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Normas Internacionais de Relato Financeiro

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Por:   •  20/9/2014  •  Tese  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  344 Visualizações

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As normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS na sigla em inglês) surgiram a partir da globalização das empresas e, também, dos investidores – indicando uma necessidade global de informações padronizadas para análises de investimentos.

O mundo corporativo estava ainda bem dividido para a adoção de um único padrão internacional de contabilidade – entre os padrões americanos (US GAAP – United States General Accepted Accounting Principles) e os padrões internacionais (IFRS – International Financial Reporting Standards), que foram baseados, principalmente, nos padrões contábeis britânicos (FRS – Financial Reporting Standards). Enquanto a primeira era baseada em regras, a segunda era baseada em princípios. A intenção de internacionalizar a contabilidade e as demonstrações financeiras das empresas existe há muito tempo. Por exemplo: o IASC (International Accounting Standards Committee), órgão responsável pela emissão das IAS (International Accounting Standards) foi fundado em 1973 – na tentativa de iniciar este processo de internacionalização.

Coincidentemente (ou não), em Abril de 2001 o IASC foi substituído pelo IASB (International Accounting Standards Board) e as IAS começaram a ser substituídas pelas IFRS (International Financial Reporting Standards) – este processo de substituição / revisão das IAS ainda estão em andamento no IASB. A Europa, a partir da Inglaterra, começou a se mobilizar para adotar um padrão único de contabilidade neste momento e, com os escândalos acontecendo nos Estados Unidos, o USGAAP estava temporariamente enfraquecido – gerando algumas desconfianças. A Europa não perdeu tempo e, oportunamente, começou os estudos para facilitar a implementação das IFRSs, definindo que as empresas não precisariam alterar seus livros contábeis ou fiscais, sendo as IFRSs aplicáveis somente nas demonstrações financeiras consolidadas. Este foi um grande passo para a adoção das IFRSs na Europa.

Paralelamente ao movimento europeu, o mundo enxergou as mesmas desconfianças nos padrões americanos. Ainda, o mundo iniciou um estudo sobre as principais diferenças entre os dois padrões. Sendo o USGAAP baseado em regras e as IFRSs baseadas em princípios, é indiscutível que as IFRSs trazem menor volume (isso não significa que seja pequeno) de informações a serem estudadas – comparativamente com o USGAAP, que trata detalhadamente de cada assunto específico. Existem casos em que para uma norma de IFRS existem três ou quatro (ou mais) normas equivalentes de USGAAP.

Os escândalos corporativos nos Estados Unidos aliados a grande quantidade de literatura das normas e à tratar-se de regras em vez de princípios, foram os principais fatores que fizeram o mundo optar pela internacionalização da contabilidade e das demonstrações financeiras através das IFRSs.

Especificamente no Brasil, a Lei 6.404/76 ("Lei das S/A") era baseada em regras, no antigo USGAAP. Porém, esta Lei não evoluiu como deveria (comparativamente ao USGAAP). Desde 1976 as mudanças contábeis trazidas ao Brasil eram, basicamente, anunciadas pela Receita Federal e nossa contabilidade era, em suma, voltada para "atender o fisco" – e não aos interesses dos investidores.

Podemos dizer que o Brasil estava acomodado em relação às suas normas contábeis e de demonstrações financeiras. Quando, em Dezembro de 2007,

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