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Meio Ambiente

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Por:   •  21/10/2014  •  4.436 Palavras (18 Páginas)  •  383 Visualizações

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RESUMO

Este artigo tem por objetivo apresentar os principais tipos de indicadores de desempenho que podem ser utilizados por empresas que possuem um sistema de gestão ambiental (SGA). Neste contexto, o artigo apresenta uma abordagem da gestão ambiental e dos indicadores de medição de desempenho, enfatizando a importância dos indicadores de desempenho ambiental para um SGA e para a organização. Trata-se de uma pesquisa teórica que investigou artigos, teses, dissertações e documentos publicados por empresas que possuem seus SGA certificados. Estes indicadores foram divididos de acordo com os requisitos da norma ISO 14001. Por fim, o artigo inicia uma discussão de como estes indicadores podem tornar-se estratégicos ou parte da estratégia ambiental de uma organização.

Palavras-chave: Indicadores, desempenho, ambiental, Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, o cenário mundial de avanços tecnológicos enfatiza assuntos relacionados à preservação ambiental. A gestão ambiental se tornou uma importante ferramenta de modernização e competitividade para as organizações.

Cada vez mais, o setor produtivo em diferentes países está incorporando em seus custos aqueles relacionados com a questão ambiental, implicando necessidades de mudanças significativas nos padrões de produção, comercialização e consumo. Estas mudanças respondem a normas e dispositivos legais rígidos de controle (nacionais e internacionais), associados a um novo perfil de consumidor. É fundamental que as empresas busquem uma relação harmônica com o meio ambiente, mediante a adoção de práticas de controle sobre: os processos produtivos e o uso de recursos naturais renováveis e não-renováveis (CARTILHA FIESP, 2003).

Nessa direção, emerge a demanda de empresas em busca de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) que possa ser aplicado no gerenciamento e controle das ações das empresas sobre o ambiente. Assim, a implantação de um SGA, mais especificamente o SGA segundo a norma NBR ISO 14001 (a mais difundida mundialmente), faz com que o processo produtivo seja reavaliado continuamente, refletindo na busca por procedimentos, mecanismos e padrões comportamentais menos nocivos ao meio ambiente.

No entanto, a implantação de um SGA não garante o seu gerenciamento por si só. Na concepção de Hronec (1994) as medidas são "sinais vitais" da organização que qualificam e quantificam o modo como as atividades atingem suas metas. As medidas ajudam a empresa a estabelecer o grau de evolução ou estagnação de seus processos, fornecendo informações adequadas para que possam ser tomadas ações preventivas e/ou corretivas em busca das metas e objetivos estabelecidos por ela. Por sua vez, estas informações serão úteis também para a tomada de decisão dos gestores e um melhor alinhamento dos objetivos e metas ambientais às estratégias da organização (CAMPOS, 2001; CAMPOS; SELIG, 2002).

A literatura concernente à mensuração do desempenho destaca que para se conseguir um ambiente de gestão eficaz é imprescindível incorporar um sistema de medidas que assegure o alinhamento das atividades com o objetivo maior da organização. A qualidade da sua tomada de decisão em relação a cada atividade e a sua execução também será influenciada pela existência de um sistema apropriado de medidas (CAMPOS, 2001).

Neste contexto, as empresas que não monitoram um conjunto de indicadores de desempenho ambiental podem não estar gerenciando sua performance, tampouco a performance de seu SGA. Assim, para garantir o sucesso nos resultados visando uma maior competitividade, faz-se necessário que as empresas monitorem continuamente indicadores de desempenho ambiental.

Desta forma, o presente trabalho trata-se de uma pesquisa teórica que tem por objetivo apresentar uma abordagem da gestão ambiental e contextualizá-la no ambiente atual das organizações, onde atualmente emerge uma demanda de certificações de SGA. Em seguida apresenta-se uma abordagem dos indicadores de desempenho ambiental, enfatizando a importância destes para as empresas que desejam melhorar continuamente seu SGA e obter vantagem competitiva no mercado.

2. GESTÃO AMBIENTAL

Fiorillo e Rodrigues (1996, p. 25) afirmam que a preocupação mundial com o meio ambiente decorre de um simples fator: proteger o meio ambiente. Em última análise, proteger o meio ambiente significa proteger a própria preservação da espécie humana. Diante disto, a nova consciência ambiental, surgida no bojo das transformações culturais que ocorreram nas décadas de 1960 e 1970, ganhou dimensão e situou o meio ambiente como um dos princípios fundamentais do homem moderno. Nos anos 1980 e 1990, os gastos com proteção ambiental começaram a ser vistos pelas empresas líderes não como custos, mas como investimentos para o futuro e, paradoxalmente, como possível vantagem competitiva. A atitude e a postura dos gestores das organizações em todos os segmentos econômicos nos anos 1990 passaram de defensivas e reativas para ativas e criativas e assim entram na visão estratégica das organizações (CAMPOS, 2001; LOPES, 2004).

Destaca-se aqui que tanto os acidentes ambientais1 quanto as conferências internacionais2 contribuíram de forma significativa para essa nova consciência ambiental e para o acirramento da pressão da opinião pública e das regulamentações sobre as empresas, emergindo uma maior preocupação das empresas em dar uma atenção especial à questão ambiental.

Após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente – Rio-92, o desenvolvimento sustentável3 se consolidou como o grande destaque na luta pelas causas ambientais, e para Boog e Bizzo (2003) poderá acontecer de forma cada vez mais eficaz se forem utilizados parâmetros confiáveis para as medições das ações que indicam seu desempenho.

A Agenda 21, fruto dessa Conferência Mundial, define propostas de ações em âmbitos regional e local para alcançar o desejado desenvolvimento sustentável (MMA, 1998). Esta necessidade de parâmetros relevantes e confiáveis para a medida do desempenho ambiental pode ser atendida com a NBR ISO 14031, que traz uma série de exemplos de indicadores de desempenho ambiental que podem ser utilizados para avaliar o desempenho ambiental das empresas.

2.1 Sistemas de Gestão Ambiental

Segundo Maimon (1996), pesquisas revelam que medidas de gestão ambiental alteram a imagem da empresa para fins institucionais, e estão se constituindo cada vez mais como prioridades em suas etapas futuras de gestão empresarial e de investimentos financeiros nas

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