Meio ambiente
Por: fatimeiras • 30/5/2015 • Relatório de pesquisa • 2.035 Palavras (9 Páginas) • 147 Visualizações
O VISITANTE – Inspirado na obra de Hilda Hilst
Mulher viúva, e pobre.( Não chega a ser miserável), mas sem condições de manter a família, arruma casamento para a caçula com um homem corcunda. O negócio é intermediado por uma vizinha que ganhará algum dinheiro com a negociata.
Corcunda – Homem deformado, mas que não tem afetações. Fúnebre, ele oferece um dote pela filha mais nova. A mãe quer casar a mais velha, mais aceita a oferta. Para isto prende a filha em casa que se rebela com a ideia de casar sem amor. A irmã mais velha é ruim. Com ódio da irmã que é bonita e faceira ajuda a mãe na empreitada.
Surge um outro rapaz, bem afeiçoado, tímido. Ele chega a cidadepara trabalhar como jornalista num pequeno jornal. È apresentado àCacilda por Antonieta, sua tia;que é madrinha de Lívia. Ele precisa de um lugar para ficar. Como a família não terá dinheiro até o casamento, aceita hospedá-lo em casa. O rapazse apaixona pela jovem presa. Indignado com a situação, resolve ajuda-la, mas a irmã mais velha o seduz e se entrega para ele.
Ele é obrigado a casar com a mesma, no mesmo dia em que sua amada casa com o corcunda.
Mãe – Cacilda
Filha mais velha – Lívia
Filha do meio - Joana
Filha mais nova – Angélica
Corcunda – Simão
Tia – Antonieta
Rapaz jovem - Inácio
Vizinha - Gertrudes
Escrivão
As cenas se passam na casa de dona Cacilda.
Entram na sala em silêncio, mãe e filhas, acompanhadas pela tia. Sentam-se. Apenas a mãe permanece em pé.
Joana: Foi uma linda missa!
Angélica: Mamãe! Hoje, faz um ano que papai se foi. Não acha que já é hora de tirarmos o luto?
Mãe: Moça de família não deve se dar ao desfrute. O luto impõe respeito.
Joana: Para falar a verdade. Eu não aguento mais usar preto. Como vamos arrumar casamento assim.
Lívia: Vamos? Eu você quer dizer. Porque você de qualquer maneira parece uma bruxa. Horrorosa e desengonçada.
Joana: Você é que parece um urubu. Uma ave de mau agouro.
Mãe: Parem com isso, agora mesmo. Mas numa coisa eu concordo. Lívia já passou da hora de se casar. É preciso arrumar um bom partido. O seu pai só deixou esta casa e nada mais. Não teremos em breve nem o que comer.
Vizinha: Pois, eu acho que sei como ajudar. (A vizinha é interesseira)
Mãe: O que está dizendo?
Vizinha: Eu conheço alguém que quer muito se casar. Ele é muito rico. Posso apresenta-lo a menina Lívia. Claro, que em troca de um pequeno agrado.
Mãe : Certamente! Então, pode trazê-lo amanhã mesmo.
Vizinha: Pode deixar. Tenho certeza que vocês vão adorá-lo. Ele é o partido ideal para a menina Lívia.
A vizinha sai alegre. Lívia está radiante. Angélica está num canto com olhar perdido.
A mãe sai e volta com uma cesta de pães. Lívia alegre arruma a mesa do café com ajuda de Joana.
Lívia: Será ele bonito.
Joana: Gertrudes disse que ele nasceu para você. Imagino, que seja homem um bem estranho! E chato, como você!
Lívia: Sua branquela sem sal. Você está é morrendo de inveja de mim.
Mãe: Parem com isso.
No outro dia, todos tomam café da manhã, a vizinha chega com o corcunda.
Vizinha: Bom dia! Este é o senhor Simão.
Todos ficam chocados ao vê-lo.
Joana: Deus me livre! Lívia atirou pedra na cruz!
Mãe: Bem vindo a minha humilde casa! Estas são minhas filhas: Joana, Angélica e Lívia.
Lívia se adianta para cumprimenta-lo. Mas ele vai em direção a Angélica. Ele a cheira, alisa seu cabelos. Sorri deixando a mostra sua boca com dentes apodrecidos...
Mãe: O senhor trabalha em que?
Corcunda: E isto importa?
Mãe: Lívia é uma ótima filha: sabe cozinhar, costurar e gerir uma casa. E com certeza seja uma boa reprodutora.
Corcunda: Claro-claro. Amanhã mesmo, enviarei uma proposta de casamento. Amanhã....
Retira-se o corcunda e a vizinha. Antes de sair o homem dá uma olhada para Angélica .
Ouve-se a voz de tia Antonieta.
- Oh! De casa, estou entrando!
Entra Antonieta esbarrando no Corcunda, a vizinha sai correndo atrás :
Vizinha: (Pega um pão ) Me espere, senhor! Eu estou indo.
Antonieta - Nossa! Quem é este ser asqueroso que saiu agorinha!
Joana: É o futuro marido de Lívia. Ri.
Lívia: Pelo menos é rico.
Angélica: Ele me deu calafrios! E que cheiro estranho ele tem!
Mãe: O importante é que tem dinheiro. Poderá ajudar toda a família.
Antonieta: É por isso mesmo que estou aqui. Traga-me um pouco d’água menina Angélica.
Angélica: Sim, titia.
Antonieta: Como sei que estão passando por dificuldades. Arrumei para vocês um hóspede.
Mãe: Hóspede?
Antonieta pega o copo de água e bebe.
Antonieta - Isso mesmo. É filho de uma conhecida, de Goiás e veio tentar ganhar a vida aqui. Arrumou emprego num pequeno jornal . Precisa de um lugar para dormir. Pode pagar um pequeno aluguel.
Mãe- Pode ajudar, enquanto não sai o casamento.
Antonieta – E não é?
Mãe: Traga ele!
Antonieta levanta-se e vai até a porta:
- Venha rapaz! Venha!
O rapaz entra sorridente com uma pequena mala.
Antonieta - Este é Ignácio.
Ignácio - Muito prazer senhora.
Sobe uma música. Faz-se de conta que acertam a hospedagem. Enquanto isso Joana tira o café da mesa. Ignácio sai guiado pela mãe.
FIM DO PRIMEIRO ATO
Todos a família, inclusive a tia, estão sentados na sala, menos Angélica . Aguardam o corcunda para o jantar.
Joana: Ele chegou mamãe.
Corcunda:Onde esta minha noiva?
Mãe: Lívia apresse sua irmã. Vá-vá!
No quarto Angélica está sentada diante do espelho.
Nota: Enquanto isso Joana e a mãe colocam o jantar na mesa. Pratos, copos, talheres e uma jarra de vinho com pão.
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