PRECONCEITO

1 INTRODUÇÃO

A escola é um ambiente onde se deve prevalecer à união entre todas as raças e etnias. A conscientização no espaço escolar contribui para que os alunos tenham uma visão mais ampla sobre o que é a desigualdade e o que ela gera negativamente no processo de ensino aprendizagem da criança. Por isso há a necessidade de se estabelecer um plano de ação que vise minimizar os problemas ocasionados pelo preconceito dentro e fora da escola.

A escola é responsável pelo processo de socialização infantil no qual se estabelecem relações com crianças de diferentes núcleos familiares. A relação entre crianças brancas e negras numa sala de aula pode acontecer de modo tenso, ou seja, possibilitando que a criança negra adote em alguns momentos uma postura introvertida, por medo de ser rejeitada ou ridicularizada pelo seu grupo social.

Para Carvalho (2006) alunos isolados são geralmente tímidos, assustados e reservados, com pouca participação nas atividades, geralmente são considerados alunos disciplinados por não causarem nenhum problema ou perturbação durante a aula, fato que contribui para que o professor não o perceba em sala de aula, ignorando sua posição de isolamento.

O preconceito racial é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, por sua raça. Nossas crianças desde cedo, aprendem que a escola pública é pra criança pobre, já a escola particular para aquelas que têm mais condições financeiras. Essas crianças vivenciam de perto o preconceito e a discriminação por causa da sua posição social dentro da sociedade.

Nesse sentido Castro e Abramovay (2006) afirmam que:

“A discriminação na escola não é apenas uma prática individual entre os atores escolares, mas são principalmente ações e omissões do sistema escolar que podem contribuir para prejuízos na aprendizagem do aluno negro, minar o seu processo identitário e deixar mágoas, sofrimentos, muitas vezes não expressos”. (CASTRO E ABRAMOVAY, 2006, p. 245).

2 DESENVOLVIMENTO

A discriminação racial é um problema ainda existente em nossa sociedade, dentre as várias conseqüências causadas pelo preconceito estão à depressão, baixa auto-estima, violência e dificuldades na aprendizagem. Nesse sentido será desenvolvido na escola e em sala de aula um Plano de Ação para que os alunos do 3° ano construam uma educação que valorize as diferenças étnico-raciais.

Para Gomes (2005)

A escola tem um papel importante a cumprir nesse debate. Os professores não devem silenciar-se diante de preconceitos e discriminações raciais. Antes, devem cumprir o seu papel de educadores, construindo práticas pedagógicas e estratégias de promoção da igualdade racial no cotidiano da sala de aula. Para tal, é preciso saber mais sobre a história e a cultura africana e afro-brasileira, superar opiniões preconceituosas sobre os negros, denunciar o racismo e a discriminação racial e implementar ações afirmativas voltadas para o povo negro, ou seja, é preciso superar e romper com o mito da democracia racial. (GOMES, 2005, p. 60).

Para que possamos construir uma educação livre de preconceitos, é necessário, que os alunos desde muito cedo aprendam na prática o respeito ao outro. O papel do professor é desconstruir essa imagem negativa que coloca o negro em uma posição inferior aos outros.

Para Gonçalves e Silva (1996)

Fazemos parte de uma população culturalmente afro-brasileira, e trabalhamos com ela; portanto, apoiar e valorizar a criança negra não constitui em mero gesto de bondade, mas preocupação com a nossa própria identidade de brasileiros que têm raiz africana. Se insistirmos em desconhecê-la, se não a assumimos, nos mantemos alienados dentro de nossa própria cultura, tentando ser o que nossos antepassados poderão ter sido, mas nós já não somos. Temos que lutar contra os preconceitos que nos levam a desprezar as raízes negras e também as indígenas da cultura brasileira, pois, ao desprezar qualquer uma delas, desprezamos a nós mesmos. Triste é a situação de um povo, triste é a situação de pessoas que não admitem como são, e tentam ser, imitando o que não são. (Gonçalves e Silva, 1996, p.175).

PLANO DE AÇÃO

Portanto serão desenvolvidas algumas atividades no período de seis meses, representando assim em palestras, pesquisas, dinâmicas, teatros e oficinas educativas.

Objetivos Gerais:

Trabalhar a discriminação e o preconceito no ambiente escolar.

Objetivos Específicos:

• Trabalhar o respeito ao próximo e as diferenças étnico-raciais.

• Formar cidadãos preocupados com