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OS MOVIMENTOS SOCIAIS

Por:   •  15/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  8.157 Palavras (33 Páginas)  •  254 Visualizações

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Instituto de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Curso de Serviço Social – Ciclo 4 – Módulo B – Noite

Disciplina: Movimentos Sociais e Mobilização Social

Profa. Simone Gomes

Angela Márcia

Cristina Carvalho

Irene Mascarenhas

Josiele Fernanda

Nara Braga

Viviane Werneck

Movimentos Sociais - Fases

Belo Horizonte

2015

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Introdução

Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo sobre o Estado, as Classes Sociais e os Movimentos Sociais, pressupondo a articulação com a totalidade social. A partir dos autores, Montaño e Duriguetto (2011), serão apresentadas as perspectivas de análise sobre as questões ora apresentadas.

Desenvolvimento

I – Fase: As organizações do chamado “Movimento de Classe (Sindical) e Movimentos de Libertação Nacional”

        

Historicidade:

        Para os autores Montaño e Duriguetto (2011), iniciou-se em meados do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial na Europa, foram desenvolvidas novas formas de produção e de organização do trabalho, marcando a passagem da manufatura para indústria.

        A intensificação e o desenvolvimento das forças produtivas implicaram a expulsão de grandes contingentes de trabalhadores que foram lançados ao desemprego. Essa situação desencadeou inicialmente ações violentas dos operários

 Voltadas para a destruição das máquinas, num movimento que foi denominado Ludismo. Em 1824 o parlamento inglês vota no direito livre a associação, e assim se prolifera as trade - unions (associações sindicais) que passaram a fixar e negociai os salários e as horas de trabalhos em todos os ramos industriais da Inglaterra. A progressista conquista da lei trabalhista (legalização da jornada de oito horas, fixação de níveis salariais, descanso semanal remunerado, proteção contra acidentes); legislações sobre saúde, previdência etc.;

Netto (1992, p.31), esclarece a confluência de “exigências econômico-politicas próprias da idade do monopólio” com o “processo de lutas e de auto-organização da classe operaria”. Ou seja, a emergência do movimento operário no cenário politico a partir da segunda metade do século XIX, revelou a face pública e politica da questão social.

Em 1848, conforme Montaño e Duriguetto, a revolução ocorrida neste ano representou a tomada de consciência do proletariado como classe para si.

Para Marx , seguindo Hengel, diferencia duas dimensões da constituição de classe: a “classe em si” e a classe para si”.

A “classe em si” é constituída pela população cuja condição social corresponde com determinado lugar e papel no processo produtivo, e que, independentemente de sua consciência e/ou organização para a luta na defesa de seus interesses, caracterize uma unidade de interesses comuns em oposição aos de outras. “Classe em si” remete a mera existência de uma classe.

A “a classe para si” caracteriza outra dimensão possível da constituição e da analise da classe. Pode-se verificar em um momento histórico em que Marx observou a passagem da “classe em si” para a “classe para si” no contexto em que, entre 1830 e 1848, a classe trabalhadora se torna sujeito autônomo, consciente de seus interesses e do seu antagonismo ao capital, e organizado para lutas de classe. (p.97). Sendo assim a “consciência sindical” é aquela que atinge como máximo nível reivindicatório, e se desenvolve no trabalhador organizado em sindicatos, sem dispor de conhecimento cientifico e critico da realidade social. Forma-se aqui a consciência - em – si, com superação parcial da alienação. A consciência - em – si desenvolve uma crítica imediata, vivencial, espontânea a partir da experiência direta dos sujeitos sem conseguir desvendar as leis da ordem capital.

Ao identificar as semelhanças nas condições de vida, ou de algum aspecto dela, os individuos podem desenvolver uma identidade e uma consciência reivindicatória, que deriva numa ação grupal reivindicatória. O exemplo típico é a “consciência sindical” e a “luta sindical”, em que o trabalhador organizado em sindicatos, a partir das condições e valores hegemônicos (da ordem capitalista), luta pelas melhores condições de venda da sua mercadoria “força de trabalho”.

“A historia de todas as sociedades ate hoje é a historia das lutas de classes”, como sentenciam Marx e Engels na célebre frase de O Manifesto (1998, p4). 

O antagonismo entre produtores e usurpadores de riqueza, existente em toda sociedade de classes e que se consolida na sociedade capitalista, gera tal contradição de interesses que faz com que as lutas que travam as classes antagônicas se constituam em verdadeiro motor da história.

Diferentes concepções teóricas, características estratégicas, organizacionais e ideológicas conviviam e disputavam influencia no movimento opérario sindical entre 1880 e a Primeira Guerra Mundial.

Corrente anarquista; Para a corrente sindica, somente a ação direta violenta e a greve geral dos operários comandada pelo sindicato é que poderia levar à transformação do capitalismo.

Corrente reformista: Tem suas origens nas trade-unions inglesas. Os objetivos e as lutas sindicais são definidos nos limites das relações capitalistas de produção, e compatíveis com a manutenção do sistema.

Sindicalismo corporativista: tem origem nas primeiras décads do século XX durante a vigência do fascismo na Itália. Foi instituído por Mussolini através da Carta del lavoro, que organizou os sindicatos de corporações subordinadas e dependentes do Estado.

Sindicalismo Comunista: Para Marx, Engels e Lênin, os sindicatos significavam a união dos trabalhadores contra a redução dos salários abaixo do mínimo necessário para a manutenção e a sobrevivência do trabalhador e de sua família.

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