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O RELACIONAMENTO DE ENFERMEIRO COM OS FAMILIARES DOS PACIENTES EM FASE TERMINAL

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Por:   •  28/4/2014  •  2.167 Palavras (9 Páginas)  •  1.035 Visualizações

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O RELACIONAMENTO DE ENFERMEIRO COM OS FAMILIARES DOS PACIENTES EM FASE TERMINAL

JEANDRA GALDERISI

SILVANDRA SANTOS

DEJANE MOURA

ALINE SALES

AURINO ANDRADE

JOSÉ TANUS

DANIELE SOARES

UNIME – União Metropolitana para Desenvolvimento da Educação e Cultura

Lauro de Freitas – BA, Brasil.

Resumo.

Dentre as inúmeras situações vivenciadas no ambiente hospitalar, o lidar com a família que possui um ente querido em fase terminal talvez seja a mais difícil de ser enfrentada pela equipe de enfermagem. Nem sempre as pessoas que integram a equipe estão preparadas para lidar com esse tipo de público, tendo ações inesperadas que podem provocar reações de desespero e raiva na família. Para que não haja nenhum tipo de falha nessa relação, é preciso que os profissionais tenham o devido preparo e cuidado, por mais que já se tenham deparado com familiares de pacientes terminais. É necessário saber que cada pessoa pode reagir de forma diferente diante desse momento único de sua experiência. Os principais objetivos desse estudo são ajudar os profissionais da área da saúde a lidar com os familiares na questão da morte e compreender melhor suas reações e, com base nestes dados, criar uma assistência de enfermagem direcionada a eles. Através do estudo desenvolvido destacamos alguns pontos que consideramos fundamentais na assistência de enfermagem à família do paciente terminal: avaliar o funcionamento familiar, promover habilidades de enfrentamento do estresse e manter uma comunicação efetiva com os familiares, explicar todos os procedimentos realizados. A enfermagem se depara com situações que põem a prova todo seu preparo para lidar com o público, especialmente com a família, que em poucos minutos pode ver seu ente querido vir a óbito, a relação entre a enfermagem e a família do paciente terminal é muito difícil e complexa, mas, dentro da equipe de saúde, a enfermagem é o elo consistente no sentido de promover a compreensão do processo de morrer, bem como tornar o evento mais controlável pela família.

Palavras-chaves. Relacionamento enfermeiro e familiar.

1. Introdução

O relacionamento do enfermeiro com familiares do paciente em fase terminal, é algo extremamente importante e necessário, embora complexo como não poderia deixar de ser devido a gravidade da própria situação.

A eminência da morte traz consigo sentimentos de impotência, frustração e angustia diante do sofrimento do doente e de seus familiares, agregado aos insucessos das ações profissionais. Identificadas algumas carências que mostram claramente esse quadro, tas como limitações do profissional em enfermagem, regras institucionais, e as questões do próprio individuo. Estudos realizados por (ANDREOLLI ET AL 2007) ; as necessidades evidenciam que um bom cuidado ao final da vida poderia ser definido como uma boa análise das necessidades dos pacientes e familiares, para que, desta maneira, a equipe interdiciplinar possa ter condições de realizar um tratamento em ambiente terapêutico a cada paciente e sua família.

As junções desses fatores aumentam a dificuldade em lidar com essa situação já tão delicada.

No atendimento de pacientes em fase terminal, a percepção da necessidade e tradução destas; descrição do ambiente; orientação tempo espacial; descrição do funcionamento da unidade; aproximação da equipe das necessidades do paciente; viabilização da qualidade da comunicação com a família; encaminhação a outros profissionais da equipe multiprofissional; avaliação constante das necessidades do paciente.

Tais fatores contribuem para otimização do atendimento aos pacientes em fase terminal e seus familiares.

O paciente terminal é aquele que na evolução de sua doença, não responde a nenhuma medida terapêutica conhecida e aplicada sem condições de cura ou de prolongar a sobrevivência estando, pois num processo de morte inevitável (FRANÇA, 1996).

Dada esta situação e findada as esperanças de vida ao paciente, é necessário que o enfermeiro além de possuir um conhecimento técnico-científico, compreenda o paciente com um ser holístico, avaliando não só o aspecto patológico, como também o aspecto psíquico do paciente e seus familiares.

O significado da morte representa para o ser humano algo sombrio, temido, pavoroso, é um medo universal, e composto por fatores culturais, históricos, éticos, religiosos e psicológicos.

O atendimento institucionalizado do ambiente hospitalar, a diversidade dos serviços prestados pelos profissionais de saúde dentre outros fatores, têm contribuído para o inadequado atendimento das necessidades do ser humano, não só as de caráter biológico, mas também as psicológicas, afetivas, sociais e espirituais. Os profissionais de enfermagem precisam adotar mecanismos que permitam a discussão sobre a qualidade do cuidado prestado aos pacientes nos estabelecimentos de saúde, bem como à necessidade de legitimar este cuidado como foco principal do trabalho da equipe de enfermagem, o qual visa a valorização do ser humano em todas as etapas de seu ciclo de vida, desde o nascer até o morrer. Para isso, o cliente/paciente e seus familiares devem ser considerados como seres sociais e históricos, possuidores de crenças, valores, experiências de vida, medos, angústias e incertezas, expectativas e, por isso, devem ser respeitados, principalmente na vivência da situação de morte.

Giordane (2008) diz que apesar de todos os avanços científicos a morte é um processo natural da vida e a assistência a um paciente terminal deve ser humanizada oferecendo um tratamento digno e respeitoso.

Aos membros da família são apontadas dificuldades operacionais para que estejam ao lado de seu familiar doente, como se pouco participassem de sua vida. A família não é valorizada como peça fundamental do e para o cuidado, mas como quem deve esperar por escassas informações, por horários restritos para as visitas, e é considerada como alguém que “incomoda” quando faz perguntas sobre a recuperação de seu

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