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O ENSINO TRADICIONAL NAS ESCOLAS E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

Por:   •  21/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.297 Palavras (6 Páginas)  •  829 Visualizações

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O ENSINO TRADICIONAL NAS ESCOLAS E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

Vanessa Esteves De Castro

3º Período De Licenciatura em Matemática_UEMG (Ibirité)

Resumo

Este artigo vem colocar em questão os princípios que devem orientar um curso de licenciatura em matemática levando em conta melhorias no ensino da educação básica. O ensino de matemática tradicional torna o aluno mecânico e o incapacita de construir seu conhecimento. O que ele tem é uma matemática pronta sem brechas para questionamentos. O professor é a figura central que bombardeia o aluno com seu conhecimento. A matemática é vista sem significado, e seu aprendizado fica entediante e sem sentido. Como mudar essa maneira de ensinar matemática? Será que o problema está na formação do professor? E como formar um professor capaz de transformar a realidade do ensino em nossas escolas? Estas serão questões discutas neste artigo.

Palavras-chave: Formação do professor de matemática_ licenciatura

INTRODUÇÃO

Minhas aulas de matemática, como aluna, no 8º ano do ensino fundamental eram tradicionais, assim como todo o meu período de estudo básico. Nas aulas de matemática eram aplicados exercícios repetitivos e nunca contextualizados. Eram comuns as operações utilizando apenas as fórmulas, não tínhamos atividades que relacionassem a matéria com o dia a dia, o importante era aprender a resolver a fórmula, se atendo a uma maneira rígida de resolução. Havia também uma única maneira de resolução das tarefas e o significado das operações não era explicitado e nem compreendido. Os símbolos matemáticos eram manipulados de acordo com as regras passadas pelo professor, porém, seus significados passavam despercebidos. Neste artigo buscarei refletir sobre como mudanças na formação do professor podem contribuir para uma melhoria no ensino básico.

DESENVOLVIMENTO

O ensino tradicional é caracterizado pela memorização e mecanização por parte do aluno, que é treinado a reproduzir aquilo que foi ensinado, e o professor é a figura central, ao contrário do ensino construtivista onde o estudante deve ser a figura principal e atuante. Os exercícios aplicados são repetitivos e não contextualizados.

Essa forma de ensinar tradicional não leva o aluno a entender o significado dos conceitos matemáticos, das operações, dos símbolos matemáticos, sua relação com o cotidiano, não permite ao estudante a compreensão do significado dos conteúdos. As aulas são totalmente mecânicas, os exercícios repetitivos e não permitem a manipulação e a ação por parte do aluno, por isso não conseguem traduzir seu significado simbólico, nem o construir do conhecimento.

Os métodos clássicos de tortura escolar como a palmatória e a vara já foram abolidos. Mas poderá haver sofrimento maior para uma criança ou um adolescente que ser forçado a mover-se numa floresta de informações que ele não consegue compreender, e que nenhuma relação parecem ter com sua vida? (Rubem Alves, 1994, p. 13,14)

Diante desses problemas colocados anteriormente, podemos pensar que essas falhas no ensino estão relacionadas com a falta de preparo do professor? E essa falta de preparo poderíamos dizer que sua origem esta nos cursos de licenciatura?

O professor como mediador do conhecimento tem de estar preparado para tal tarefa, porém muitas vezes a sua formação não lhe trouxe essa capacitação. Muitas vezes dentro dos próprios cursos a maneira de transmitir o conhecimento é tradicional e existem muitos mestres despreparados (com muito conhecimento, mas despreparados para lecionar). Como repassar algo que não se recebeu? Seria como selecionar bons professores por um dom e não por capacitação profissional, seria dizer que não se precisa de uma formação, de um preparo. O futuro professor precisa de uma trajetória acadêmica que o habilite a ser um auxiliador de seus futuros alunos na construção do conhecimento, um facilitador do aprendizado.

Segundo D’Ambrósio (1993, p. 38)

Dificilmente um professor de Matemática formado em um programa tradicional estará preparado para enfrentar os desafios das modernas propostas curriculares. As pesquisas sobre a ação de professores mostram que em geral o professor ensina da maneira como lhe foi ensinado.

Uma mudança na formação de professores mudaria a visão de ensino desses profissionais. Além do conteúdo matemático, práticas de ensino que os levem a utilizar novos recursos metodológicos

A utilização de diferentes recursos possibilita novas abordagens dos conteúdos, ampliando as perspectivas para que os processos de ensino e de aprendizagem sejam bem-sucedidos, ou seja, para que os alunos realmente aprendam, compreendam e façam a relação da matemática da escola com a matemática da vida. (Garcia, 2011ET. AL. p.47)

Segundo Muller (2000. p.142)

A variedade metodológica a ser utilizada pelo professor é fundamental para que se modifique a estreita vinculação entre o fracasso escolar e a matemática, mas, para que isto aconteça, é necessário se investir no processo de formação do professor, de forma que ele vivencie o que se deseja que ele faça com seus alunos.

Muller sugere algumas propostas metodológicas que tem contribuído para a mudança no ensino da matemática, como a utilização de Resolução de problemas, a Modelagem matemática, a Etnomatemática, a História da matemática, os Jogos matemáticos e a Informática educativa.

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