O PROJETO COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE: Um Relato De Experiência
Pesquisas Acadêmicas: O PROJETO COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE: Um Relato De Experiência. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GleicySousa • 2/9/2014 • 1.147 Palavras (5 Páginas) • 574 Visualizações
RESUMO
A aprendizagem tem sido foco nos últimos tempos discutidos e preocupantes da educação. Todos procuram alguém para ser o culpado no fracasso escolar de uma criança, e não conseguem chegar a uma conclusão que realmente afirme isso. O Projeto Comunidades de Aprendizagem vem de encontro a essas contradições, pois em seu desenvolvimento todos os envolvidos adquirem uma aprendizagem. A escola passa a ser um espaço educativo transformador, todas as ações da escola devem ser transformadoras, tem que se efetivar nas relações pessoais o diálogo, deve haver o diálogo nas relações sociais internas e externas da escola. O Projeto Comunidades de Aprendizagem que tem como perspectiva sanar os problemas dentro da escola, atendendo as necessidades de mudanças no contexto social, sua proposta é de transformar social e culturalmente com a colaboração da comunidade de entorno, famílias, professores, gestores, alunos, equipe escola entre outros, alcançando assim a máxima aprendizagem. Por estar em formação, participar desse projeto contribuiu e vem contribuindo para a formação docente, pois oportuniza um contato mais próximo com alunos, além de proporcionar a construção das relações, que são muito importantes na formação de um professor. O objetivo dessa vivência foi o de poder compreender a importância do projeto para a comunidade escolar (professores, alunos, funcionários, voluntários e familiares) e analisar as contribuições que o projeto tem proporcionado às pessoas nele envolvidas. É de suma importância para a sociedade, pois nele estão inseridas atividades que contribuirão para que aprendizagem realmente aconteça independente das condições sociais, culturais e históricas das crianças e também levando em consideração todo o seu contexto histórico e social. Seu desenvolvimento na cidade de Rondonópolis/MT, sua implantação iniciou em 2012, na Escola Estadual Professora Sebastiana Rodrigues de Souza e vem dando continuidade durante o ano de 2013. Até o momento apenas os alunos das séries iniciais vem participando das principais atividades desenvolvidas em Comunidades, que são a Biblioteca Tutorada, Grupo Interativo e iniciando em agosto de 2013, o grupo de Tertúlia Literária, por isso, está em fase de implantação, enquanto todas as atividades não estiverem sendo realizadas e todas as turmas participando delas, não se passa para a fase de consolidação. Com relação às atividades propostas, estas se concretizam a partir do diálogo igualitário e estão diretamente relacionadas com a leitura, a escrita e a interpretação de textos, com base no referencial teórico-metodológico - Aprendizagem Dialógica -, composto por sete princípios que orientam as relações e ações numa Comunidade de Aprendizagem. São eles (FLECHA, 1997): 1º Diálogo Igualitário: numa interação, o direito de fala deve ser garantido a todos. Os argumentos são apreciados em função de sua validade e não da posição de poder que ocupa o falante; 2º Inteligência Cultural: refere-se à capacidade de aprender e/ou de aprender de diferentes maneiras. Todas as pessoas são capazes de participar de um diálogo igualitário, contribuindo com seus conhecimentos e aprendendo mediante a interação dialógica; 3º Transformação: aprender dialogando e valorizando tudo o que aprendemos em espaços coletivos, por meio do diálogo igualitário, cada pessoa percebe que pode se engajar em processos de transformação social; 4º Dimensão Instrumental da Educação: torna-se necessário garantir que todos possam ter acesso à dimensão instrumental da educação, analisando os conhecimentos escolares a partir de suas experiências e necessidades e transformando-os em instrumento para atuação mais autônoma na atual sociedade; 5º Criação de Sentido: somos capazes de definir e de conduzir nossos próprios projetos de existência; 6º Solidariedade: os âmbitos dialógicos de aprendizagem são abertos à participação de todas as pessoas, ou seja, não há obstáculos acadêmicos garantindo direitos a todos e oportunizando que todos estabeleçam redes de parceria (sistema mundo e mundo da vida); 7º Igualdade de Diferenças: garantir a diversidade cultural e vice-versa, o direito de todos e todas obterem condições objetivas dignas de vida e de poder viver e pensar de maneira diferente. Conforme o trabalho vem sendo desenvolvido, é possível perceber algumas mudanças, mesmo que ainda discretas. Percebe-se, por exemplo, que algumas alterações têm ocorrido por meio das interações estabelecidas com os integrantes durante a atividade. É possível notar, por exemplo, o aumento do respeito que as crianças passaram a ter pelas pessoas voluntárias e pelos próprios colegas. Outro ponto bastante visível foi com relação à relutância de algumas crianças em ajudar aquelas que têm mais dificuldades. Essas crianças aos poucos foram vendo que quando elas ensinam,
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