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Os 38 acusados

Artigo: Os 38 acusados. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/10/2013  •  Artigo  •  2.024 Palavras (9 Páginas)  •  414 Visualizações

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Os 38 acusados

Os réus foram divididos em três grupos: núcleo principal (ou político); núcleo operacional e financeiro, a cargo do esquema publicitário; e o núcleo operacional e financeiro. Além desses grupos, há ainda um grupo formado por políticos, assessores e outros profissionais ligados a instituições financeiras ou envolvidos na campanha.

Os núcleos eram:

Principal (ou político): formado pelos políticos José Dirceu, Delúbio Soares, Sílvio Pereira e José Genoíno. Eles são apontados como os líderes do esquema e tinham o objetivo de pagar dívidas do PT, negociar apoio político, custear gastos de campanha e outras despesas do partido e de seus aliados.

JOSÉ DIRCEU

Ex-ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, em 2003, onde permaneceu até 2005. Foi acusado pelo ex-deputado petebista Roberto Jefferson de ser o mentor do mensalão. Deixou a Casa Civil em 2005 e voltou à Câmara dos Deputados, onde teve mandato cassado em dezembro do mesmo ano e tornou-se inelegível por oito anos. Foi indiciado por corrupção ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato.

JOSÉ GENOÍNO

Ex-deputado federal e presidente do PT na época do escândalo do mensalão. Teria feito empréstimos no Banco Rural tendo como fiador o empresário Marcos Valério. Renunciou à presidência do PT em 2005 e deixou o cargo de deputado federal. Foi reeleito deputado no ano seguinte.

DELÚBIO SOARES

Ex-tesoureiro do PT. Foi acusado de criar e executar o esquema do mensalão. Quando o escândalo veio à tona, assumiu a responsabilidade e disse que o fez por conta própria, eximindo de culpa o partido e outros líderes da legenda. Foi expulso do PT em 2005.

SILVINHO PEREIRA

Ex-secretário-geral do PT. Organizou e distribuiu cargos no governo após a eleição de Lula em 2002. É acusado de receber propina de uma empresa ligada ao esquema. Pediu demissão após o escândalo vir à tona. Em 2008, fez um acordo com a Procuradoria Geral da União e deixou de ser réu no processo. Ele cumpriu pena de 750 horas de serviços comunitários. Não trabalhou mais em cargos públicos.

Núcleo operacional e financeiro, a cargo do esquema publicitário: encabeçado por Marcos Valério, era composto ainda por Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Segundo a denúncia, em conjunto com os dirigentes do Banco Rural, Marcos Valério desenvolveu um esquema de utilização de suas empresas para transferência de recursos financeiros a campanhas políticas. A origem das verbas era simulada como empréstimo do Banco Rural e não eram declaradas à Receita Federal.

MARCOS VALÉRIO

Publicitário e dono da SMP&B Publicidade. Apontado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis pelo esquema. Segundo o MPF, tinha a função de operacionalizar o esquema com Delúbio Soares e seria avalista de diversos empréstimos feitos por outras pessoas ligadas ao esquema, alguns em nome do PT, nos bancos rural e BMG. É acusado de manter esquema semelhante com o PSDB em 1998, em Minas Gerais.

RAMON CARDOSO

Sócio da empresa de Marcos Valério na SMP&B. Acusado de envolvimento em empréstimos fraudulentos realizados pelo banco BMG ao PT e ao grupo de empresas pertencentes a Marcos Valério.

CRISTIANO DE MELO

Era sócio-presidente e foi acusado de participar de empréstimos e distribuição de recursos a políticos para conseguir firmar contratos de publicidade com o governo. Em depoimento, negou participação no escândalo e disse que desconhecia parte das atividades de Marcos Valério.

ROGÉRIO LANZA TOLENTINO

Advogado da SMP&B e apontado como braço direito do empresário Marcos Valério.

SIMONE REIS

Diretora financeira da SMP&B. Teria feito saques diretamente na Agência do Banco Rural em Brasília e entregue a parlamentares.

GEIZA DIAS

Ex-funcionária da agência SMP&B, de Marcos Valério. Seria uma das responsáveis pelo repasse de verbas a pessoas ligadas ao esquema. Sua defesa alega que Simone nunca soube de pagamentos feitos a parlamentares, partidos políticos e outras pessoas, com a finalidade descrita na denúncia. Ela sustenta que, na qualidade de mera funcionária, nunca questionou seus superiores sobre o destino das quantias descritas na denúncia, além de não ter obtido qualquer vantagem com os fatos descritos na acusação do Ministério Público

Núcleo operacional e financeiro: composto por José Roberto Salgado, Ayanna Tenório, Vinícius Samarane e Kátia Rabello. De acordo com a denúncia, este grupo estabelecia “mecanismos de operacionalização dos vultosos pagamentos em espécie às pessoas indicadas pelo núcleo de Marcos Valério de forma a possibilitar a não identificação dos efetivos beneficiários, bem como burlar a legislação e normas infralegais que estabelecem a necessidade de identificação e comunicação às autoridades competentes de operações com indicativos de lavagem de dinheiro. Além disso, o grupo é acusado de “injetar cifras milionárias nas contas da quadrilha para viabilizar o cometimento dos crimes” denunciados.

KÁTIA RABELLO

Presidente do Conselho de Administração do Banco Rural. Acusada de ter negociado empréstimos para o PT e alimentar o valerioduto – esquema liderado por Marcos Valério. A atuação de Kátia seria para conseguir vantagens na liquidação do Banco Mercantil do Pernambuco. É apontada também como sócia de uma empresa nas Ilhas Cayman.

JOSÉ ROBERTO SALGADO

Vice-presidente do Banco Rural. É acusado de ter facilitado empréstimos para o PT e para as empresas de Marcos Valério.

VINÍCIUS SAMARANE

Ex-diretor do Banco Rural na época do escândalo. Atualmente, é o vice-presidente da mesma instituição. É acusado de facilitar empréstimos para o PT.

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