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Meio ambiente e sustentabilidade - Plano de governo

Por:   •  22/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.181 Palavras (13 Páginas)  •  316 Visualizações

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PLANO DE GOVERNO

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Elaborado por: Corina Gracie Fontenele

Disciplina: Meio Ambiente e Sustentabilidade

Turma: Meio Ambiente e Sustentabilidade-0719-9_1


Carta de apresentação

        Prezados eleitores, com muito orgulho me proponho a representar nossa população colocando-me à disposição para esse cargo de suma importância no crescimento do município de Ilha das Flores. Uma vez como Prefeita, pretendo aplicar alguns conceitos que venho aprimorando durante minha busca ao conhecimento, sempre no intuito de conseguir utilizar meu aprendizado para melhorar a vida de todos os quais consigo alcaçar. Me disponho ao cargo de modo a tentar ampliar esse alcance para todos os integrantes do município de maneira igualitária. Para alinhar o entendimento sobre minhas propostas, gostaria de dividir um tema que, de acordo com minhas crenças e estudos, seria a fórmula para conquistar uma evolução eficiente em diversos aspectos com a finalidade de conquistar uma qualidade de vida para todos e ao meio em que vivemos, ou seja, um desenvolvimento sustentável.

        A sustentabilidade apoia o conceito onde a harmonia entre três temas poderia nos permitir o desenvolvimento contínuo e sólido durante as gerações, quando trabalhados integradamente. O chamado tripé da sustentabilidade trata os aspectos econômico, social e ambiental. Esse conceito introduz que a busca pelo fortalecimento dos três pilares aplicada em uma comunidade nos permite alcançar um desenvolvimento equitativo, viável e suportável.

        Para entender como esses conceitos foram formados, é necessário relembrarmos algumas décadas na história onde decisões tomadas nesse direcionamento impactaram todo o mundo. Com os avanços da tecnologia, cidades passaram ser mais atrativas para a população rural gerando um esvaziamento nos campos e um inchaço urbano, aparecendo as megalópoles. Existiram bons reflexos dessa industrialização, como avanço tecnológico e aumento da expectativa de vida. Tivemos também indústrias aumentando sem critérios e se tornando mais produtivas, bens de consumo cada vez mais presentes, poder aquisitivo crescendo de maneira desordenada, entre outros aspectos, que impediram que todos os retirantes fossem absorvidos por esse modelo de desenvolvimento. Dai tivemos inicio ao grande cenário de desigualdade em que vivemos, que além de ter se mostrado nocivo ao meio ambiente, foi igualmente nocivo a uma parte da população mundial. Para ser possível desfrutar dos benefícios desses avanços e mitigar os impactos negativos, líderes de todo o mundo passaram a se reunir para discutir medidas para direcionar esse desenvolvimento. Surgiram então as primeiras definições de sustentabilidade.

        A partir de 1968, diferentes profissionais passaram a se reunir “com o objetivo de discutir os dilemas atuais e futuros do homem” de acordo com Dias (2015, p. 93). A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente de Estocolmo, em 1972 e a Eco 92 no Rio de Janeiro foram dois eventos importantes para discussão das ações a serem tomadas a partir dessas definições.

Na Conferencia de 1972, objetivos foram discutidos e registrado na chamada Declaração de Estocolmo onde, segundo Santos e Skora (2018, p. 17) é entendido que “o homem fica com a obrigação imperativa de melhorar e proteger o meio ambiente para as gerações presentes e futuras; as futuras gerações têm o direito de ter os recursos naturais disponíveis no planeta preservados para elas; deve-se garantir a capacidade reprodutiva dos recursos renováveis para as gerações vindouras e por serem patrimônio da humanidade, a fauna e a flora devem ser preservadas”. Em 1980 foi intruduzido o termo “desenvolvimento sustentável” como um desenvolvimento econômico pautado na capacidade de regeneração do meio ambiente de modo a não prejudicar a disponibilidade dos recursos para as próximas gerações.

A discussão sobre a relação entre o meio ambiente e o desenvolvimento econômico e social persistiu durante anos e, em 1987 foi gerado um documento que aborda essa relação e buscava esclarecer esse conceito que ainda gerava muitas dúvidas dos grandes líderes mundiais. Esse relatório escrito pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (1988, p. 49) define que “o desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro a fim de atender as necessidades e aspirações humanas”. De acordo com Santos e Skora (2018, p. 20), o Relatório apontou necessidades de “diminuir o consumo de energia; reduzir o crescimento populacional; propiciar a existência recursos básicos para todos a longo prazo para todos, tais como água, alimentos e energia; preservar da biodiversidade e dos ecossistemas; apoiar o desenvolvimento de fontes energéticas renováveis, por meio do incremente tecnológico, e controlar a urbanização desordenada”.

Esse relatório serviu como base para o evento ocorrido no Rio de Janeiro no ano de 1992, chamado de Eco 92, onde os grandes lideres mundiais definiram tratativas e buscavam compromisso com o tema de sustentabilidade. De acordo com Novaes (1992), os lideres entenderam que não alcançaríamos o desenvolvimento sustentável sem a eliminação da desigualdade social e que seria necessário o auxilio dos países desenvolvidos nessa missão. Após o evento no Rio de Janeiro, não existiram muitos avanços no campo das ações para o andamento das melhorias que foram propostas, mas as diferentes definições para o conceito de desenvolvimento sustentável passaram a ser mais difundidas em diversos meios de disseminação do conhecimento.

Segundo Pearce, Markandya & Barbier (1989, p.1) “O desenvolvimento sustentável envolve a concepção de um sistema social e econômico, que garanta que esses objetivos sejam sustentados, ou seja, que os rendimentos reais e padrões educacionais aumentem, que haja melhoria da saúde da nação e que a qualidade de vida geral avance”.

Costanza (1992, p. 8) define que “A sustentabilidade é uma relação entre sistemas econômicos dinâmicos e sistemas ecológicos dinâmicos maiores, mas geralmente mais lentos, em que (a) a vida humana pode continuar indefinidamente, (b) os indivíduos humanos podem florescer e (c) as culturas humanas podem desenvolver”.

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