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O Mercador De Veneza

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Por:   •  23/8/2013  •  1.387 Palavras (6 Páginas)  •  620 Visualizações

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O Mercador de Veneza

INTRODUÇÃO

Este trabalho visa analisar a produção cinematográfica “O Mercador de Veneza” baseada na obra literária de William Shakespeare, que apresentar a intolerância religiosa vivida na cidade de Veneza no período Idade Média. Destaca a força dos contratos que regiam os compromissos firmados e a imparcialidade da Justiça que era utilizada e constituída para beneficiar os interesses da Igreja.

O MERCADOR DE VENEZA

O cenário do filme é a Veneza de 1596, num local chamado Belmont, ali existia riqueza, muito luxo. Os personagens desta historia são Jéssi, que é filho de Shylock, que abandona seu pai para viver com seu amado, cristão.

Shylock que é judeu e ganhava a vida como agiota, o que na época era considerado meio ilegal pelos cristãos, mas que se fazia necessário. Necessários porque era o único meio de sobrevivência dos judeus, a maioria deles praticava a usura.

Antônio que era dono das embarcações, muito rico, mas que o dinheiro que possuía estava todo comprometido no mar. O nome do filme se deve a ele.

Portia que era muito rica e herdeira de Belmont. O pai de Portia tentou evitar, mesmo depois de morte que qualquer pretendente pudesse desposá-la, impondo método diferente para aquele que quisesse casar com ela. O pretendente deveria desvendar o mistério das três caixas.

Bassânio, que era pertencente a uma classe social alta, mas que não dispunha de dinheiro suficiente para desposar Portia, seu amor.

Veneza que era palco das discórdias entre cristãos e judeus. As rixas faziam parte de ambos os lados, por motivos sociais, políticos, religiosos.

Os judeus não podiam possuir imóveis, viviam nos guetos desta cidade sendo perseguidos pelos cristãos que os identificam porque era obrigados a usar um gorro vermelho na cabeça.

Por outro lado, os cristãos que viviam do comercio, conhecidos como burgueses, e isso nesta época tinha conceito social.

Na sociedade de Veneza, Bassânio pediu a Antônio, seu amigo, empréstimo de três mil ducados (3.000 ducados) para cortejar e impressionar sua amada Portia. Não obtendo êxito em seu pedido recorre do judeu. Sendo Antônio avalista do mesmo nesta transação.

Shylock, nesta circunstância enxergou nesta oportunidade a chance de se vingar de Antônio, devido ao tratamento que lhe fora dado: Antônio cuspira em seu rosto. Atitude bastante comum então.

O contrato regia a seguinte cláusula: uma libra exata de carne de Antônio, perto do coração, se o empréstimo não fosse pago na data estipulada. Neste ponto é possível enxergar nitidamente os extremos de intolerância vividos entre cristãos e judeus.

Antônio contava que o trato, que fora por ele assinado, pudesse ser cumprido, o que o mesmo prever era que seus navios pudessem naufragar, vê-se então numa situação complicada porque o período para o pagamento havia expirado.

O caso vai para o tribunal porque na época contratos assinados e selados deveriam ser cumpridos. O magistrado disfarçado (Portia) pede clemência a Shylock. O mesmo se nega veemente, deixando bem claro que o contrato deveria ser obedecido senão era o Estado de Direito e a liberdade da cidade estariam em perigo.

Ao chegar ao Tribunal Bassânico ofereceu seis mil ducados, portanto o dobra do pagamento. Mas, no entanto, o judeu inflexível na decisão de ver cumprida a execução de se contrato, se utiliza de diversos argumentos na defesa de sua opinião, tais como: a maneira abjeta como muitos dos que estavam no tribunal era tratados pelos cristãos, momento em que amaldiçoou a Lei Veneziana caso não fosse cumprido o trato.

O falso magistrado fala do poder do contrato que nenhum decreto poderia alterar, caso contrario abriria precedentes para muitas sentenças erradas.

Entretanto, o judeu não havia estabelecido em seu contrato que destinação seria dado ao sangue do executado que seria derramado, previu somente a retirada da parte em carne de seu corpo como satisfação da dívida. Desta forma, não havia previsão no trato para o sangue do cristão que seria derramado.

“O Mercador de Veneza” é uma obra de William Shakespeare, que quando analisado como olhares mais detalhados vai muito além do que uma simples obra literária. Leva-se a questionar o passado a analisar o presente a respeito da aplicação da Justiça somente a uma parcela privilegiada da sociedade. Tudo dentro de um contexto que envolve o dinheiro, o amor e o desejo de vingança.

O filem trata de forma clara a intolerância religiosa para como o diferente e a imparcialidade da Justiça. No momento em que a falsa magistratura utiliza as Leis de Veneza para condenar o judeu, sob acusação de que estia tinha atentado contra a vida de um cristão.

Ora, mas não foi o cristão que aceitou o trato? Caso não concordasse por assinou?

Os debates promovidos no ambiente do filme revelam a importância do conhecimento da língua social nacional, que acaba por ser tornar um importante instrumento de convencimento e formação de opinião. Pois aquele que sabe falar, sabe convencer, e pode usar as falhas da Lei em beneficio de seu posicionamento.

Desta forma, o que estava escrito no trato deveria ser cumprido, entretanto neste caso não foi assim, graças à sapiência daquele que detém o conhecimento.

Observa-se ainda, de forma incisiva e contundente a influencia da religião na elaboração

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