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Obra E Pensamento De Anísio Teixeira

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Por:   •  2/6/2014  •  3.310 Palavras (14 Páginas)  •  369 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Anísio Teixeira foi um grande pensador e personagem central da educação no Brasil. Jurista, intelectual, educador e escritor, Anísio defendia uma reforma educacional e a qualidade do ensino, bem como a educação pública e de período integral.

Fora caracterizado por suas diversas lutas pela educação e pela sua paixão pelo ensino. Faleceu em 1971, prematuramente, porém, deixou um acervo rico e significativo para a educação em âmbito nacional e internacional.

Expressava seus pensamentos e idéias com constante preocupação com uma modificação no sistema educacional da época. Porém, suas idéias são consideradas até hoje como grande marco da educação brasileira.

Por fim, Anísio Teixeira preocupava-se de forma significativa com o sistema de ensino e se dedicava a estabelecer estratégias para a melhoria da educação, bem como ferramentas legais para que isso ocorresse. Deixou seus pensamentos que são tidos como influencias para uma nova concepção de escola e cidadão.

2. Vida e Obra de Anísio Teixeira

Anísio Spínola Teixeira nasceu em 12 de julho de 1900 na cidade de Caetité, interior da Bahia. A cidade possuía o orgulho da cultura e das escolas da “Corte do Sertão” como era conhecida. Filho de fazendeiro estudou em escolas jesuítas, primeiro no Instituto São Luis em suas cidade natal depois no Colégio Antonio Vieira, em salvador. Na época em que nasceu as escolas complementar e a escola normal fora fundadas por seu pai, Deocleciano Pires Teixeira.

Em Salvador conviveu sua adolescência com o padre Luiz Gonzaga Cabral e, sob sua influência, cogitou entrar na Companhia de Jesus. Porém, seu pais querendo vê-lo na carreira política, não consentiu tal decisão, mandando- o ingressar no curso de Ciências Jurídicas na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, diplomando-se em 1922.

Em 1924, bacharel em direito, e novamente em salvador, Anísio demandou uma vaga de promotor público. No mesmo ano o governador Francisco Marques de Góes Calmon fez uma surpreendente proposta a Anísio de ocupar o cargo de Inspetor Geral de Ensino da Bahia. Inicialmente o mesmo recusou o convite, pois se sentia despreparado para a função. Depois de muito apelo, aceitou-o e assumiu o que foi sua grande paixão até a morte, a luta pela educação.

Anísio Teixeira passou a aprofundar mais suas leituras na área de educação, travando assim direto contato com a situação da educação na Bahia. No mesmo ano que assumiu o cargo de Inspetor, escreveu o artigo “A propósito da Escola Única”. Apropriou-se de seu cargo numa época em que a educação passava por uma fase de constituição e dispunha de pouquíssimo reconhecimento social, no final da década de 20.

Com o intuito de se aprofundar nos conhecimentos sobre a educação de forma geral para aprimorar suas técnicas, Anísio, em 1925, viajou pela Europa para observar os sistemas de ensino de diversos países como Espanha, Bélgica, Itália e França. Com o mesmo objetivo, em 1927, viajou para os Estados Unidos onde as impressões das características do ensino e da cultura norte americana tomaram destaque. Em 1928 regressou ao Brasil e publicou o livro “Aspectos Americanos da Educação” registrando, além de seu diário de viajem e suas observações, o primeiro estudo brasileiro sistematizado de John Dewey (1852 – 1952) de quem foi aluno ao realizar um curso de pós graduação nos Estados Unidos na Universidade de Columbia em 1928 e que fora influenciado.

Tornou-se vanguardista de suas teorias, centrando suas produções na visão democrática que os Estados Unidos possuía em suas escolas. Para Dewey, a educação é uma constante reconstrução da experiência. Esse pragmatismo instigou Anísio a se dedicar para além do seu papel de gestor das reformas educacionais e se aprofundar na filosofia da educação.

Retornando ao Brasil, em meados do ano de 1929, redigiu um balanço da Reforma de Instrução na Bahia (1924 – 1929). Nesse regresso Anísio não se identificou com o novo governo de Vital Henrique Batista Soares. Demitiu-se assim de seu cargo como Inspetor de Ensino na Bahia e começou a se dedicar ao magistério, sendo nomeado para a cadeira de Filosofia e História da Educação da Escola Normal de Salvador.

Em 1930 publicou o livro “Vida e Educação” que cita dois ensaios de John Dewey que traduzira. No mesmo período, publicou o artigo “Por Que Escola Nova?” onde expõe o significado de duas viagens a América.

Após a morte de seu pai e o abandono a vida política, Anísio seguiu viagem para o Rio de Janeiro. Ficou noivo de Emilia Telles Ferreira com quem se casou no ano seguinte em São Paulo e nesse mesmo ano, Anísio assumiu o cargo de Diretor da Instrução Pública do Distrito Federal, a convite do prefeito Pedro Ernesto Batista, onde desenvolveu uma rede municipal de ensino que ia da escola primária a universidade. Ainda introduziu a moderna arquitetura escolar, ampliou as matrículas, criou serviços de extensão e aperfeiçoamento, as escolas técnicas secundárias e transformou a antiga Escola Normal em Instituição de Ensino.

O canto-coral e a rádio-escola também foram aspectos importantes da Reforma educacional. A iniciativa mais marcante da mesma foi a criação da Universidade do Distrito Federal, em 1935.

Durante sua gestão Anísio publicou os demais livros: Educação Progressiva – Uma Introdução a Filosofia da Educação (1932) e Marcha para a Democracia (1934), assim sendo referenciado nacionalmente.

Em 1932 tornou-se subscritor do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova que empregava tanto a sociedade como ao governo, as principais estratégias de uma reforma educacional de um grupo de educadores, como Lourenço Filho e Fernando de Azevedo.

Em dezembro de 1935, perseguido pela ditadura Vargas, pediu demissão do cargo junto ao prefeito Pedro Ernesto refugiando-se no sertão da Bahia, em 1936, na fazenda Gurutuba, em Caetité, sua cidade natal. Nesse mesmo ano, publicou o livro “Educação para a Democracia: Introdução a Administração Escolar”, porém já estava afastado da vida pública. Passou assim a se dedicar, nesse período, a exploração e exportação de manganês, calcário e cimento, a comercialização de automóveis, a tradução de livros para a Companhia Editora Nacional e, principalmente, a correspondência de seus amigos, entre eles, Monteiro Lobato.

Em 1946 aceitou a proposta feita por Julien Huxley, Primeiro-Secretário Executivo da Unesco, para ser Conselheiro de Ensino Superior. Aceitou passar certo período de experiência

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