O Desenvolvimento e Carreira
Por: Karen Porto • 2/5/2021 • Trabalho acadêmico • 1.968 Palavras (8 Páginas) • 162 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM LIDERANÇA E COACHING
[pic 2][pic 3] Resenha Crítica de Caso
KAREN PORTO DE OLIVEIRA
Trabalho da disciplina : Desenvolvimento de carreira
Tutor: Prof. Nelson Roque Schneider
Divinópolis
2021
HEWLETT- PACKARD : CULTURA EM TEMPOS DE MUDANÇA
Referência:
BEER, Michael, KHURANA, Rakesh, WEBER, James . Hewlett-Packard : Cultura em tempos de mudança, Janeiro 2005.
A Hewlett e Packard - HP foi criada em 1939 com a união de dois colegas de universidade, Bill Hewlett e Dave Packard, a empresa se destacou pelas práticas administrativas e por seus produtos inovadores e confiáveis. O HP Way era focado em ações que privilegiavam a gestão igualitárias dos funcionários, política de portas abertas e o lucro acima das vendas. A empresa se consolidou com o desenvolvimento e venda de equipamentos para testes e mensuração, esses produtos eram baseados em tecnologia de ponta e eram vendidos com elevadas margens de lucro. Com o passar do tempo a HP começou a desenvolver computadores e impressoras.
No começo da década de 90, a HP trabalhava em três principais frentes, a de instrumentos de testes e mensuração, a primeira e mais lucrativa, a segunda a unidade de computadores, que exigia a maior parte da força de desenvolvimento, e a comercialização de impressoras, a mais promissora de todas.
A unidade de instrumentos de testes, passava por um momento conflituoso, pois representava uma parte importante dos lucros, porém não havia muito potencial da expansão de receitas. A área de computação, que necessitava de direcionamento em relação ao modelo ideal de negócio, pois o desenvolvimento e pesquisa dos produtos era complexo e demandava muitos recursos, além de que o mercado de computadores pessoais crescia de forma acelerada e a empresa não estava preparada para adentrar competitivamente no mercado. E por último o setor de impressoras, que possuía um modelo interessante para empresa e com muito futuro, pois haviam vendas de grandes e com custo baixo, além de movimentar a venda de consumíveis de baixo custo, como cartuchos e tintas.
Com isso a HP cresceu rapidamente, cerca de 20% ao ano entre 92 e 96, mas não havia preocupação, por parte da equipe gestora, a respeito da maior dependência dos PCs de menor margem e das impressoras. Muitos dos gestores acreditavam que a entrada para o maior volume de vendas era através dos computadores pessoais, pois faziam com que houvesse uma maior procura de outros componentes computacionais. Porém a forma de estruturação da HP não permitia uma integração entre seus produtos, como o mercado exigia, visto que cada divisão desenvolvia e criava produtos muito diferentes entre si, impossibilitando ao cliente a transição fácil entre os produtos da marca. Além de que comercialização de PCs utilizam margens menores, e por sua vez contraria a política da HP Way, iniciando assim um momento confuso na gestão e operação da HP.
Com isso houve um período no qual muitos nomes circularam pelos cargos mais altos da empresa, fazendo com que os fundadores interferissem diretamente na nomeação e demissão dos CEOs. Executivos eficientes como Hackborn, encarregado de projetar os computadores na década de 70, e líder da área de impressoras na década de 90, recusaram o convite para ocupar os cargos mais altos, devido a cultura de reunião intermináveis e demora para tomada de decisão causado pelo HP Way. Por fim um executivo com 25 anos de HP, Lew Platt, aceitou o cargo de CEO, porém continuou apegado ao famigerado HP Way, com isso houveram críticas de que Platt era muito focado nas características filosóficas dos preceitos criados pelos fundadores e menos aos aspectos empresariais.
Em meio ao momento confuso de alto crescimento e indefinição do modelo de negócio, o CEO Lew Platt recorreu a um grupo de executivos que analisavam os possíveis problemas que o tamanho da empresa poderia gerar. Dessa forma a empresa continuou a crescer e ficou à mercê da nova era do mercado, a difusão da internet, que potencializou uma grande concorrente no setor de PCs, a Dell, que desde de sua fundação, utilizava vendas pela internet, diminuindo seus custos e dependência de estoques de produtos prontos. Já a HP teve uma reação tardia para adentrar nesse novo mercado, principalmente relacionado a HP Way.
Com a desistência de Lew Patt, o conselho trouxe uma consultoria para analisar a empresa, com isso constatou-se que a empresa precisava mudar sua forma de gestão deixando o HP Way. Dessa forma chegaram ao consenso que precisavam de um CEO que fosse carismático, com capacidade de elevar o perfil da empresa, experiente em vendas, marketing e com força para desafiar a cultura criada pela empresa.
Ao procurar essas características dentro da HP perceberam que precisavam buscar esse profissional no mercado, pois a cultura já se fazia presente na grande maioria dos candidatos internos da empresa.
Dessa forma o nome de Carly Fiorina apareceu. Carly era descrita como inteligente, confiante, franca, ambiciosa, difícil de abalar e com muita força de vontade. Estudou historia, e filosofia em Stanford, por isso, inicialmente não demonstrava interesse em negócios. Porem ocupou diversos cargos relacionados a negócios durante e depois da faculdade. Sua filosofia gerencial nasceu quando Carly escreveu uma tese sobre o aumento de produtividade de uma fabrica, enquanto fazia MBA na universidade de Maryland, o estudo concluía que a produtividade aumentava de acordo com a remuneração.
Em sua trajetória na AT&T Carly se desenvolveu ainda mais tornando-se popular e inspiradora para seus colegas de trabalho, porem alguns a descreviam como uma pessoa que se autopromovia e seus metas eram mais importantes que a lealdade com seus parceiros de trabalho. Ainda na AT&T, com muito trabalho duro, ela evoluiu e foi designada para a divisão de sistemas de rede, setor extremamente ligado a engenharia e carregado de preconceitos com quem não tinha o conhecimento técnico dos produtos desenvolvidos. Com isso, trouxe a sua visão do todo da empresa para o setor e o tornou mais alinhado ao objetivo geral da empresa, o lucro.
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