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PRATICAS DE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

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Por:   •  28/3/2015  •  5.747 Palavras (23 Páginas)  •  469 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Atualmente, o acentuado desenvolvimento tecnológico provoca uma mudança de comportamento das empresas em geral. A velocidade com que a tecnologia e a inovação, estão sendo inseridas nas novas técnicas de gestão e diferenciação de produtos, faz com que as empresas adotem uma postura pró ativa, permitindo-as adquirirem e desenvolverem novas competências. Entende-se que a inovação parece ser de caráter inevitável para a sobrevivência das empresas, pois a atividade que não envolver características inovadoras, em produto, processo ou gestão, a concorrência a qual a empresa estará sujeita no mercado pode comprometer a sua performance e lucratividade do negócio, conforme (ARBIX, 2005). O cenário atual propõe para as empresas do setor de transporte uma nova postura empresarial que está voltada para a criatividade e o desenvolvimento sustentável. Essa nova postura, visa cultivar um relacionamento ético e responsável com seus clientes, fornecedores, colaboradores, a comunidade local e os gestores das mesmas. Como também buscar por uma gestão eficiente no uso dos recursos, qualidade dos serviços prestados e desenvolver ações inovadoras e sustentáveis. Acredita-se que a capacidade de inovação em serviços é a chave da produtividade e a concorrência pode ser entendida como algo que impulsiona a produtividade. No contexto atual, as economias mundiais precisam se concentrar em produtos e serviços que agreguem valor no entendimento conforme (SIMMIE e STRAMBACH, 2006). O setor de transporte envolve vários aspectos, uns afetam diretamente e outros indiretamente a população, um deles são os danos causados, principalmente, ao meio ambiente. Embora, que nos últimos anos a legislação tem exigido do setor de transporte medidas e condutas preventivas dos riscos. Ultimamente, as empresas estão engajadas em evoluir sustentavelmente, sendo que a divulgação para a sociedade de suas ações e práticas sustentáveis é caminho proposto para obter o reconhecimento pelos seus clientes atuais e potenciais. Entende-se que a legislação ambiental normatiza e legitima as ações empresariais, sem dúvidas, que essas adequações envolvem a utilização de matérias-primas, materiais e energia de forma mais adequada e eficiente. Ressalta Campos et. al (2007) que as melhorias socioambientais proporcionam benefícios para a empresa, como a redução de custos e melhorias para os trabalhadores que passam a exercer suas atividades com maior segurança, promovendo para a população do entorno do empreendimento melhor qualidade de vida, o que naturalmente causa a competitividade empresarial. Diante, desse contexto as empresas que prestam serviços, em especial, o setor de transportes, precisam responder de forma rápida com efetividade às novas demandas, gerenciar seus bens e os recursos de maneira responsável, e ainda, superar o desafio de inovar e criar novas estratégicas sustentáveis de atuação. O presente estudo tem o objetivo de identificar as práticas de inovação e de sustentabilidade em uma empresa prestadora de serviços, no contexto de uma empresa do Grupo JMT Administração e Participações LTDA, que atua em transporte rodoviário de passageiros, mais especificamente - Planalto Transportes LTDA, localizada em Santa Maria – RS.

INOVAÇÃO EM SERVIÇOS

Atualmente, vários estudos têm sido desenvolvidos sobre inovação, tendo em vista a importância desse tema para a competitividade das empresas e para o desenvolvimento das mesmas. Desenvolver a criatividade e fomentar novas ideias tornou-se uma prática essencial dentro das empresas para garantir o seu crescimento econômico e obter vantagens competitivas. De acordo com Porter (1989), as empresas criam vantagem competitiva percebendo ou descobrindo maneiras novas e melhores de competir em uma indústria e levando-as ao mercado, constituindo assim um ato de inovação. Segundo Arbix et. al. (2005) na década de 1990 surgiu uma nova visão empresarial, devido à competitividade originada pela globalização mundial e pela abertura da economia, que apresentou um novo cenário para as empresas, apontando as seguintes questões: estratégias voltadas para a inovação e diferenciação do produto; mudanças estruturais e organizacionais; adequação das firmas aos padrões internacionais, via inovação tecnológica; inovação melhora o desempenho exportador das firmas; e a Internacionalização das firmas com foco na inovação tecnológica. Na concepção de Schumpeter (1961) a inovação é vista como um processo de criação do novo e destruição do que está se tornando obsoleto, de maneira que a inovação é a capacidade da empresa de superar a concorrência perfeita, estabelecendo uma situação de monopólio temporário ao criar um novo mercado para seus produtos. A inovação quando cria aumentos de competitividade pode ser considerado um fator fundamental no crescimento econômico de uma sociedade. Para Christensen (1997) a inovação é a mudança nas tecnologias para transformar mão-de-obra, capital, materiais e informação em produtos e serviços de grande valor agregado, também, pode ser considerado inovação a capacidade de transformar o baixo desempenho de uma nova proposta de valor, baseada numa tecnologia disruptiva, em desempenho superior, o mais rápido possível. O conceito de inovação ficou bastante variado, porque depende do modo da sua aplicação. Segundo Bessant e Tidd (2009, p.20) “A inovação realmente faz grande diferença para empresas de todos os tipos e tamanhos”. Do ponto de vista positivo “é fortemente associada ao crescimento [...] novos negócios são criados a partir de novas ideias, pela geração de vantagem competitiva naquilo que uma empresa pode ofertar”, por isso, que os autores defendem que a inovação é de grande importância às empresas (BESSANT e TIDD, 2009, p.21). O Manual de Oslo (2004) mostra que os gestores das empresas inovadoras possuem características que podem ser agrupadas em duas categorias de competências: a primeira, competências estratégicas que tem visão de longo prazo, capacidade de identificar e até antecipar tendências de mercado, disponibilidade e capacidade de coligir, processar e assimilar informações; e a segunda, que a competências organizacionais que aborda a disposição para o risco e capacidade de gerenciá-lo, cooperação interna entre os departamentos e cooperação externa com consultorias e envolvimento de toda empresa. Salientam Bessant e Tidd (2009, p.26) “Para muitas pessoas, simplesmente querer que a inovação ocorra pode não ser suficiente - é preciso gerenciar o processo de maneira ativa”. Para os mesmos autores, a gestão está concentrada em três fatores-chave: geração de novas ideias, seleção das melhores e implementação das ideias, e enfatizam que o sucesso da inovação

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