O MOMENTO HISTÓRICO EM QUE SE DEU O SERVIÇO SOCIAL ENQUANTO PROFISSÃO, BEM COMO AS LUTAS ENFRENTADAS PELOS PRIMEIROS ASSISTENTES SOCIAIS
Exames: O MOMENTO HISTÓRICO EM QUE SE DEU O SERVIÇO SOCIAL ENQUANTO PROFISSÃO, BEM COMO AS LUTAS ENFRENTADAS PELOS PRIMEIROS ASSISTENTES SOCIAIS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: judidi • 18/3/2014 • 4.689 Palavras (19 Páginas) • 807 Visualizações
O MOMENTO HISTÓRICO EM QUE SE DEU O SERVIÇO SOCIAL ENQUANTO PROFISSÃO, BEM COMO AS LUTAS ENFRENTADAS PELOS PRIMEIROS
ASSISTENTES SOCIAIS
Resumo
O Serviço Social tem em sua geração, uma profunda marca do capitalismo e fatores que estão interligados. Contradições e oposições que buscavam afirmar o Serviço Social como uma prática humanitária, foram defendidas e amparadas pela igreja e sancionada pelo estado, como uma ilusão de servir. As novas configurações da questão social ampliaram os desafios para abordá-las e desvendá-las. É importante lembrar que a questão social é referência para entender o desenvolvimento das políticas sociais. A luta pela afirmação dos direitos é hoje também uma luta contra o capital e é parte de um processo de acumulação de forças para uma de desenvolvimento social. Abordaremos neste trabalho através de uma pesquisa cientifica o Serviço Social como profissão em seu momento histórico, teórico e sua introdução no Brasil, a necessidade de compreensão das questões sociais e resolução dos problemas abordados.
Palavras Chave: Serviço Socia l no Brasil, capitalismo, questão social.
Índice
Introdução------------------------------------------------------------------------------3
O capitalismo--------------------------------------------------------------------------4
A questão social em relação ao mercado de trabalho-----------------------------9
O Serviço Social no Brasil----------------------------------------------------------11
O que é, por que e como ajudar?---------------------------------------------------13
Algumas mazelas da sociedade, na cidade de São Paulo-----------------------16
Conclusão-----------------------------------------------------------------------------17
Bibliografia---------------------------------------------------------------------------18
Introdução
O Serviço Social nasce no Brasil em 1930 com movimentos da igreja católica e influencias burguesa, segundo Iamamoto. No contexto histórico o Serviço Social surge como uma tentativa de recuperar os privilégios da burguesia e da igreja que eles haviam perdido. Também neste período a classe trabalhadora começa a reivindicar seus direitos com a luta pela liberdade, sobrevivência e trabalho, avança em seu processo organizativo o que era visto como muita apreensão pela burguesia. A Revolução Industrial foi um marco capitalista que ajudou na formação social, proporcionou as mais variações tecnológicas, mudanças no cenário social e tirou o Capitalismo da fase mercantil e garantiu o que conhecemos por Capitalismo Industrial. A Questão Social está ligada diretamente com a desigualdade capitalista, enfrentada até nos dia de hoje, ainda é um tema muito complexo que vem sendo discutido ao longo dos anos, onde alguns autores como Vieira defendem o Serviço Social “como ajuda ou auxilio aos outros” (1977, p. 13-14) e por outro lado observado como uma “atividade realizada em beneficio a sociedade” (1977, p. 58).
O Capitalismo
Para se compreender o capitalismo (sua origem e seu desenvolvimento) é preciso trilhar por pelo menos três vertentes, assegura Dobb (1983). A primeira proposta por Werner Sombart (1863-1941), considera que o Capitalismo (numa visão idealista) é criação do “espírito capitalista” (empreendedor e racional), sendo que em épocas diferentes, onde ocorram atitudes diferentes.
A segunda concepção é assegurada pela Histórica escola Alemã e entende que o Capitalismo surgiu como uma forma de organização da produção, que se move entre mercado e lucro. O capitalismo tem então, um motivo, o lucro, assegurou Karl Bücher e Gustavo Von Schmoller, representantes desta vertente.
A terceira advém do pensamento de Karl Max, o capital é entendido como uma relação social e o Capitalismo um determinado modo de produção, onde há a dominação do processo de produção pelo capital. Há, portanto, o predomínio da compra e da venda da força de trabalho, tornando-se mercadoria como outra qualquer.
A posse dos monopólios dava aos burgueses o domínio econômico e social e os centros de poder são deslocados dos feudos para os burgos. Chegaram a ter o domínio sobre a política e o Estado, elevando ainda mais o seu poder.
Fatos ocorridos entre os séculos XIV e XVI em quase toda a Europa, fazem com que o trabalhador assalariado apareça e a exploração do operariado ao Capitalismo torne-se ainda mais freqüente e constante. Nesta época, o campo tornou-se subordinado a cidade, assim como os novos assalariados dependentes das novas fábricas. Ao tempo em que o Estado promulgava leis para abrigar o operário a trabalhar e para punir os que se recusassem a isso.
Sucessivamente, do século XVII ao XIX ocorreram muitas transformações que fizeram com que o capitalismo crescesse e se expandisse ainda mais, dentre elas a revolução inglesa (1640-1660) que favoreceu o auge de uma nova política econômica e social. Assim como surgem importantes invenções tecnológicas, como a máquina a vapor (de James Watt) e o tear mecânico (símbolos da Revolução Industrial). Eventos que contribuíram para que o capitalismo penetrasse a fundo no seio da estrutura social.
A Revolução Industrial (convencionalmente de 1775-1875) foi sem dúvida o grande evento que propiciou as mais variadas transformações tecnológicas, mudando o cenário social, foi também responsável por tirar o Capitalismo da fase mercantil e lhe garantir o que conhecemos por capitalismo industrial.
Durante todo o século XVIII o Capitalismo dominou plenamente. Havia ainda os grandes efeitos produzidos pela Revolução Industrial e os operários ainda não eram suficientes organizados para combater o Capitalismo de maneira forte e homogênea.
E então, no século XIX, os avanços do mercado atrelados as suas necessidades, precisou de uma forte demanda de mão-de-obra. Intensificou-se, portanto, a exploração sobre o trabalhador de maneira que “submetido ao controle e ao mando do dono do capital, o trabalhador sofria dupla violência: além de separado de sua
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