Origem do "moderador de tráfego"

Apesar de ser difícil traçar as origens do “moderador de tráfico” ou traffic calming, pode-se afirmar que elas estão relacionadas com as medidas de gerenciamento de tráfego introduzidas na Europa na década de 70. A Alemanha aumentou as áreas para pedestres nos centros das cidades e promoveu a conscientização do público quanto às questões ambientais. Na Holanda o conceito foi desenvolvido por especialistas que perceberam que o bem-estar da população era influenciado também pelas condições das vias adjacentes às suas residências.

A maioria das cidades brasileiras, de grande e médio porte, tem problemas nos seus sistemas de circulação, transportes e qualidade de vida.

O convívio Pedestre x Automóvel vem se deteriorando continuamente. São várias as razões: prioridade do uso do automóvel, além do aumento descontrolado da frota em áreas urbanas, do adensamento imobiliário (que reduz os espaços destinados aos pedestres), da defasagem existente na sinalização e nos equipamentos disciplinadores de tráfego (quantidade, modernização, manutenção), da temporalização dos semáforos (não há tempo hábil para a travessia do pedestre),…

De modo geral, as leis de trânsito são aplicadas de maneira idêntica nas vias de grande circulação e nas áreas eminentemente residenciais - exceto restrições de velocidade (esta limitação é pouco respeitada quando há o uso das vias locais como rota alternativa). A falta de zelo com os bairros residenciais incentivam essa prática e tornam sem sentido as denominações de “vias locais”.

A Associação Viva Pacaembu por São Paulo enviou correspondência aos Subprefeitos da Lapa e da Sé, no final de julho, solicitando a inclusão no Plano Diretor Estratégico de instrumento de planejamento urbano com o objetivo de organizar o fluxo viário utilizando recursos de Engenharia de Trânsito, os “redutores de velocidade” ou traffic calming.