Os Impactos da redução de custo nos requisitos de qualidade
Por: Eduardo Gonçalves Priori • 20/11/2017 • Dissertação • 1.858 Palavras (8 Páginas) • 1.187 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de análise | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Disciplina: Gerenciamento da Qualidade em Projetos | Módulo: Módulo 5 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Aluno: Eduardo Gonçalves Priori | Turma: MBA_GQPREAD-24_28082017_3 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Tarefa: Analisar os impactos da redução de custo nos requisitos de qualidade | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Introdução | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Há tempos as instituições têm se preocupado com a Gestão da Qualidade e o quanto a aplicação deste conceito pode impactar a competitividade empresarial. A maior preocupação das organizações é identificar formas de competir com as rápidas e frequentes mudanças ocorridas no mercado. Maneiras de conseguir reduções de custo sem impactar na qualidade vêm se tornando assunto fundamental na gestão das empresas que buscam eficácia e eficiência em seus processos. Várias técnicas são empenhadas para oferecer produtos e serviços que atendam as expectativas dos clientes, que tenham um custo reduzido, para que as empresas se mantenham competitivas no mercado. O esforço para reduzir custos e aumentar as margens de lucro é bastante desafiador e as escolhas que estão sendo feitas resultarão em impactos mais perceptíveis a longo prazo. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Desenvolvimento | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Muitas vezes, as decisões de negócios são tomadas com pressa, sem planejamento ou sem analisar os impactos ao longo do tempo, devido a condições econômicas imediatas que, apesar de diminuir temporariamente os custos semanalmente ou mensalmente, custaram muito mais à empresa a longo prazo. A aplicação de conhecimentos relacionados à qualidade, tem se mostrado uma importante arma na busca de vantagens competitivas nas empresas, pois a qualidade gera redução de custos de retrabalho, de refugos, de devoluções e, principalmente, busca a satisfação dos consumidores, afetando diretamente o desempenho da empresa frente aos seus concorrentes (SLACK, et al., 1999) Um exemplo disso é o caso Toyota que, sob o comando do ex-presidente Katsuaki Watanabe, reduziu em 10 bilhões de dólares seus custos operacionais no mundo entre 2000 e 2006, expandiu a produção e o número de fornecedores e, como impacto desse crescimento a qualquer custo, relaxou no controle de qualidade. Logo a Toyota, uma das primeiras empresas a utilizarem o sistema de Gestão da Qualidade Total, que prezava pela qualidade total, sem qualquer defeito, o qual era detectado e solucionado em sua origem, perdeu a mão em busca de cortes obsessivos de custo. Sua rápida expansão não conseguiu ser acompanhada por seu departamento de qualidade. Testes não foram realizados em suas novas tecnologias. Resultado disso: uma das piores crises da história da empresa. Desde 2009 a empresa anunciou recall em mais de 10 milhões de veículos ao redor de todo mundo, em consequência de diversos problemas técnicos, como em pedais de aceleração, os quais ficavam bloqueados e em sistemas de freio, que demoravam a reagir. Além disso, a empresa demorou excessivamente para dar uma resposta à crise. Na verdade, demorou inclusive para aceitar que estavam diante de diversos erros relacionados aos seus produtos. Os consumidores começaram a exigir uma resposta acerca dos problemas e, é claro, como seriam solucionados. A Toyota relutou em apresentar em informações quando o público as exigiu, assim como relutou em permitir que peritos e engenheiros se pronunciassem sobre os casos. Isso era um sinal de que a empresa não estava sendo transparente com os consumidores. Fato é que a empresa errou na tentativa de acertar. O reconhecimento mundial da marca em função da qualidade e segurança dos seus produtos fez com que a empresa percebesse a oportunidade de crescimento, porém pecou em não planejar tal crescimento, pecou em não ter foco no cliente e suas expectativas e pecou no que ela fazia de melhor: planejar, garantir e controlar a qualidade. A crise que atingiu a Toyota nos deixa uma lição: a falta de um nível aceitável de qualidade pode causar prejuízos imensuráveis às empresas. O projeto de crescimento e redução de custos da Toyota teria sido um sucesso se a empresa tivesse atentado aos requisitos básicos de segurança, uma vez que os testes de segurança necessários para aprovar um produto demandam entre 24 a 36 meses e a empresa passou a fazer em 12 meses. Em Gerenciamento de Projetos, a Gestão da Qualidade é uma das 10 áreas de conhecimento, sendo caracterizada como esforços aplicados para atender aos requisitos de qualidade para que estejam de acordo com as expectativas das partes interessadas. O Guia PMBOK (PMI, 2013) define qualidade como “o grau até o qual um conjunto de características inerentes satisfaz as necessidades”. Ainda segundo o Guia, “um projeto com qualidade é aquele concluído em conformidade com os requisitos, especificações e adequação ao uso”. No caso da Toyota podemos perceber que houve um problema no planejamento, onde faltou identificar os requisitos de qualidade e, consequentemente, definir claramente metas e indicadores que permitissem monitorar o desempenho de seu sistema de gestão da qualidade, possibilitando a identificação de problemas e desvios nos processos. Na ânsia de aproveitar a oportunidade do mercado, também faltou à empresa tempo necessário para buscar a melhoria contínua, tanto da qualidade de seus produtos, quanto dos seus processos e os processos de seus fornecedores. Faltou planejar a qualidade. Segundo o Guia PMBOK (PMI, 2013), o planejamento da qualidade é processo de identificação dos padrões ou requisitos de qualidade da gestão e do produto do projeto, além da documentação do modo como o projeto vai demonstrar a sua conformidade aos requisitos de produto e de processos especificados. Podemos destacar os seguintes Requisitos de Qualidade para este Projeto:
Para assegurar que a redução de custos não impacte a empresa a longo prazo, é essencial que haja um planejamento da qualidade e que o departamento de qualidade seja efetivo no acompanhamento do crescimento da empresa, através do uso de ferramentas e técnicas, como inspeção, histograma, gráfico de controle, bem como auditorias e análises do processo, para identificação das conformidades do processo com padrões estabelecidos no plano da qualidade do projeto. ... Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com
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