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O que o Brasil fez para melhorar o índice de desenvolvimento humano?

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Por:   •  22/5/2014  •  Seminário  •  817 Palavras (4 Páginas)  •  379 Visualizações

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O que fez o Brasil a melhorar o índice de desenvolvimento humano?

O Brasil registrou melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2012, mostra relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), mas manteve a posição no ranking mundial registrada no ano anterior, 85º lugar.

Isso aconteceu, segundo a ONU, porque a melhora no progresso humano ocorreu em diversos países. Das 187 nações das quais a ONU coleta dados, 108 países mantiveram suas posições. Outros 44 países perderam colocações e 35 subiram no ranking, como África do Sul e Panamá.

O ranking divide os países em quatro categorias: nações com índice de desenvolvimento "muito elevado", "elevado", "médio" e "baixo". O Brasil registrou IDH de 0,730, ante 0,728 em 2011, o que inclui o país entre os de desenvolvimento elevado. Nas últimas duas décadas, o país registrou crescimento de 24% no IDH, conforme a ONU - passou de 0,59 em 1990 para 0,73 em 2012.

O Brasil, aponta o relatório, apresentou progresso em renda, educação e saúde nos últimos 20 anos. Segundo Daniela Gomes Pinto do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), está entre os 15 países que mais reduziram a diferença, desde 1990, entre o patamar do IDH e o máximo verificado pela ONU. "Isso é fruto de fortalecimento da economia acompanhado de desenvolvimento humano", disse.

O programa de transferência de renda do Brasil, o Bolsa Família, é citado pela ONU como exemplo para o mundo para melhoria do IDH.

Metodologia

O índice, de acordo com a ONU, leva em conta três fatores: dados de saúde com base na expectativa de vida ao nascer; de educação, com informações sobre média de anos de estudo da população adulta e anos esperados de escolaridade para crianças; e renda nacional bruta, que identifica os recursos que ficaram no país.

Atualmente, mostra o relatório, o Brasil está no grupo de países com "alto desempenho" de IDH. A expectativa de vida ao nascer é de 73,8 anos, a média de escolaridade é de 7,2 anos, são esperados 14,2 anos de estudo e a renda per capita anual de US$ 10.152.

Porque houve aumento no coeficiente de gini?

A desigualdade de renda no Brasil, embora ainda bastante elevada para padrões internacionais, atingiu em 2011 o menor patamar desde a década de 60, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) compilados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).O movimento observado no Brasil ocorreu na contramão da tendência mundial, já que em dois terços dos países houve aumento da desigualdade no período recente, segundo a Unesco. Locomotivas do crescimento global na última década, a Índia e a China, por exemplo, não conseguiram avançar com distribuição de renda, embora tenham reduzido os níveis de pobreza.

No Brasil, o coeficiente de Gini, indicador que é referência na medição da distribuição de renda, alcançou em 1990 o pico para os últimos 50 anos, quando marcou 0,607 pontos, de acordo com levantamento feito pelo Ipea. Desde então, o índice traçou uma curva decrescente e caiu para 0,527 em 2011, patamar semelhante ao observado no início da década de 60, quando esse acompanhamento começou a ser feito no país.

Segundo comunicado do Ipea a renda do trabalho foi essencial para a forte e inédita redução de desigualdade no Brasil nos últimos dez anos, responsável por cerca de dois terços da queda de pouco mais de 10% do coeficiente de Gini no período. Ao mesmo tempo, ressalta o instituto, sem as políticas de redistribuição de renda patrocinadas pelo Estado brasileiro desde o início dos anos 2000, a desigualdade teria caído 36% a menos na década passada.

Marcelo Neri, presidente do Ipea, afirma que alguns países onde há aumento da concentração de riqueza, como é o caso da China, já mostraram interesse em programas brasileiros, como o Bolsa Família. Lá, assim como no Brasil das décadas de 60 e 70, houve redução da pobreza, mas a renda ficou mais concentrada.Isso ocorreu,

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