O Transporte da Vinhaça: Dutovia x Rodovia
Por: esoliveira1 • 5/5/2015 • Artigo • 1.820 Palavras (8 Páginas) • 447 Visualizações
TEMA: O TRANSPORTE DA VINHAÇA (SUBPRODUTO DAS USINAS SUCROALCOOLEIRAS)
TÍTULO: O Transporte da Vinhaça: Dutovia x Rodovia
AUTORES: Eduardo Soares de Oliveira
Paulo Rogério Fermino
Vitor Hugo Moraes Graça do Prado
DISCIPLINA: Modais e Intermodalidade – Prof. Magaly Romão
OBJETIVO: Comparar os meios de Transporte da Vinhaça.
JUSTIFICATIVA: Identificar o meio de transporte da vinhaça mais viável de acordo com seu uso nas lavouras
METODOLOGIA: Ampla pesquisa bibliográfica, associada ao estudo de caso baseado em pesquisa de jornais e mídia impressa de grande veiculação.
RESUMO
O presente artigo “O TRANSPORTE DA VINHAÇA: DUTOVIA X RODOVIA” consolida a ampla questão que envolve os custos logísticos dos modos viáveis para a fertilização da cana-de-açúcar.
A vinhaça há muitos anos vem sendo usada nos solos para a melhora de produção. Resolveu-se então, fazer uma investigação mais assídua para otimizar custos e melhor maneira de transporte.
Este estudo revela que o transporte por dutovia leva vantagem por, principalmente, consumir bem menos combustível que o transporte rodoviário, deixando os caminhões apenas nas lavouras para abastecer locais estratégicos da mesma, e não interromper a fertirrigação por ocasião de chuva.
ABSTRACT
The article “THE VINASSE TRANSPORTATION: PIPELINES X HIGHWAY” consolidates the broad issue that involves the logistical costs of ways viable for fertilization of cane sugar.
The stillage for many years has been use on land to the improvement of production. Resolved then make a more diligent investigation to optimize costs and better way of transportation.
This study shows that the transport by pipelines takes advantage of, especially, consume far less fuel than road transport, leaving only the trucks plowing in strategic locations to suplly the same and not interrupt the irrigation during rainfall.
PALAVRAS-CHAVE: Transporte, vinhaça, dutovia, rodovia
INTRODUÇÃO
Com o rápido crescimento do cultivo de cana-de-açúcar, devido ao aumento do consumo de seus derivados, faz com que as usinas que processão a cana-de-açúcar, tomem medidas que auxiliam o melhor aproveitamento industrial.
Segundo SILVA (2009).
“A safra 2008/09 encerrou com 505 milhões de toneladas moídas na região centro-sul, contra 431 milhões na safra 2007/08 e previsão para a safra de 2009/10 de 550 milhões. Na safra de 2008/09, a produção acumulada de açúcar foi 2,11% superior à produção da safra anterior (2007/08), atingindo 26,75 milhões de toneladas. Isso significa que 39,74% do total de ATR (açúcares totais recuperados) foram destinados à produção de açúcar e 60,26% para a produção de etanol. Do mix de produção das unidades produtoras de açúcar e de etanol, 45,62% da cana foi destinada para a produção de açúcar e 54,38% para etanol”.
A produção de álcool gera como resíduo a vinhaça, hoje tida como subproduto no processo de industrialização. “A vinhaça natural pode ser descrita como efluente residual da desalcoolização do vinho obtido da fermentação do caldo de cana.” (BARBOSA, 2007). A tempos a vinhaça vem sendo utilizada como fertilizante no plantio de cana-de-açúcar.
Segundo a AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS e o MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE (2009).
“A utilização de vinhaça na lavoura de cana já era feita de forma empírica na década de 1940, tendo-se registro a partir de 1952 do inicio de estudos e discussões sobre seu efeito no solo. BRAILE & CAVALCANTI (1979) afirmam sobre a vinhaça que “a evolução dos estudos da aplicação deste efluente no solo, demonstra que se resolvendo uma situação grave no aspecto social e legal (da poluição) possibilitou-se a obtenção de lucro direto (através da economia da adubação) e indireta (através do aumento da fertilidade natural dos solos), bastando para tanto que seja criado pelas usinas um sistema de aplicação da vinhaça à lavoura”. A aplicação de resíduos com alto teor de matéria orgânica e de nutrientes na lavoura é uma pratica consagrada na indústria canavieira, atendendo dois objetos principais dar destino adequado aos resíduos sob o ponto de vista do controle da poluição hídrica superficial, como também melhorar as condições do solo para o plantio de cana, substituindo-se em parte ou totalmente a adubação mineral (NPK)”.
Segundo AMORIM (2010), a vinhaça tem a seguinte composição:
DETERMINAÇÃO | VINHAÇA COMUM | ||
MINIMO | MEDIO | MAXIMO | |
pH | 3,5 | 4,15 | 4,9 |
NITROGÊNIO AMONIACAL (mg/L) | 1 | 10,94 | 65 |
NITROGÊNIO TOTAL (mg/L) | 90 | 365,63 | 885 |
Na – SÓDIO (mg/L) | 8 | 51,55 | 220 |
Ca – CÁLCIO (mg/L) | 71 | 515,25 | 1096 |
K2O – POTÁSSIO (mg/m³ K2O) | 814 | 2035 | 3852 |
Mg – MAGNÉSIO (mg/L) | 97 | 225,64 | 456 |
SO4 – SULFATO (mg/L) | 790 | 1537,66 | 2800 |
FOSFATO (mg/L) | 18 | 60,41 | 188 |
D.Q.O. (mg/L) | 9200 | 28450 | 97400 |
Tabela 1: Composição da vinhaça (AMORIM, 2010)
“A porcentagem da área de fertirrigação das usinas é bastante variável, tanto em escala regional, como dentro de uma mesma região. Existem usinas que já vem aplicando vinhaça em 70% da sua área de cultivo, por outro lado podem-se encontrar também usinas com áreas de fertirrigação bem abaixo deste valor”. (SOUZA, 2007). “Os sistemas utilizados para a fertirrigação da lavoura canavieira com vinhaça podem ser separados em dois blocos: o transporte da vinhaça até o campo e a sua distribuição nas lavouras”. (AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS & MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE, 2009).
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