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PRODUÇÃO DE ÁLCOOL A PARTIR DO BAGAÇO DE CANA

Por:   •  28/11/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  650 Palavras (3 Páginas)  •  358 Visualizações

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PRODUÇÃO DE ÁLCOOL A PARTIR DO BAGAÇO DE CANA

Nome: Andressa Pires de Andrade

  • Como é produzido o etanol a partir do bagaço de cana?

Primeiramente, a colheita da cana é um processo feito com colhedora, pois o impacto ambiental no solo é menor e não tem queimadas. O transporte é feito por caminhões, que vão até a Unidade Produtora para descarregar a cana. O caminhão descarrega a cana na mesa alimentadora, máquina que recebe a cana que vem da lavoura e distribui para o preparo. Em seguida, a cana passa pelo a moagem, processo onde o caldo da cana é separado do bagaço.

O bagaço pode ter duas destinações: ele pode ir para a caldeira, onde é queimado e seu vapor é utilizado para gerar energia ou pode ser utilizado na produção do etanol de segunda geração.

Na segunda opção, o bagaço passa por um pré-tratamento nas fibras. Ele é composto por aproximadamente 46% de celulose, 25% de hemicelulose e 21% de lignina. A matéria-prima passa por um processo de explosão e tem sua estrutura celular rompida, dando acesso às fibras de celulose e hemicelulose. A lignina separada nos tratamentos tem alto potencial calórico, então seu destino é a queima em caldeiras para produção de energia, que pode ser utilizada nos próprios processos do etanol ou comercializada.

A composição do bagaço de cana pode variar de acordo com a realização ou não da queima do canavial, antes do corte; o tipo de solo onde a cana é cultivada (latossolos, solos arenosos); e os procedimentos de limpeza da cana: a seco, por revolvimento em mesas, limpeza com lavagem por corrente de água e limpeza pneumática.

O próximo passo é a hidrólise enzimática. Através da ação das enzimas, as fibras do bagaço são transformadas em açúcares solúveis, como glicose e xilose. Esses açúcares obtidos no processo de hidrólise são fermentados com a utilização de leveduras geneticamente modificadas, produzindo o etanol. Por último, nas colunas de destilação o etanol é purificado e em seguida distribuído através dos caminhões-tanques.

Não há diferença de qualidade entre o etanol de primeira e o de segunda geração, feito a partir do bagaço cana-de-açúcar. A qualidade é a mesma, portanto, não há qualquer prejuízo para o consumidor final.

As principais vantagens da produção de álcool a partir do bagaço de cana são:

  • Integração dessa nova tecnologia à estrutura existente;
  • Redução dos custos de instalação e operação;
  • Pelo menos 20% mais barata que o etanol de primeira geração;
  • Processo menos poluente em emissão de carbono;
  • Aumenta em até 45% a produtividade por hectare.
  • Produção do biocombustível mesmo durante a entressafra da cana;
  • Fácil disponibilidade de grandes quantidades de matéria prima (bagaço e palha);

A menor disponibilidade de bagaço para geração de energia elétrica é a única desvantagem desse processo. No momento em que a tecnologia de segunda geração estiver em escala comercial, às usinas seguirão o comportamento do mercado, voltando sua produção para eletricidade ou etanol, semelhante ao que ocorre com a destinação do caldo, que a depender da demanda produz mais etanol ou açúcar.

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