Palestra Qualidade de Vida
Por: tiagomiguel • 19/5/2018 • Relatório de pesquisa • 1.900 Palavras (8 Páginas) • 230 Visualizações
ESCOLA ESTADUAL TÉCNICO INDUSTRIAL PROF. FONTES CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO[pic 1]
TURMA: 2s1m1
Palestra Qualidade de vida
BELO HORIZONTE
2018
Introdução
A qualidade de vida se estabelece por diversos indicadores que estão relacionados a aspectos como renda financeira até a satisfação no que diz respeito a determinados aspectos emocionais e sociais da vida. Entretanto a busca por maior produtividade dos setores acabou por gerar no mundo profissional a competitividade, o valor pelo material, menor tempo livre dedicado a atividades físicas, promovendo o sedentarismo além de desencadear um maior número de doenças, tornado crescente o interesse e a preocupação da sociedade com a questão da qualidade de vida. Um dos setores em que seus profissionais, na atualidade, necessitam cada vez mais atenção e cuidado é a área da Educação. A baixa remuneração, a intensa carga horária de trabalho e alta cobrança por ensino qualificado, com pouco investimento público, são apenas algumas das possíveis razões geradoras de alterações psicológicas em muitos docentes em atividade, bem como alterações no aparelho músculo esquelético decorrente da atividade laboral, consideram que os distúrbios psiquiátricos são as razões mais freqüentes no adoecimento desses profissionais, sendo o estresse e a depressão os motivos da maioria dos afastamentos, este fato ocorre por estes profissionais dependerem de condições físicas, sociais e emocionais para exercerem seu ofício o que faz com que os professores apresentam grandes possibilidades de desenvolverem síndromes psicológicas, como por exemplo, a síndrome de Burnout. Já o sedentarismo atinge o profissional docente principalmente por sua tarefa laboral exigir uma carga de trabalho fora do horário de realização do mesmo. Este fato ocorre devido a constante cobrança da sociedade e da equipe pedagógica por uma freqüente atualização e qualidade do ensino, o que gera uma sobrecarga de trabalho e a redução do seu tempo de descanso. Esse fato pode estar relacionado ao surgimento de doenças crônicas como a obesidade, doenças cardiovasculares, o que devido ao trabalho repetitivo e a diminuição ou até anulação da atividade física, pode gerar altos índices de afastamento por estresse e doenças músculo esqueléticos, como por exemplo, os casos de lombalgias. No ambiente escolar os aspectos ergonômicos também prejudicam as condições de trabalho do professor atingindo principalmente a sua saúde postural. O espaço físico mal estruturado, a exposição a pouca ventilação, iluminação, ruídos, bem como materiais precários são pontos que fazem com que esse profissional acabe adaptando-se. Essa adaptação as condições de trabalho impostas geram a adoção de posturas inadequadas e a realização de movimentos incorretos. Essas posturas e movimentos incorretos realizados repetidamente, por um determinado tempo, podem desencadear desvios posturais e distúrbios osteomusculares, os quais podem gerar lesões mais sérias.
Esses transtornos funcionais que resultam em dor, incapacidade temporária, fadiga, entre outros sintomas que reduzem o desempenho do colaborador na sua rotina laboral são classificados como Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - DORT. Tais distúrbios são considerados multifatoriais, pois se desenvolvem devido fatores organizacionais, psicossociais e sociológicos decorrentes da tarefa laboral. Dessa forma, um distúrbio é considerado relacionado ao trabalho quando há a uma contribuição significativa do ambiente laboral, procedimentos, equipamentos ou relações de trabalho no desenvolvimento do mesmo. Nesse contexto, é possível perceber a necessidade da inclusão de estratégias de combate aos possíveis problemas relacionados à tarefa laboral no ambiente escolar. Uma dessas estratégias está relacionada à inclusão de um programa de atividade física no ambiente escolar, que vise à promoção da saúde dos professores. Essa estratégia de combate por meio da atividade física é definida como ginástica laboral (GL) e pode ser vista como uma atividade física e educativa, realizada durante o expediente de trabalho, a qual visa o desenvolvimento físico, mental, afetivo e social do ser humano. Com relação a GL poucas pesquisas se alinham a esse assunto na escola, porém cada dia mais temas relativos as condições de trabalho e a saúde do professor tomam espaço de discussões dentro das próprias áreas da saúde e da educação. Diante das questões levantadas dentro do tema Ginástica Laboral na escola, o presente estudo teve por objetivo avaliar a influência de um programa de ginástica laboral na qualidade de vida e redução dos sintomas osteomusculares de professores da Escola estadual industrial professor fontes. A Ginástica Laboral (GL) se apresenta hoje como uma importante ferramenta na manutenção da saúde e prevenção de Doenças Ocupacionais Relativas ao Trabalho (DORTs). Percebe-se entre as áreas e classes trabalhadoras, cada vez mais a necessidade de se oferecer condições básicas de desempenhar suas funções sem sofrer danos à saúde. Dessa forma, a ginástica laboral foi alicerçando-se como uma estratégia de manutenção da saúde e de melhora da qualidade de vida.
Desenvolvimento
Faz se uma entrevista com cada trabalhador onde ira se realizar um levantamento sociodemográfico de seu período de labor na seqüência aplica o Inventário de Qualidade de Vida, como instrumento de avaliação da qualidade de vida, e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, como instrumento de avaliação de dor. A partir do dado obtido e possível identificar os fatores que afetam a qualidade de vida desses profissionais bem como, conhecer os principais sintomas de distúrbios osteomusculares presentes. O conhecimento desses distúrbios e das características sociodemográficas auxilia no planejamento e avaliação de um programa de ginástica laboral adequando as necessidades desses professores, com sessões de 15 minutos antes da jornada de trabalho, variando entre turnos da manhã, tarde e noite, onde se caracteriza o tipo de ginástica laboral adotada como preparatória. Esse tipo de GL tem como objetivo principal preparar o indivíduo para o início do trabalho, aquecendo os grupos musculares solicitados em suas tarefas, despertando-os para que se sintam mais dispostos, submetidos à ginástica laboral duas vezes por semana em dias alternados, as sessões podem ser compostas por exercícios de aquecimento a fim de preparar o organismo para a atividade a ser desenvolvida; relaxamento com intuito de oferecer um equilíbrio físico, emocional e mental; força muscular para o fortalecimento de regiões alongadas que podem ocasionar desequilíbrios posturais; exercícios de alongamento como forma de promover a flexibilidade e relaxar a musculatura exercitada na sessão, trabalhando a amplitude articular e o alongamento de musculaturas encurtadas e, atividades de consciência corporal de forma a proporcionar o conhecimento do seu próprio corpo e das suas condições físicas e corporais. Os tipos de atividade devem ser definidos de acordo com o objetivo de cada aula. O exercício realizado tem que atender diferentes regiões corporais como membros superiores e inferiores, região abdominal, peitoral, cervical, lombar e dorsal. Entre as atividades oferecidas, devem ser realizados exercícios individuais, em duplas, atividades em pé e na posição sentada ou deitada. Também deve ser realizadas dinâmicas de grupo, dança, exercícios de respiração controlada e exercícios com diferentes materiais de apoio. Os materiais utilizados nesta pratica de GL são tubos elásticos, bolas plásticas, bambolês, cordas, bastões, bolinhas de massagem, colchonetes, cadeiras, rádio e barbante. As praticas podem acontecer em uma sala da escola, em um espaço amplo e ideal para o número de participantes.
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