POLÍTICA DE DIVIDENDOS
Casos: POLÍTICA DE DIVIDENDOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aleximaia • 26/7/2014 • 1.994 Palavras (8 Páginas) • 978 Visualizações
UECE – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - NOITE
TEMA: POLÍTICA DE DIVIDENDOS
EQUIPE: ALEXI MAIA, RAFAEL ALVES E OSVALDO NETO
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AVANÇADA
PROF: LAÉRCIO BRAGA
Na gestão financeira, a política de dividendos ocupa um lugar central entre as políticas de investimento e de financiamento, e a gestão operacional das empresas. É um tema igualmente importante para os investidores individuais, interessados na rentabilidade dos seus capitais e na gestão das suas carteiras. A política de dividendos tornou-se um diferencial bastante atrativo para empresas atraírem novos investidores. Cada empresa possui a sua política, pois cada uma possui necessidades diferentes de financiamento.
O modo de afetar a riqueza adquirida, retendo-a ou distribuindo-a, é uma questão que, desde sempre, preocupou os dirigentes e os proprietários de qualquer empresa, tendo como pano de fundo a maximização do valor das organizações. A influência da política de dividendos no valor da empresa continua a ser, apesar de ter sido alvo de larga investigação, uma das áreas mais controversas na teoria financeira. Por outro lado, imediatamente após a estrutura financeira e o custo dos capitais, um dos temas, que mais interesse tem suscitado junto dos gestores, é a política de dividendos das empresas.
Deve-se haver bastante clareza, ao se divulgar informações. Deve-se ter em mente que os dividendos são apenas uma forma de recompensa ao acionista, visto que o valor das ações, naturalmente, valoriza-se ao longo do tempo, podendo a empresa reter os lucros e investir futuramente, valorizando, assim, o valor das ações, o que é bastante positivo para os acionistas. Por outro lado, a empresa pode, também, distribuir esses lucros, dessa forma o acionista tem um ganho periódico sem ter que vender a ação. A legislação brasileira determina que se pague, pelo menos, 25% dos lucros aos sócios. Cabe à empresa decidir o que será feito com o restante do resultado.
Segundo Lemes Junior (2005, p. 305) a "política de dividendos é o procedimento adotado pela empresa nas decisões de reter ou distribuir lucros". É considerada uma das principais decisões da administração financeira, principalmente no fator de tomada de decisão, já que a administração da política de dividendos pode influenciar no preço das ações das organizações.
Gitman (2002) complementa que a política de dividendos representa um plano de ação a ser seguido, sendo que, deve ser formulada com base em dois critérios essenciais: maximizar a riqueza dos acionistas e fornecer financiamentos suficientes, entretanto eles não são excludentes e buscam estarem inter-relacionados.
A decisão de pagar dividendos é independente da decisão de investimentos, pois os dividendos podem influenciar indiretamente os planos de financiamento externo. Segundo Groppelli & Nikbakht (1999) para o investidor, os dividendos são considerados um retorno semelhante a outras oportunidades de investimento, sendo que este retorno é nomeado de retorno de dividendos e é calculado pela relação entre o pagamento de dividendo e o preço de uma ação.
A decisão sobre o destino dos dividendos pode ser vista como uma decisão de investimento quando se define onde serão aplicados tais recursos, se serão distribuídos aos acionistas ou se serão reinvestidos na companhia. (LEGAT, 2004)
A política de dividendos deve ser formulada com dois objetivos: maximizar a riqueza
dos acionistas e fornecer financiamentos eficientes. Estes dois objetivos não são excludentes.
Pode-se definir a política de dividendos como uma política de pagamentos adotada pelos administradores aos acionistas, com base na riqueza gerada pelas atividades da empresa. Para se chegar a uma política ótima de dividendos é preciso equilibrar o quanto será distribuído e o quanto será retido.
A política de dividendos de uma empresa define o quanto do lucro a empresa destinará aos acionistas, o quanto será retido e quanto será reinvestido na própria empresa. Determinar quanto do lucro líquido deve ser distribuído aos acionistas é uma das principais decisões dos administradores de uma companhia, pois a mesma está relacionada com as decisões de investimentos e financiamentos.
A decisão sobre dividendos pode ser tida como decisão de investimento quando se define onde serão aplicados os recursos gerados internamente, se no próprio negócio ou distribuído aos acionistas. Ao se utilizar os lucros retidos no desenvolvimento dos negócios da empresa, pode-se dizer que é uma decisão de reinvestimento. (LEGAT, 2004)
O ponto principal que a companhia deve levar em conta nas decisões que envolvem os dividendos da empresa é o custo de oportunidade. Caso o retorno do investimento que a empresa pretende seja superior àquele que os investidores poderiam obter com o mesmo risco, a retenção seria a melhor decisão; caso contrário, o lucro deve ser distribuído.
De acordo com a fórmula de Gordon, o preço de uma ação é dado por:
P0 = D1 / (ks – g)
Onde,
Ks= custo do capital próprio da empresa
D1 = dividendos por ação esperados no ano 1
P0 = preço corrente da ação ordinária
G = taxa anual de crescimento constante nos dividendos e lucros
Assim, um aumento de dividendos (D1) tende a aumentar o valor das ações da empresa. Mas por outro lado, se mais lucros são distribuídos como dividendos, haverá menos dinheiro disponível para investimentos da empresa, e suas perspectivas de crescimento futuro são negativamente afetadas (g), reduzindo o valor de suas ações. O aumento dos dividendos tem então dois efeitos contrários. Considerando que o objetivo da empresa é maximizar o seu valor para os acionistas, a política de dividendos ideal será aquela que maximiza o valor da empresa, através do correto equilíbrio entre dividendos correntes e o crescimento futuro.
Diversos fatores influenciam a política de dividendos da empresa, entre eles:
oportunidades de investimento da empresa, capacidade de levantar empréstimos, preferência dos acionistas para receita corrente ou futura e a tributação.
A política de distribuição de dividendos é relevante
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