O Papel Do Coordenador Pedagógico No Redirecionamento Do Espaço Escolar
Trabalho Universitário: O Papel Do Coordenador Pedagógico No Redirecionamento Do Espaço Escolar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vivis • 4/5/2013 • 4.751 Palavras (20 Páginas) • 808 Visualizações
CARACTERIZANDO O FENÔMENO BULLYING
Para que o projeto de intervenção realizado na escola sobre o fenômeno
Bullying seja compreendido, há, antes de tudo, a necessidade de reconhecer
suas particularidades:
Este fenômeno vem despertando cada vez mais o interesse de
profissionais da área educacional por se constituir numa das formas mais
complexas de violência presentes no âmbito escolar, preocupando não
somente a escola em si, mas toda a sociedade e o contexto que a envolve. Por
isso, a necessidade de se fazer um recorte neste tipo de violência presenciado
nas escolas.
Ao falar em Bullying, não nos referimos apenas àquelas agressões que
acontecem perante os nossos olhos, que ocorrem esporadicamente nos
intervalos ou fora da escola, mas também da possível presença de outro tipo
de violência, silenciosa e cruel, que atinge alguns alunos, independentes da
classe social ou do tipo da instituição educacional freqüentada (particular ou
pública). Esta violência manifesta-se como um comportamento ligado à
agressividade verbal, física e psicológica, de forma intencional e repetitiva,
sempre imposta às mesmas vítimas, levando-as ao medo e a ansiedade
constante, que interferem no processo ensino-aprendizagem, deixando
seqüelas psicológicas em muitos casos irreparáveis naqueles que são
vitimados pelo fenômeno.
De acordo com Pereira (2002) acredita-se que o enfrentamento ao
Bullying deve iniciar-se pela adoção de programas preventivos eficazes e
continuados, em colaboração com a família e a sociedade, para que este tipo
de violência seja reduzido, senão extinto, das relações interpessoais
A palavra Bullyng é originária da língua inglesa e é usada para se referir
a um fenômeno cujo autor é chamado de “bully”, palavra esta que pode ser
traduzida como “brigão” ou “valentão”. Como verbo, segundo o dicionário
Michaelis (1981, p.136), significa: “ameaçar”, “amedrontar”, “oprimir”,
“intimidar”, “maltratar”.
Na língua portuguesa não há uma palavra que possa traduzir fielmente a
palavra Bullying, que designa o desejo consciente e deliberado de maltratar
uma pessoa e colocá-la sob pressão. Há uma enumeração interminável de
práticas ditas como vexatórias e agressivas destacadas nesta violência:
insultos, intimidações, apelidos cruéis e constrangedores, gozações que
causam mágoas profundas, acusações injustas, práticas grupais que
hostilizam, ridicularizam e importunam a vida de outros alunos, gerando além
de danos físicos, psíquicos, morais e materiais, a exclusão do aluno do meio
escolar. Esta prática não se refere apenas àquelas agressões que acontecem
perante aos olhos dos adultos, ocorridos esporadicamente nos intervalos das
aulas ou fora do ambiente escolar, mas também da possível presença deste
outro tipo, que independe da classe social e do tipo da instituição educacional
que o aluno freqüenta , podendo ser particular ou pública, urbana ou rural.
Sendo a escola um ponto de encontro para o desenvolvimento de
relações sociais saudáveis, deve a mesma criar oportunidades aos seus alunos
para uma socialização efetiva e qualquer desvio nos padrões comportamentais,
dentro da mesma, deve ser objeto de estudo e reflexão.
O Bullying pode levar os adolescentes a grandes transtornos psíquicos,
gerando pessoas desestruturadas psicologicamente, que poderão vir a cometer
homicídios, seguido de suicídio, conforme casos que a literatura e as notícias
midiáticas nos dão a conhecer.
O fenômeno apresenta características próprias e dentre elas, talvez a
mais grave, seja o trauma psicológico que inflige ao alvo e a todos os
envolvidos na sua prática. Suas manifestações ocorrem em todos os meios
onde haja interações pessoais, como: locais de trabalho, quartéis militares,
internet, celulares e outros.
De acordo com Pereira (2002) acredita-se que o enfrentamento ao
fenômeno inicia-se pela adoção de programas preventivos eficazes e
continuados, em colaboração com a família e a sociedade, para que este tipo
de violência seja reduzido, senão extinto, das relações interpessoais.
Buscando em Nogueira (2007), Oliveira (2007), Pereira (2002), Franzen
(2008) Constantini (2004) Lopes Neto (2005) e Fante (2005) referenciais
teóricos que subsidiassem o trabalho, foi possível apropriar-se de
conhecimentos referentes a prática da violência na escola,sua amplitude e
meios de ocorrência, onde deduziu-se que independentemente da classe social
e do lugar há a ocorrência de violência,
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