua há 15 anos utilizando as tecnologias da informação e da comunicação para a exercício da cidadania, Baggio destaca que o resultado desse trabalho só será possível através da articulação e do esforço conjunto entre as comunidades e o 1º, 2º e 3º setores da economia, promovendo a ocupação positiva do território, marcando presença e empreendendo ações para se chegar à realidade ideal. O projeto é desenvolvido a partir da metodologia dos cinco passos do CDI, baseada na filosofia de empoderamento do educador Paulo Freire. “Tudo isso, levando-se em consideração o que o carioca deseja para o Rio nas Olimpíadas de 2016, uma cidade cidadã e sustentável”, explica Baggio. Os cinco passos são: ver o mundo, pesquisar os dados, planejar a ação, mobilizar para agir utilizando a tecnologia e avaliar o caminho percorrido.
Com apoio do CDI como agente catalisador, os líderes comunitários dos Morros da Babilônia e Chapéu Mangueira se reuniram para definir uma visão que represente os anseios desse grupo e o ideal para sua comunidade. Em seguida, essa visão foi compartilhada e refinada junto aos diversos segmentos dessas comunidades. “A visão que resultou deste processo foi o sonho de criação do Alto Leme, ou seja, ter as duas comunidades unidas e funcionando como uma extensão do bairro do Leme e integrado com o asfalto”, explica o fundador do CDI.
Para Valdinei Medina, presidente da Associação dos Amigos do Chapéu Mangueira, o projeto é uma oportunidade única para as comunidades. “Acreditamos que a qualidade de vida vai melhorar 100% e que podemos ser modelo para as demais comunidades. A ideia é levar o trabalho para outras localidades que têm UPP, de forma que possamos mais fortemente transformar nossos anseios em realidade”, disse.
Carlos Antônio Pereira, diretor- executivo da Associação de Moradores da Babilônia, acredita que, na medida em que as informações circulem nas comunidades de forma ampla e positiva, será mais fácil acabar com a segregação morro/asfalto. “Esse trabalho visa democratizar o espaço e unir os moradores em um projeto único de integração social”, afirma.
As ações propostas pelo grupo devem ser tangíveis, de fácil entendimento e com prazo determinado para implantação. No evento do dia 25, as comunidades elegerão as ações consideradas prioritárias. Simultaneamente a esse trabalho
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