Os Fundamentos da Disciplina de Voo
Por: Willian César Borges • 24/7/2021 • Trabalho acadêmico • 549 Palavras (3 Páginas) • 132 Visualizações
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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
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Disciplina: Fundamentos da Disciplina de Voo
Curso: Ciências Aeronáuticas
Professor: Hélio Luís Camões de Abreu
Nome do aluno: Willian César Borges de Paula
Data: 26/05/2021
No dia 28 de julho de 2012, um King Air B200 de prefixo PR-DOC sofreu um acidente onde foi constatado no Relatório Final, expedido pelo CENIPA, que se tratou de um CFIT. A aeronave havia decolado de SBBH com destino a SBJF, com dois tripulantes e seis passageiros abordo.
Aos trinta minutos de voo, foi informado à tripulação que as condições meteorológicas estavam abaixo dos mínimos para o voo por instrumentos no aeroporto de destino (SBJF). Mesmo assim a tripulação decidiu prosseguir adotando um procedimento RNAV (de não precisão) para a chegada e caso as condições na chegada continuassem desfavoráveis, a arremetida se daria na MDA.
O acidente decorreu após o comandante descer abaixo da MDA que para aquele procedimento era de 3.500 pés (mesmo com os alertas do copiloto), a aeronave se chocou contra obstáculos na trajetória para o pouso e contra o solo perto da cabeceira da pista, ficando completamente destruída.
Como aponta o relatório, o comandante pode ter adotado uma postura de complacência perante a operação em si e a pressa de seus empregadores de chegarem a SBJF, juntamente com este fato, é somada a falha de comunicação da cabine, pois o copiloto de certa forma venerava o comandante do voo. Evidenciando dessa forma, falhas de disciplina a nível individual de cada piloto e falha organizacional no quesito CRM.
A respeito dos danos, os danos diretos foram: com as mortes dos ocupantes da aeronave e a perda completa da mesma; já para danos indiretos, apontam-se: custos com investigações, perda de funcionários experientes, custos com telefonemas aos familiares das vítimas e assim por diante.
Este cenário pode caracterizar uma condição de quebra de disciplina de voo se for levado em conta as condições meteorológicas e o voo a baixa altura que decorreu após a insistência do comandante em permanecer em descida após atingir a MDA e não ter avistado a pista, e este fato por sua vez, caracteriza-se como uma atitude perigosa.
Como exposto no relatório:
Evitava, ao máximo, realizar treinamentos de simulador e efetuar voos de cheque, chegando a operar a aeronave em alguns períodos com a habilitação vencida, valendo-se das habilitações de seus copilotos. Afirmava que, conhecer apenas o básico necessário era o suficiente para operar o equipamento. (CENIPA, 2014, p.11).
Diante disso, tomaria a medida inicial de colocar os pilotos em um programa de capacitação e treinamento que englobasse não apenas o aspecto do voo em si, mas também de gerenciamento de cabine e tomada de decisão. Outro aspecto, conversar com os patrões para que eles não forcem o profissional que está ali para garantir a segurança operacional a voar. E por fim, fazer uma reunião com os pilotos da empresa e o GSO da mesma para que sejam expostos outros casos de acidentes ou incidentes parecidos com este para caráter de prevenção e conscientização.
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