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Os Movimentos Sociais

Por:   •  22/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.710 Palavras (7 Páginas)  •  332 Visualizações

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As Ligas Operárias no Brasil: Lutas e conquistas.

Esboço dos movimentos e das lutas sociais ocorrido no Brasil durante os anos de1920 à 1930.

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Raphaelly Cunha de Souza¹

Rose Kaline de Carvalho Araújo²

Rosangela Pereira de Souza³

Suely Marques Leal4

Orientadora: Gregória Benario5

O presente trabalho procura entender o surgimento das Ligas Operárias, sua formação e seus objetivos, com ênfase nas décadas de 20 e 30. Analisa a intervenção do Governo de Getúlio Vargas no movimento sindical. As Ligas Operárias tinha basicamente como finalidade lutar e reivindicar melhorias da classe operária, sendo a partir do movimento e suas conquistas que a classe operaria consegue, aos poucos, mais dignidade e melhores condições de trabalho. A análise foi feita a partir de pesquisas em sites de busca e de leituras do livro de IAMAMOTO, Marilda Vilela e CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológico. 2ª.Ed. São Paulo: Cortez, 1983.

Palavra Chave: Classe Operária; Ligas Operárias; Movimentos Sociais; Implantação das leis.

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¹Graduando do Curso de Serviço Social da Universidade Internacional da Paraíba (FPB) - 2016

²Graduando do Curso de Serviço Social da Universidade Internacional da Paraíba (FPB) - 2016

³Graduando do Curso de Serviço Social da Universidade Internacional da Paraíba (FPB) - 2016

4Graduando do Curso de Serviço Social da Universidade Internacional da Paraíba (FPB) – 2016

5Graduada em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa (2004). Atualmente é integrante do Conselho Consultivo da União Brasileira de Mulheres, advogada do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra e professora da Faculdade Internacional da Paraíba. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direitos Humanos.

INTRODUÇÃO

A história da classe operária no Brasil, como no mundo todo, é a história da luta dos trabalhadores contra os seus patrões. No entanto entendemos que os trabalhadores urbanos que trabalham em atividades industriais ou ligados a indústria, define-se como classe operária. Em 1850 no Brasil quase tudo era importado da Europa, sua atividade produtora era só agrícola e extrativa com mão de obra escrava, os primeiros operários eram quase todos de origemeuropeia.

A classe operaria nascente começou logo a se organizar contra a exploração patronal, e as reivindicações eram as mesmas das classes operarias mundial; salário, horário, melhorias. Logo na classe operária aparecem ligas e uniões de operários para resistir a exploração dos patrões. No entanto a precária legislação se limita em dois principais centros urbanos e setores não- industriais a exemplo dos ferroviários, marítimos e portuários, inclusive tendo participação estatal, e setores vitais como a agro exportação.

A imparcialidade que tentaram combater foram violadas pelo empresariado visando a ampliação da sua base de apoio, atinando o conflito social sem levar em conta um projeto mais amplo para canalizar as reivindicações dos operários.

Já os movimentos se revoltaram pelo proletariado quando evidenciaram o estado na primeira república ser capaz de implementar as políticas sociais eficazes e constantemente a violência do estado presente na trajetória nas lutas do movimento operário. Com um posicionamento que variava entre a hostilidade e o apoio explícito a repressão policial e as ações caridosas assistencialistas.

O objetivo desde projeto, portando, é apresentar as questões sociais com suas lutas, a partir das décadas de 20 e 30. Os pontos básicos a ser abordados são o esboço dos movimentos e das lutas sociais ocorrido no brasil.

DESENVOLVIMENTO

São de fundamental importância as Leis trabalhistas que conhecemos hoje, mas para chegar nessa relevância foi necessário passarmos por momentos de lutas e de mobilizações nacionais. E foi a partir do surgimento e do desenvolvimento do capitalismo que carregou consigo a chegada de uma nova classe, o proletariado. E com o nascimento dessa nova classe surgiu também as Leis Sociais em circunstâncias históricas.

É nas primeiras décadas do século XX que se destacaram as primeiras Ligas Operarias que procuraram aglutinar operários de diversos setores, tendo por objetivo a luta pela defesa de seus interesses em comum. Como a situação e condições de vida e de trabalho eram extremamente precárias, com salários baixos e jornadas de atividade exaustivas, que muitas vezes passavam de 20 horas diárias, sem direito a folga nos fins de semana. As primeiras sociedades operárias no Brasil eram associações de ajuda e assistência mútua. Possuía vários nomes: Liga Operária, União Mútua, Sociedade Beneficente Operária, Coletivo Operário, e outros.

Até o inicio da década de 20 mulheres e crianças estavam sujeitas as mesmas jornadas e ritmo de trabalho, inclusive noturno e com salários bastante inferiores, e já desde o inicio apareceu agrupamentos inteiramente desvinculados dos antigos grupos cooperativos, como associações de socorro mútuo e caixa de beneficentes, que desenvolvem atividades principalmente com fins assistências e corporativos.

No desenvolvimento das lutas operarias surgiram novas formas de organizações como congresso de operários, confederações operarias englobando diversas classes de trabalhadores de cidades e uma imprensa operaria que se destacaram pela combatividade. A legitimidade dessas organizações marcadas pela autenticidade estará, no entanto restrito ao meio operário.  Onde quase sempre através das reivindicações do proletariado se busca as conquistas mesmo sendo reprimidas e consequentemente surge a perseguição a seus líderes com fechamento de suas sedes, e, com isso foram presos e também deportados.

As Ligas Operárias começaram a passar as barreiras do assistencialismo e do mutualismo, juntando basicamente operários de variáveis ofícios e indústrias, tinham como objetivo a proteção dos interesses imediato e coletivo de todas as categorias.

É importante lembrar que até os anos de 30 o Brasil era governado pela burguesia latifundiária, isto é, pelos grandes detentores de terra. Eram homens que impunham ao governo a mentalidade violenta e autoritária que vigorava no campo. As reivindicações operarias eram sufocada com a maior violência o que provocava uma resposta ainda mais violenta dos trabalhadores.

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