Resumo O Mercador De Veneza

SHAKESPEARE, William. O Mercador de Veneza. 1 ed. São Paulo: Editora DCL, 2008.

Na peça O Mercador de Veneza, Shakespeare apresenta Pórcia, que é uma moça muito rica e bela da cidade de Belmonte e que acabou de perder o pai, que lhe pediu que se casasse com um homem bom e honrado. Para isso, o pretendente teria que se submeter a um teste idealizado pelo pai da moça quando ainda em vida: deveria escolher entre um cofre de ouro, um de prata e um de chumbo. Se dentro do cofre escolhido encontrasse o retrato de Pórcia, poderia ser seu marido. Vários homens ricos e poderosos, inclusive príncipes, fizeram o teste, mas para a alegria de Pórcia, que não gostava de nenhum dos pretendentes, nenhum escolheu o cofre certo.

Bassânio, um cidadão veneziano, desejou ir a Belmonte e tentar se casar com Pórcia. Como não tinha dinheiro para a viagem, pediu um empréstimo ao amigo Antônio, um mercador bem sucedido que possuía vários barcos. Antônio não possuía o dinheiro no momento, mas tinha uma frota de barcos a caminho de Veneza que vinham trazendo muitas riquezas, e para ajudar o amigo, pediu um empréstimo a Shylock, um judeu que costumava emprestar dinheiro a juros em Veneza. Se Bassânio não pagasse o empréstimo em três meses Antônio deveria arcar com a dívida, e caso não pudesse pagar, teria de cortar uma libra de carne do próprio corpo para dar a Shylock, que emprestou o dinheiro torcendo para que uma desgraça acontecesse aos barcos de Antônio e ele não pudesse pagar, pois o detestava por emprestar dinheiro aos amigos sem cobrar juros, prejudicando assim seus negócios, além de viver criticando os atos de Shylock e injuriando-o pelo fato de ser judeu.

Lanceloto, criado de Shylock e que detesta o patrão, caminhava pela rua pensando num jeito de fugir do judeu quando encontrou seu velho pai, Gobbo, a quem não via há muitos anos. Ao ser questionado sobre o amo, Lanceloto disse que não aguentava mais trabalhar para o judeu e o pai prometeu ajuda-lo a sair desta situação. Por acaso os dois acabam por encontrar Bassânio com alguns amigos e o pai recomenda os serviços do filho. Bassânio, sabendo que o rapaz é empregado do judeu, ordena que ele vá se despedir do amo e que depois venha para a sua casa, onde teria um novo emprego.

Jéssica, filha de Shylock, fica chateada ao saber que Lanceloto deixará sua casa, pois ele era o único que a tornava suportável. Eles se despedem com tristeza e Jéssica pede a Lanceloto que entregue a Lourenço, um amigo de Bassânio, uma carta. Lanceloto faz o que a moça pediu e leva o recado de Lourenço até ela. Na carta, ela havia indicado ao amado um modo de tirá-la da casa do pai para que fugissem juntos e se casassem. Na mesma noite, Shylock sai para jantar na casa de Bassânio e deixa Jéssica sozinha em casa, e Lourenço consegue finalmente tirá-la de lá. Graciano, amigo de Bassânio, pede para ir com ele a Belmonte, o que ele aceita com gosto, pedindo apenas que o amigo seja menos bruto.

Bassânio e Graciano partem para Belmonte, assim como Jéssica e Lourenço, o que deixa Shylock com muito ódio. Nos dias que se seguiram começou a correr por Veneza o boato de que Antonio teria perdido vários de seus barcos, fazendo Shylock se alegrar com a desgraça do outro, pois assim poderia vingar-se de todas as ofensas.

Em Belmonte, Bassânio teve algumas entrevistas com Pórcia antes de fazer o teste de seu pai, e pela primeira vez ela se afeiçoou ao pretendente e chegou a pedir a ele que adiasse o teste, para que ela não perdesse seu convívio.