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Meio Ambiente

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Por:   •  9/5/2013  •  3.429 Palavras (14 Páginas)  •  353 Visualizações

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Tópicos água

1. ÁGUA

1.1.O Manejo Racional da Água

A água vem se tornando cada vez mais escassa à medida que a população, a indústria e a agricultura se expandem. Embora os usos da água variem de país para país, as agricultura é a atividade que mais consome água. É possível atenuar a diminuição das reservas locais de água de duas maneiras: pode-se aumentar a captação, representando-se rios ou explorando a água subterrânea, e pode-se conservar as reservas já exploradas, seja aumentando-se a eficiência na irrigação ou importando alimentos em maior escala, estratégia que pode ser necessária para alguns países, a fim de reduzir o consumo de água na agricultura.

Assegurar a quantidade de água necessária não basta. É preciso manter a qualidade da água.

Milhares de lagos estão atualmente sujeitos à acidificação ou a eutrofização, processo pelo qual grandes aportes de nutrientes, particularmente fosfatos, levam ao crescimento excessivo de algas. Quando as algas em quantidade excessiva morrem, sua degradação microbiótica consome grande parte do oxigênio dissolvido na água, piorando as condições para a vida aquática. É possível restaurar a qualidade da água nos lagos, mas há um custo e o processo leva anos.

Embora a poluição dos lagos e dos rios seja potencialmente reversível, o mesmo não acontece com a água subterrânea. Como a água subterrânea não recebe oxigênio atmosférico, sua capacidade de autopurificação é muito baixa, pois o trabalho de degradação microbiana demanda oxigênio. A única abordagem reacional é evitar a contaminação.

Por sua vez a recuperação da qualidade da água do oceano é incomparavelmente mais difícil do que a dos lagos e rios, segundo experiência já adquirida, que dita ainda mais a precaução nesse caso.

Tornou-se clara a necessidade de uma abordagem integrada, Expectativas socioeconômicas devem se harmonizar com as expectativas ambientais, de modo que os centros humanos, os centros de produção de energia, as indústrias, os setores agrícolas, florestais, de pesca e de vida silvestre possam coexistir. Nem sempre o fato de existirem interesses variados significa que devam ser conflitantes. Pode ser sinergísticos. Por exemplo, controle de erosão caminha junto com reflorestamento, prevenção de enchentes e conservação de água.

Um projeto de manejo de recursos hídricos deveria visar um aumento da eficiência no consumo de água do que um aumento da disponibilidade de água. O aumento do fornecimento de água é usualmente mais caro e apenas adia uma crise.

Para alguns países, aumentar a eficiência é a única solução às vezes. A irrigação pode ser e geralmente é terrivelmente ineficiente. Na média mundial, menos de 40% de toda a água usada na irrigação é absorvida pela plantação. O resto se perde. Um dos problemas trazidos pela irrigação excessiva é a salinização. À medida que a água se evapora ou é absorvida pelas plantas, uma quantidade de sal se deposita e se acumula no solo. Novas técnicas de microirrigação pelas quais tubulações perfuradas levam água diretamente às plantas, fornecem boa maneira de conservar a água.

A captação de água subterrânea para aumentar o fornecimento de água deveria ser evitada a todo custo, a menos que se garanta que o aqüífero de onde se tira a água será reabastecido. Como a água subterrânea se mantém fora do alcance de nossas vistas, pode se tornar poluída gradualmente sem excitar o clamor público, até que seja tarde demais para reverter o processo o dano causado pela poluição.

A adoção de programas de prevenção de poluição é preferível à utilização de técnicas de remoção de contaminantes em água poluída, uma vez que a tecnologia de purificação é cara e complexa à medida que o número de contaminantes cresce.

1.2 Água e Sobrevivência Humana

Aproximadamente 65% da massa de um corpo humano é constituída de água. Entretanto, os corpos continuamente perdem esse líquido de diversas maneiras: através da urina, suor, dejetos sólidos, e até mesmo pelos pulmões expirando. O corpo humano exige um constante suprimento de água para que possa permanecer saudável. Sem água, a maioria das pessoas morreriam em duas semanas, e se o ambiente fosse muito quente ou a pessoa estivesse executando algum trabalho físico intenso, a sobrevivência se limitaria a apenas dois ou três dias.

1.3 Disponibilidade Mundial

A crescente preocupação com a disponibilidade mundial de água vem exigindo de todos nós uma nova consciência em relação a utilização desse recurso. A água potável encontrada na natureza é essencial para a vida no nosso planeta. No entanto, esta riqueza tem se tornado cada vez mais escassa. 97,50% da disponibilidade mundial da água está nos oceanos (água salgada), ou seja, água imprópria para o consumo humano, a não ser que seja realizado um processo de dessalinização, o que requer investimentos muito alto. Em seguida temos 2,493 % de água que se encontram nas regiões polares ou subterrâneas (aqüíferos), de difícil aproveitamento. Somente 0,007% de água disponível é própria para o consumo humano, e está em rios, lagos e pântanos (água doce).

Dos 0,007%, apenas 8% é destinado ao uso individual (clubes, residências, hospitais, escritórios, outros). A tendência para os próximos anos é um aumento ainda maior no seu consumo, devido à demanda e o crescimento populacional acentuado e desordenado, principalmente nos grandes centros urbanos. Por isso, programas de uso racional da água são realizados por todo o mundo, através de leis, orientações e conscientização da população e principalmente, tecnologia de ponta aplicada a aparelhos hidráulicos sanitários.

As perspectivas para o próximo século indicam um cenário de escassez da água até o ano 2050 (Revista Veja dez/98).

Previsões 1999 2050

População Mundial 6,0 bilhões 9,4 bilhões

Suficiência 92% 58%

Insuficiência 5% 24%

Escassez 3% 18%

O Brasil apresenta 14% do recurso hídrico mundial, sendo a distribuição dos mananciais da seguinte forma: 80% da água doce se encontra na região amazônica, mas que abastece apenas 5% da população brasileira. Os 20% restantes estão divididos pelo país,

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