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O ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA DO CRACK NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA

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Por:   •  6/5/2014  •  1.784 Palavras (8 Páginas)  •  820 Visualizações

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RESUMO

O presente trabalho tem como finalidade apresentar o tema: O enfrentamento do problema do crack no contexto da saúde pública. Através de uma produção textual acerca de pesquisas de ações e políticas institucionais que são realizadas para o enfrentamento do crack no âmbito da saúde publica, e por meios de entrevistas realizadas com profissionais que atendem nos serviços de saúde pública.

INTRODUÇÃO

A proposta deste trabalho é compreender que o enfrentamento do problema do crack é um dos grandes desafios das políticas institucionais no âmbito da saúde pública, dentre esses as graves conseqüências do uso abusivo dessa substância para as relações sociais.

Não pretendemos causar espanto que essas substâncias causam, mais fazer a quem ler esse trabalho, ver no usuário de crack um problema de saúde pública e não de polícia.

Hoje a dependência é tratada como doença, porém no passado, o usuário era somente excluído e discriminado sem ter o tratamento correto com profissionais capacitados na área.

O uso dessa substância foi por muito tempo trabalhado por meio de ações punitivas ao invés de preventivas e terapêuticas, sendo a dependência química considerada como falha moral ou falta de força de vontade. Porém hoje, a dependência passou a ser compreendida como sério problema de saúde, que afeta o cérebro e o comportamento.

Os usuários de entorpecentes, nesse caso, mais especificamente - o crack, não são coisas e nem massa de manobra em época de eleições políticas, precisamos de políticas públicas bem estruturadas que devem ser usadas para estimular o desenvolvimento de políticas que resgatem esse indivíduo. Somente com ajuda especializada, poderemos ajudar os dependentes a enfrentar o problema e essa ajuda deverá vim de políticas públicas bem estruturadas.

Enfim, o crack é um sintoma a partir de vários problemas sociais que surgiram entre as populações de todos os níveis econômicos e sociais, e o estágio em que se encontra atualmente já se caracterizou numa Epidemia de crack, pois é uma epidemia mostrada por números de afetados que deve ser combatida com políticas públicas.

O USO DO CRACK: UM PROBLEMA SOCIAL

Nos dias contemporâneos, o Brasil assumiu o uso abusivo do crack e outras drogas como um problema grave de saúde pública, de modo a ser um desafio enfrentar este problema, que só terá resultado com uma boa prevenção e tratamento, onde tendo em vista reabilitar o dependente. A dependência das drogas é transtorno em que predomina a heterogeneidade, já que afeta as pessoas de diferentes maneiras, por diferentes razões, em diferentes contextos e circunstancia.

Muitos consumidores de drogas não compartilham da expectativa e desejo de abstinência dos profissionais de saúde, e abandonam o serviço. Outros sequer procuram tais serviços, pois não se sentem acolhidos em suas diferenças. Assim o nível de adesão ao tratamento ou práticas preventivas e de promoção é baixo, não contribuindo para a inserção social e familiar do usuário.

Reconhecer o consumidor, suas características e necessidades, assim como as vias de administração de drogas, exige a busca de novas estratégias de contato e de vinculo com ele e seus familiares, para que se possa desenhar e implantar múltiplos programas de prevenção, educação, tratamento e promoção adaptados as diferentes necessidades. Para que uma política de saúde seja coerente, eficaz e afetiva deve ter em conta que as distintas estratégias sejam complementares e não concorrentes, e que, portanto, o retardo do consumo de drogas, a redução dos danos associada ao consumo e a superação do consumo são elementos fundamentais para a sua construção.

O Ministério da saúde vem tratando a dependência química como uma questão que envolve diversos fatores da vida do individuo, por isso a inserção do trabalho das organizações sociais atuando em sintonia com a política de saúde mental. Temos que oferecer um novo projeto de vida ao dependente químico porque a relação com a droga tem relação com o lugar onde ele vive, com o espaço social, a sua condição na família. Isso exige serviços de saúde diferentes para situações diferentes.

No Estado do Piauí há muitos casos de dependentes de drogas, diante disso o Governo do Estado do Piauí instalou a Câmara de Enfrentamento ao Crack. Trata-se de uma ação integrada reunindo entidades públicas e privadas, com o objetivo de combater a disseminação do crack e apoiar os dependentes em sua recuperação. A Câmara conta com o envolvimento das faculdades públicas e particulares, Ministério Público, Tribunal de Justiça e secretarias estaduais, como Saúde, Educação, Segurança, Justiça, Polícia Militar, Esportes, Cultura, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil e igrejas católicas e evangélicas no combate às drogas, principalmente o crack.

Em nossa região cresceu o índice de crianças e adolescentes consumindo o crack. Muitas vezes as famílias não sabem como lidar com a questão, nem tão pouco a escola. Quantas cenas de mães amarrando seus filhos á pés de camas para que os mesmos não voltem para a rua e para o consumo. As pessoas têm que entender que este problema é de todos e que bom que o ministério da saúde esta adotando políticas públicas para atender estes usuários.

Nos postinhos de saúde que atendem pelo sistema único de saúde (SUS) realizamos entrevistas com profissionais que atendem os usuários de crack, a fim de colher informações a respeito do perfil dos usuários de crack. O enfermeiro Cristiano Lages nos informou que os usuários são bem jovens entre 17 e 28 anos de idade, a maioria de sexo masculino, com mais de dois anos de dependência, são de família humildes e sem apoio familiar.

Em outra entrevista com o Agente de Saúde Ricardo Melo, ele afirma que na grande maioria das vezes a família só sabe que o jovem está usando drogas, depois que ele já está completamente viciado e o perfil dos usuários são os mesmos, jovens com baixa escolaridade e sem muitas expectativas de futuro.

Em nossa cidade Esperantina-PI, situada 180km da capital Teresina, os usuários podem contar com uma unidade do CAPS I (Centro de Atenção Psicossocial). Em entrevista com alguns profissionais que trabalham no referido centro, tivemos a oportunidade de aprofundar nossos conhecimentos no funcionamento, algumas estatísticas e resultados do programa na nossa cidade.

O Caps de Esperantina funciona de segunda a sexta-feira durante os turnos manhã

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