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PROCESSOS EDUCATIVOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  7/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.037 Palavras (13 Páginas)  •  717 Visualizações

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Processos Educativos na Educação Infantil

Andressa Otilia Manrich

Prof. Orientador Reguita Krüger Cunha

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (PED2701) – Estágio

21/08/2012

2 PROCESSOS EDUCATIVOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1 A HISTÓRIA DO BRINCAR

Dizem que o brincar existe desde o surgimento do homem.

Segundo Wajskop (2007), a brincadeira, desde a antiguidade, era utilizada como um instrumento para o ensino, contudo somente depois que se rompeu o pensamento romântico passou-se a valorizar a importância do brincar, pois antes, a sociedade via a brincadeira como uma negação ao trabalho e como sinônimo de irreverência e até desinteresse pelo que é sério. Mas mesmo com o passar do tempo o termo brincar ainda não está tão definido, pois ele varia de acordo com cada contexto, os termos brincar, jogar e atividade lúdica serão usados como sinônimos.

Isso quer dizer então que o brincar vem de diferentes tempos, lugares e espaços, basta usar sua imaginação, porque com qualquer um objeto podemos desenvolver qualquer brincadeira, confeccionar diferentes brinquedos, é só usar a sua imaginação, a criatividade, a linguagem, a atenção, a emoção e a confiança.

Na vida do ser humano, o brincar já faz parte da sua vida desde quando o feto está dentro do ventre de sua mãe. Assim, com quatro meses de vida, o bebê começa a se desenvolver.

Dentro ou fora do útero, bebês gostam de brincar e nessa semana ele já deve ter encontrado o seu primeiro brinquedo, o cordão umbilical. Ele gosta de puxá-lo e segurá-lo. Às vezes ele segura tão forte que impede a passagem de oxigênio, mas ele não segura por tanto tempo, portanto, nenhum problema ocorre com essas brincadeiras. [1]

Além de o bebê brincar, a mãe também brinca com o bebê durante sua gestação, ou seja, antes mesmo de nascer. Com a imaginação, pensa como será ser mãe, lembra de como foi sua infância brincando de boneca.

Depois, quando o bebê nasce, ele e sua mãe já possuem uma relação, que acontece quando a mãe e o bebê vão se interagindo diariamente, e o bebê vai aprendendo e se apropriando da linguagem do brincar.

Dessa forma, os pais devem estimular os filhos desde muito cedo a desenvolver na construção do conhecimento, e não devem interferir nesse processo.

Winnicott (1975), afirma que, será necessário que o adulto esteja sempre disponível e atento ao bebê, pois a autonomia e a capacidade criadora são desenvolvidas em longo prazo, e para isso o adulto deverá estar presente sempre que solicitado, mas não de forma retaliativa nem invasiva.

Por isso, o brincar está direcionado a assegurar que a criança aprenda a partir de suas habilidades. Assim o brincar refere-se ao processo de ensino aprendizagem, não como um resultado.

2 O BRINCAR E SUA IMPORTÂNCIA

Antes de falarmos sobre o brincar, precisamos definir seu conceito, que nem sempre conseguimos.

Por causa disso, Kishimoto (1999) define um conceito de brincar, que, é que se caracteriza como um comportamento que possui um fim em si mesmo que surge livre, sem noção de obrigatoriedade e exerce-se pelo simples prazer que a criança encontra ao colocá-lo em prática.

Com relação a isso, a importância do brincar está ligado no seu processo e em seus benefícios, trazidos ao desenvolvimento infantil em vários aspectos, que deixam as crianças felizes, e ajuda a desenvolver habilidades físicas, na sua aprendizagem, na criatividade, entre outros.

Por isso que reafirmo que os pais tem um papel importante no brincar de seus filhos estimulando-os.

Assim, Carneiro e Dodge (2007, p. 201), afirmam que:

Ao estimular as crianças durante a brincadeira, os pais tornam-se mediadores do processo de construção do conhecimento, fazendo com que elas passem de um estagio de desenvolvimento para outro. Também, ao brincar com os pais, as crianças podem se beneficiar de uma sensação de maior segurança e liberdade para exploração, além de se sentirem mais próximas e mais bem compreendidas, o que pode contribuir para o melhor desenvolvimento de sua auto-estima e independência.

No entanto, a escola também proporciona a crianças grandes benefícios, como na convivência com seus professores, com seus colegas e demais funcionários da escola.

De acordo com Vygotsky (1985, p. 35):

O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.

Vygotsky quer dizer que a brincadeira é uma atividade que liga a criança a aprendizagem na construção de sua identidade, a desenvolverem a confiança em si mesmo e em suas capacidades e situações sociais.

Durante muitos anos, quiseram separar o brincar do aprender, pois falam que as escolas não são lugares apropriados a brincadeiras.

Como diz Antunes (2004, p. 30), “[...] não se separa a ideia do brincar da ideia de aprender”.

Então, no ambiente escolar, devemos propor as crianças brincadeiras livres, onde atendam as necessidades das crianças, as observe e avalie estas aprendizagens, dando sequencia aos estímulos.

Durante estas brincadeiras as crianças são favorecidas com diversos materiais que estão disponíveis para auxiliá-las na sua estrutura como o ambiente e os demais contextos que estão inseridas para darem forma a aprendizagem.

Assim, por meio do brincar dirigido as crianças têm novas dimensões, variedades e possibilidades de saber determinada atividade, ampliando o conhecimento através da brincadeira.

Por isso, devemos levar em conta que não importa ter materiais bons, mas saber nos virar com diversos materiais que são alternativos, e só se empenhar e nos motivar e propiciar aos alunos situações de brincar, tanto dirigido quanto livre, que atendam todas as necessidades das crianças, observando-as para podermos estimular as crianças as novas aprendizagens, apoiando as oportunidades dentro do seu nível e experiências já passadas.

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