O PLANEJAMENTO E O CONTROLE DO LUCRO
Por: Claudia Motoyama • 22/2/2017 • Abstract • 2.665 Palavras (11 Páginas) • 429 Visualizações
O PLANEJAMENTO E O CONTROLE DO LUCRO
As operações empresariais no ambiente econômico conturbado, competitivo nos nossos dias, tornam-se cada vez mais complexas e instáveis.
Todas as empresas buscam se adaptar a um meio em que a alocação de recursos constitui um desafio cada vez mais sério, com uma queda dos lucros, custos cada vez maiores e as pressões cada vez mais fortes para manter os preços baixos.
As reações rápidas aos eventos que ocorrem possibilitam as chances da empresa em aumentar seus lucros, isto é operar com sucesso.
O orçamento representa um dispositivo de planejamento e controle que habilitam a Gerencia a antecipar mudanças e adaptar-se a elas.
Acredito ainda, que o planejamento é um processo de pensar de forma contínua que envolve decisões: antes, durante e depois da sua construção e ajustes na implantação.
Segundo Steiner (1969) cinco são as suas dimensões:
- assunto abordado: produção, pesquisa, novos produtos, finanças, marketing, instalações, recursos humanos, tecnologia, e outros;
- elementos: objetivos, metas, estratégias, políticas, programas, normas e procedimentos entre outros;
- duração: curto, médio ou longo prazo;
- unidades organizacionais (abrangência): corporativo, filias, grupos funcionais, divisões, departamentais, de produtos, etc.
- dimensão: complexo ou simples; qualidade ou quantidade; estratégico ou tático; confidencial ou publico, formal ou informal, econômico ou caro.
1. DEFINIÇÃO DE ORÇAMENTO
Planejamento e controle do lucro é usado por muitos autores no mesmo sentido da expressão Orçamento Empresarial. Orçamento e Planejamento, Plano de lucros, Plano de Operações, Administração e Controle Orçamentário e Budget, são terminologias isoladas, fruto de traduções de diversos autores, mas que indicam uma só matéria: ORÇAMENTO.
A fim de melhorar o nível de conceituação do orçamento, examinemos algumas definições de autores especializados na matéria:
Welsh,G.A: define que o orçamento de uma empresa (plano de lucro) consiste em um plano administrativo abrangendo todas as fases das operações para um período futuro. É uma expressão formal das políticas, planos, objetivos e metas da alta administração para a empresa como um todo e nas subdivisões. Os objetivos de receitas são expressos no orçamento de vendas; as metas de despesas são expressas no orçamento de despesas. Ambos devem ser alcançados para que se possa obter o lucro líquido e o retorno sobre o investimento planejado.
KOHLER,E. (in Tung): define o orçamento como um plano financeiro que serve para estimativa e controle das operações do futuro.
HECKERT e WILSON (in Tung): aborda o orçamento como sendo um plano de coordenação das ações financeiras para a empresa cumprir. Trata-se de um plano financeiro da empresa como um todo, visando o alvo final.
WALTER, M.A: o orçamento é a definição quantitativa dos objetivos e do detalhamento dos fatores necessários para atingi-los. A elaboração do orçamentos tem por base o Planejamento Global da empresa e de seu acompanhamento sistemático resulta o Controle.
2. ORÇAMENTO E AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS BÁSICAS
Ao analisar o assunto Welsh, acredita que as funções administrativas básicas que são úteis à analise do planejamento e controle de lucro são:
- Concepção das Oportunidades Empresariais
- Planejamento
- Execução
- Controle
- Avaliação do Processo
Sendo que o ciclo fecha-se continuamente na administração diária, mensal e anual da empresa. É inerente, a este próprio ciclo os efeitos contínuos e significativos de motivação e comunicação, fatores fundamentais no que diz respeito a cada função básica.
Segundo o autor, embora as funções se sobreponham (são quase inatingíveis) cada função deve ser apresentada separadamente para facilitar o trabalho.
2.1 O CICLO DAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS BÁSICAS
- Concepção das Oportunidades Empresariais
Esta função exige investigação agressiva, iniciativa e criatividade para novas idéias (produtos, mercados, tecnologia, limite de ação, novos meios e financiamento, meios de aumento de produtividade, etc.)
- Planejamento
Segundo ANSOFF (1993), são três os níveis de planejamento de acordo com a natureza dos problemas que se pretende solucionar:
a) Planejamento Estratégico: as decisões são referentes ao ambiente externo a empresa, a produtos ou mercados. Ex.: lançamento de uma nova linha de produtos x no mercado y.
b) Planejamento Administrativo: são decisões que envolvem a melhor utilização dos recursos humanos, financeiros, máquinas. Ex.: reorganização de uma seção administrativa da empresa.
c) Planejamento Operacional: buscam a utilização dos recursos para um determinado período. Ex.: alocação de recursos financeiros para as áreas x,y e z.
A elaboração do orçamento para um determinado ano é vista, muitas vezes, mais como uma atividade operacional do que estratégica da administração; porem ressalte-se que tanto o planejamento estratégico como administrativo integram o Orçamento através da viabilização das metas e projetos internos da organização.
- Execução:
Fase da ação ou atividade.
- Controle
A função do controle em um sentido amplo envolve o processo de:
- Avaliação de Desempenho;
- Comparação do desempenho real com os objetivos, planos, padrões, etc.;
- Ações corretivas quando o desempenho efetivo não é satisfatório.
- Avaliação dos Processos
Os processos vistos anteriormente de planejamento, execução e controle são complexos. É necessária uma atenção para o aperfeiçoamento do ciclo – novas abordagens, técnicas e pontos de vista. O “feedback” contínuo das informações relativas ao ciclo de atividade é fundamental para o aprimoramento.
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3. A ADMINISTRAÇÃO E O PLANEJAMENTO
A experiência tem demonstrado que as empresas de maior sucesso são as com objetivos e planos bem definidos. Uma administração confusa, apenas baseada nos “problemas do dia-a-dia”, tem se mostrado menos eficiente.
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