O PAPEL DO DOCENTE NO PROCESSO DE ENSINO : Aprendizagem do Aluno Autistá
Por: elke_ane • 5/7/2016 • Artigo • 3.644 Palavras (15 Páginas) • 1.037 Visualizações
O PAPEL DO DOCENTE NO PROCESSO DE ENSINO: Aprendizagem do aluno autista[pic 1]
[1]Elke Ane Lisboa Garcia
[2]Maria da Conceição Pereira
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO_____________________
RESUMO
O presente trabalho aborda o Transtorno do Espectro Autista e sua definição, características, diagnóstico, tratamento, bem como, a inclusão e o papel do educador face as dificuldades encontradas na sala de aulacom alunos autistas. E tem como principal objetivo após um análise teórico a elaboração de propostas pedagógicas que ao docente desempenhar um trabalho mais eficiente no processo ensino-aprendizagem do aluno autista, bem como sua inclusão na vida escolar, com o intuito de auxilia-lo no seu progresso social, intelectual e pessoal.
Palavras-chaves: Docente. Ensino-aprendizagem. Aluno. Autismo. Inclusão.
ABSTRACT
This paper addresses the Autistic Spectrum Disorder and its definition, characteristics, diagnosis, treatment as well as the inclusion and the role of the educator face the difficulties encountered in the classroom with autistic students. And aims after a theoretical analysis to formulate pedagogical proposals that the teachers play a more efficient work in the teaching-learning process autistic student as well as their inclusion in school life, in order to assist you in your social progress intellectual and personal.
Keywords: Teacher. Teaching and learning. Student. Autism. Inclusion
1 INTRODUÇÃO
Mesmo depois de muitas pesquisas sobre o autismo a maioria dos profissionais da educação não tem nenhuma informação e nem formação para atuar em sala de aula com crianças com o Transtorno Global do Desenvolvimento-TGD o Autismo. O que traz uma preocupação relevante sobre o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem dessa criança. Que a mesmo tendo essa condição precisa interagir com as pessoas e com o mundo em seu redor. A criança Autista apresenta comportamentos e características muito complexas tornando ainda mais difícil a atuação do docente com esses alunos na sala de aula.
O educador precisa se preocuparcom o processo ensino-aprendizagem desse alunopara que ele desenvolva sua própria sociabilidade.Pois ao se relacionar com a realidade do mundo autístico, quem aprende primeiro é o professor.
Como o educador deve proporcionar um ambiente propício a aprendizagem do aluno autista,já que ele não tem nenhuma informação e nem formação no atendimento educacional especializado? Diante dessa problemática, o educador tem como responsabilidade buscar informações sobre o autismo com escopo de melhorar suas atividades pedagógicas propiciando ao aluno autista um desempenho significativo em sua vida social, intelectual e pessoal.
A pesquisa baseia-se na taxionomia de VERGARA, (2003), e classifica-se quanto aos fins: explicativa. Explicativa porque busca a atual situação do aluno autista no processo ensino-aprendizagem. E quanto aos meios: a pesquisa é bibliográfica em face da necessidade de recorrer a uma vasta literatura, livros, revistas, hipertextos entre outros, para elaboração do marco teórico do trabalho.
O trabalho tem sua relevância no desenvolvimento das atividades pedagógicas pertinentes à inclusão do aluno autista na escola, ajudando-o em sua aprendizagem e desenvolvimento social, assim como o preparo contínuo do professor da área de atendimento educacional especializado.
A pesquisa tem o intuito de desenvolver atividades pertinentes à inclusão do aluno autista na escola ajudando-o em sua aprendizagem e desenvolvimento em diversas áreas de sua vida.
Para tanto, primeiramente, analisa-se as várias literaturas que trata da questão à luz de teorias contemporâneas, logo após apresenta-se caminhos que possam minimizar a temática em estudo.
2 ANÁLISE TEÓRICO SOBRE O AUTISMO
2.1 Conceituando Autismo
De acordo com a definição da Austim Society Of American-ASA (1978)-Associação Americana do Autismo, o autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grava por toda a vida, aparecendo tipicamente nos três primeiros anos de vida.
Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por alterações presentes desde idade muito precoce, tipicamente antes dos três anos de idade, com impacto múltiplo e variável em áreas nobres do desenvolvimento humano como as áreas de comunicação, interaçãosocial, aprendizado e capacidade de adaptação. Com a incidência de 4 vezes mais no sexo masculino (MELO, 2007).
O autismo vem sendo estudado há décadas pelos estudiosos, mas ainda apresenta em sua face uma grande complexidade. Trazendo uma preocupação e instabilidade para as famílias, comunidade, educadores e demais profissionais. Diante dessa realidade vejamos na visão de alguns autores o conceito de autismo.
O autismo foi definido como um distúrbio do contato afetivo, inclusive sendo nomeado inicialmente como Distúrbio Autístico do Contato Afetivo. (KANNER, 1943). Tendo esse autor relatado ainda em seu artigo que os onze casos avaliados centrava-se em uma inabilidade inata dessas crianças para estabelecer contato afetivo e interpessoal com outras pessoas.
Nas décadas de 70 e 80 o autismo começou a ser visto como síndrome comportamental de um quadro orgânico, ocasionando mudanças importantes em sua classificação e intervenção (RITVO, 1976; RUTTER, 1979, 1983). Porém, na década de 90, os déficits sociais novamente ganharam relevo na compreensão do autismo, revitalizando um retorno à posição inicial de Kanner.
Na quinta versão do DSM (DSM-V, 2013), a denominação utilizada passará a ser “Transtornos do Espectro do Autismo”, localizados no grupo dos “Transtornos do neurodesenvolvimento” (BRASL, 2013).
Para Gadia, (2006) independentemente da posição teórica utilizada para compreender o autismo, sabe-se hoje que este não é um quadro único, mas pode ser definido como um distúrbio complexo do desenvolvimento, marcado de um ponto de vista comportamental, com etiologias múltiplas e que se manifesta através de graus variados de gravidade.
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