O Gerenciamento do Escopo em Projetos
Por: Kamofo • 11/2/2020 • Resenha • 3.074 Palavras (13 Páginas) • 242 Visualizações
Gerenciamento do Escopo em Projetos
- Escopo do Produto X Escopo do Projeto
O gerenciamento do escopo em projetos inclui os processos necessários para assegurar que o projeto inclua todo o trabalho, e apenas o necessário, para que termine com sucesso.
- Escopo do Produto – “C” características e funções (características, condições e capacidades).
- O escopo é o que será feito no projeto, descrição detalhada de cada produto e/ou serviço com as características e funcionalidades necessárias para atender aos objetivos do projeto. Essas condições a serem atendidas pelo produto são denominadas requisitos.
- Escopo do Projeto – “T” trabalho que deve ser realizado para entregar o escopo do produto (como).
- Identifique a melhor forma de estruturar suas entregas criando a Estrutura Analítica do Projeto.
- A estrutura analítica do projeto (EAP), também conhecida pelo termo em inglês, work breakdown structure (WBS), define as entregas do projeto e sua decomposição em pacotes de trabalho.
- De forma simplificada, podemos dizer que o escopo do projeto traduz COMO o trabalho deve ser feito e o escopo do produto traduz O QUE deve ser feito.
Processos que garantem que o escopo de um projeto seja definido e mapeado com precisão: (PCDCVC)
- Planejamento do Gerenciamento do Escopo (Preparar a Área de Conhecimento)
- Coleta dos Requisitos (Matriz da Rastreabilidade dos Requisitos) 🡪 Escopo do Produto
- Definição do Escopo do Gerenciamento (Definir as Entregas) 🡪 Escopo do Projeto
- Criação da EAP (Chegar nos Pacotes de Trabalho) 🡪 Escopo do Projeto
- Validação do Escopo (Critérios para Aceitação da Entregas)
- Controle do Escopo (Checar conformidade com a Linha de Base)
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- Produto X Serviço
- O que é um novo produto?
- Produto, segundo prevê o Código de Defesa do Consumidor, é qualquer bem, seja ele móvel ou imóvel material ou imaterial.
- Um produto é multidimensional.
- Um artefato produzido, quantificável e que pode ser um item final ou um item componente (PMBOK, 2017).
- Serviço e a sua intangibilidade!
- Serviço, por sua vez, é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, excetuadas as que decorram de relações trabalhistas.
- É consumido na hora em que é produzido. Depende do prestador de serviço.
- A internet é um serviço (produzido e consumido imediatamente).
- A compreensão tradicional é que o produto é um bem tangível, materializado durante seu processo de produção, e cuja posse é transmitida para o comprador.
- O serviço é produzido ao mesmo tempo que é consumido - não implica na posse de algum bem por parte do cliente. Em vez da transferência, ele paga pelo trabalho ou pelo uso, seja um conserto de eletrodoméstico ou uma assinatura.
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Frequentemente se diz que produtos são tangíveis, podem ser tocados, enquanto serviços são intangíveis, não podem ser tocados. Como ambos são resultado de processos de trabalho, a ideia de que produtos são bens materiais que podem ser tocados, criados a partir de matérias-primas, pode ajudar a entender a distinção, embora nem sempre haja algo concreto envolvido.
O serviço, por sua vez, não transforma objetos em bens, mas é consumido enquanto é prestado. Enquanto produtos podem ser guardados e armazenados em estoque, esgotando-se e perdendo prazo de validade, o serviço tem limitações de disponibilidade associadas a recursos humanos e materiais, e dependem da participação ou presença do cliente para acontecerem.
- Os 10 Mandamentos da EAP
A EAP (Estrutura Analítica do Projeto) é uma das mais importantes ferramentas do gerenciamento de projetos. Aliás, ela deve ser criada para qualquer tipo e tamanho de projeto, desde um churrasco de fim de semana até a construção de um hidrelétrica.
A EAP é uma estrutura hierárquica orientada às entregas do trabalho do projeto. Ela organiza e define o escopo total e representa o trabalho especificado na Declaração de Escopo aprovada.
A EAP é entrada para uma série de processos de planejamento do projeto como escopo, comunicação, riscos, cronograma, custos, qualidade etc., e por isso é tão importante na elaboração do plano.
Esta estrutura irá decompor o projeto em partes menores, ou seja, irá deixar o escopo a ser realizado mais compreensível e gerenciável.
Para criarmos uma EAP, temos algumas regras básicas e alguns mandamentos: (CHENGDNDNN)
- Cobiçarás a EAP do Próximo. (Consultar trabalhos semelhantes)
- Honrarás o pai. (Não pode estar associado a mais de um pai)
- Explicitarás todas as entregas, inclusive as necessárias ao gerenciamento do projeto. (O subproduto que não estiver na EAP (WBS) não faz parte do escopo do projeto)
- Não usarás nomes em vão. (Utilize termos concretos que representem subprodutos)
- Guardarás a descrição dos pacotes de trabalho no dicionário da EAP.
- Decomporás até o nível de detalhe (pacotes de trabalho) que permita o planejamento e controle necessário para a entrega do subproduto. O planejamento e o controle incluem: escopo (verificação e controle de mudanças), cronograma (definição das atividades), custos (planejamento de recursos, estimativa de custos e orçamento) e riscos (planejamento do risco)
- Não decomporás em demasia, de forma que o custo/cronograma de planejamento e controle não traga o benefício correspondente.
- Decomporás de forma que a soma das entregas dos elementos componentes (filhos) corresponda à entrega do elemento pais (mandamento dos 100%). (Garante a EAP)
- Não decomporás em somente uma entrega. (Não tem clonagem)
- Não repetirás o mesmo elemento como componente de mais de uma entrega. Não podemos ter um elemento (filho) como componente de mais de um subproduto (pai)
- Abordagens Preditivas X Abordagens Ágeis
O conjunto das fases define o Ciclo de Vida do Projeto, que pode ser gerenciado por duas abordagens: Preditivas (estáveis, previsíveis) e Adaptativas ou Ágeis.
Dependendo da organização e sobreposição entre as fases, se pode diferenciar vários modelos de ciclo de vida do projeto que vão desde a abordagem preditiva ou clássica, onde o produto e os entregáveis se definem ao início do projeto, passando pelo ciclo de vida iterativo ou incremental, que definem fases que vão incrementando o produto, até ao ciclo de vida adaptativo ou ágil, onde o produto se desenvolve depois de múltiplas iterações e o escopo detalhado para cada iteração se define no princípio da mesma.
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