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NUTRIÇÃO HOSPITALAR

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Por:   •  2/12/2014  •  1.306 Palavras (6 Páginas)  •  1.609 Visualizações

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NUTRIÇÃO HOSPITALAR

As dietas são elaboradas considerando-se o estado nutricional e fisiológico das pessoas, e em situações hospitalares, devem estar adequadas ao estado clínico do paciente, além de proporcionar melhoria na sua qualidade de vida. Portanto a dieta hospitalar garante o aporte de nutrientes ao paciente internado e preservar seu estado nutricional, por ter um papel co-terapêutico em doenças crônicas e agudas. As dietas hospitalares podem ser padronizadas segundo as modificações qualitativas e quantitativas da alimentação normal, assim como da consistência, temperatura, volume, valor calórico total, alterações de macronutrientes e restrições de nutrientes, com isso podem ser classificadas a partir das suas principais características, indicações e alimentos ou preparações que serão servidos.A padronização das dietas tem como objetivo manter um atendimento nutricional seguro, eficiente e de qualidade ao paciente, portanto as dietas são classificadas em três grupos, dietas de rotina, modificadas, especiais. A padronização da dieta, ainda, facilita o trabalho na produção e distribuição de refeições, permite treinamento de pessoal, devendo ser sempre flexível para permitir adequações as condições e necessidades individuais. De acordo com Martins et al. (2001), o manual de dietas Hospitalares tem como objetivo principal a padronização das refeições servidas no Hospital e informar toda a equipe envolvida com os cuidados dos pacientes sobre a nomenclatura, as indicações e as características de cada dieta padronizada, assim como a sua adequação nutricional.

TIPOS DE DIETA

As dietas de rotinas são aquelas que não necessitam de restrições ou modificações em sua composição. Podem sofrer modificações quanto a consistência, possibilitando melhor adaptação em períodos de maior dificuldade na aceitação alimentar ou em fases de transição relativamente curtas, adaptando a dieta às condições do indivíduo, como, por exemplo, nos períodos pós-operatórios.

Dieta Hiposódica: Dieta pobre no eletrólito/mineral Sódio (Na), presente em todos os alimentos, especialmente em maior quantidade no Cloreto de Sódio (NaCl), o tradicional sal de cozinha. É indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), dentre outros.

Dieta Hipercalórica: Dieta rica em energia, que tem o objetivo de prevenir e tratar principalmente a desnutrição.

Dieta Hipocalórica: Visa a redução de calorias, é indicada nos casos de obesidade.

Dieta Hiperproteíca: Dieta rica em proteínas, usada também nos casos de desnutrição, oferecendo principalmente proteínas de alto valor biológico como a albumina, também é administrada em pacientes traumatizados como os queimados, para o desenvolvimento hiperplasia de novas células, principalmente para reconstituição do tecido lesionado.

Dieta Hipoproteíca: Dieta pobre em proteínas, indicada para para pacientes que com ingestão controlada de proteínas, como os portadores de insuficiência renal, cirrose hepática.

Dieta Hipoglicidica: Dieta pobre em glicídios (carboidratos ou açúcares), que tem como principal objetivo diminuir a quantidade destes, sem contudo diminuir necessariamente as calorias, um exemplo é a dieta para o diabético, que é pobre em glicídios simples, em destaque a sacarose, o tradicional açúcar de mesa.

Dieta Hipolipídica: Dieta pobre em gorduras, principalmente saturadas, indicada para pacientes com hipercolesterolemia e obesos.

Dieta Hiperlipídica: Dieta com uma boa quantidade de gorduras, principalmente de Triglicerídeos de Cadeia média (TCMs), geralmente indicada para tratamento de desnutrição grave. Nem sempre pode ser associada a hipercalórica, pois, pode ser ajustada de acordo com as necessidades do paciente, focando apenas a maior oferta de gorduras de boa qualidade.

A consistência também é um fator levado em consideração, pois, muitas vezes o sistema digestório não se encontra fisiologicamente normal, dentre as consistências dietoterápicas temos:

Dieta Normal: Comumente associada a dieta terapêutica livre, trata-se de uma refeição normal, indicada para pacientes sem indicações dietoterápicas específicas.

Dieta Branda: Nesta dieta encontramos alimentos mais cozidos, fibras abrandadas por cocção ou subdivisão; de consistência mais mole, normal em calorias e nutrientes; moderada em resíduos; fácil de se mastigar, deglutir e também digerir. Indicada para pacientes com enfermidades leves e usada como transição para dieta livre.

Dieta Pastosa: Indicada geralmente para pacientes com disfagia, dificuldades de mastigação (ausência de dentes ou problemas motores), alterações gastrintestinais ou outras manifestações clínicas como pós-cirurgia. É composta por alimentos bem macios, bem cozidos, em forma de purê e papas.

Dieta Líquida: Tem o objetivo de serem facilmente deglutidas e digeridas e indicada também para problemas na mastigação, usada normalmente no pré e pós operatório, tem um curto tempo de uso e pode ser dividida em dieta líquida clara (fornece líquidos, eletrólitos, pequenas quantidades de energia, trata-se de chás, suco de frutas, gelatinas) e dieta líquida completa que é constituída de líquidos e semi-líquidos à temperatura corporal, com o mesmo objetivo da anterior, trata-se de uma dieta que deve ser complementada nutricionalmente para atingir satisfação, pois, é pobre por exemplo em fibras, pode ser usada para atender pacientes com diabetes, doença renal ou outros distúrbios. São usadas em Pacientes Em Pré-Operatorio.

As dietas terapêuticas pode ser usadas de forma isolada ou mista, dependendo do objetivo da terapia. Exemplo: Paciente diabético, hipertenso, com disfagia: Dieta hipoglicidica simples, hiposódica e pastosa.

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