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O processo de gestão dos resíduos hospitalares

Por:   •  13/4/2015  •  Artigo  •  4.766 Palavras (20 Páginas)  •  805 Visualizações

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O PROCESSO DE GESTÃO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES

John Kennedy Vila Nova do Nascimento*

RESUMO

A problemática do lixo hospitalar ou resíduos de serviços de saúde remete diretamente às questões de Saúde Pública. Isto torna evidente a necessidade de apresentação de alternativas para o gerenciamento de tais resíduos hospitalares, a fim de proteger a qualidade de vida. Em nosso estudo esta problemática é discutida a partir da negligenciano trato com este material e ao fato de que as pesquisas são quase inexistentes neste campo.. Destaca-se neste trabalho o processo de gestão, em especial a importância quanto ao fato de que os resíduos sigam as etapas de manuseio, armazenamento, referentes aos sistemas hospitalar e limpeza urbana de manipulação desses resíduos. Finalmente, são apresentadas as conclusões, capazes de subsidiar nossas discussões a respeito deste tema.

Palavras chave: Gestão, Resíduos Sólidos Hospitalares

INTRODUÇÃO

Ao tratarmos sobre o processo de gestão dos resíduos hospitalares visamos analisar a situação que envolve os resíduos de serviços de saúde. As estratégias apontadas visam integrar, condutas e medidas a fim de atender as determinações legais, num processo de melhoria contínua. Neste contexto discutir sobre a forma em que o lixo hospitalar deve ser descartado e em quais locais o lixo deve ser despejado, e sobre os  critérios, riscos e procedimentos adotados nos centros de saúde e hospitais para o descarte do lixo correto, tornam-se pertinentes.

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*Aluno do curso de Especialização em MBA em Gestão de Projetos da Faculdade Pitágoras Unidade Maceió. E-mail: johnkennedy_2013@hotmail.com

Desta forma, o debater sobre o processo de gestão dos resíduos hospitalares, visando melhoria contínua no trato com este material nos âmbitos de Serviço da Saúde é algo vigente e deve ser pensado de forma objetiva e prática para garantir o bem comum social.

Dito isto, ressaltamos neste estudo a pertinência em se discutir quanto à classificação dos grupos de resíduos, o acondicionamento e destino dos grupos de resíduos. Como também apresentar os procedimentos de gerenciamento e apresentar as normas e leis que envolvem o acondicionamento e descarte do lixo hospitalar.

Sabemos que a atividade hospitalar é por si só uma fantástica geradora de resíduos, realidade inerente a diversidade de atividades que se desenvolvem dentro destas empresas. O grande volume de compras de materiais e insumos para fazer funcionar esse complexo que é o hospital só vem a confirmar essa alta geração de volume de lixo hospitalar. Todavia a  possibilidade do pouco conhecimento e a falta de informações sobre o assunto fazem com que, em muitos casos, os resíduos sejam ignorados.

O lixo hospitalar resulta da manipulação em hospitais e clínicas, e formado em sua maioria por seringas, agulhas, luvas, sondas, cateteres, restos de alimentos de enfermos, restos de limpeza de salas de cirurgia e curativos, gazes, ataduras, peças anatômicas, substâncias químicas em geral e demais materiais descartáveis.Esse lixo que pode estar contaminado com microrganismos causadores de doença se representam um grande perigo à saúde das pessoas e ao meio ambiente.

 Desta forma, favorecer um processo de gestão para o trato com este material torna-se algo determinante e necessário, para garantir com isso a minimização e/ou término de todo uma situação de desordem sobre o descarte do resíduo hospitalar. Visto que cada material deve ser coletado de acordo com a sua classificação de modo que reduza os riscos para quem o manuseia, como também para a sociedade em si.

  1. OS RESÍDUOS HOSPITALARES E SUAS NORMAS

É sabido que o trato com o lixo tem ocupado destaque em vários circulos de debate da sociedade, os quais buscam minimizar ou resolver uma situação descarte. Deste movimento surgem campanhas e mobilizações visando promover uma forma diferenciada no que se refere ao destino e, até mesmo na forma de lidar com os resíduos sólidos e rejeitos.

Entretanto, torna-se pertinente discutir sobre um tipo especifico de lixo, o hospitalar. Indicamos isto devido a sua pecualiridade e aos efeitos que este tipo de material pode causar se não for devidamente trabalhado. Na sociedade denominação lixo hospitalar tornou-se comumente utilizada, mesmo quando os resíduos não eram gerados em unidades hospitalares (NAZÁRIO, 2005).Isto leva a dificuldades quanto a compreensão sobre o que é lixo hospitalar e sua interferência na sociedade.

Para destacar a sua especificidade e necessidade de cuidado diferenciado com este tipo de material o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA- ANVISA, 2004), na RDC 358/05, denomina os RSSS (RESIDUO DE SERVIÇOS DE SAÚDE) ? significa isto? Complemento do texto Maria.

todos aqueles resultantes de atividade exercidas nos serviços de saúde que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final. Assim, os RSSS englobam os resíduos gerados em todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços em que se realizem atividades de embalsamento; serviço de medicina legal; drogarias e farmácias; estabelecimentos de ensino de pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares.

        Esta delimitação de significado nos favorece com o entendimento sobre a amplitude de intervenção deste tipo de lixo na sociedade e, sobretudo da necessidade de prudência ao lidar e descartar este material, tendo sempre com vistas manter a saúde pública.

Atualmente esta questão esta sendo o foco de muitas discussões, principalmente quanto aos processos de gerenciamento,  em virtude das consequências que pode gerar, quando é realizada de forma inadequada, para os profissionais da saúde, para os pacientes e o meio ambiente.

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