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Paulo Freire

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Por:   •  3/11/2014  •  1.572 Palavras (7 Páginas)  •  230 Visualizações

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Paulo Freire aborda, de forma simples e elucidativa, a prática educativa no cotidiano da sala de aula sala e fora dela, devendo-se levar em conta, que os procedimentos abordados no livro, podem e devem ser aplicados, desde o Ensino fundamental à Pós-graduação. Discorre sobre o desenvolvimento da formação docente e o que constitui o universo educacional, mantendo sempre uma visão crítica e democrática. Na construção e troca de saberes, o conflito e as tensões decorrentes das interações sociais, devem ser instrumentos essenciais para a prática pedagógica desde quando, a realidade do educando, o seu conhecimento prévio e de mundo, são motores móveis para a organização dos conteúdos programáticos, que por sua, vez, necessitam de discussão quanto a sua importância, no contexto do qual o aluno se insere e precisará dele, no momento especifico, dentro e fora da escola. Os conflitos servem também de provocação para que os alunos se assumam como sujeitos condutores de sua própria formação.

As menções ao desenvolvimento afetivo, entre professores e alunos, são constantes. E, fundamenta essa posição, com base no equilíbrio entre a competência, a autoridade e a amorosidade. Essa trilogia vem acompanhada implicitamente de uma constante necessidade de atualização e abertura para a construção de novos paradigmas. O autor defende com veemência a autonomia do educando e sugere a reflexão sobre a prática educativa-reflexiva, afirmando que formar é muito mais puramente treinar o educando no desempenho de destrezas. Ainda faz parte do fazer pedagógico, a simplicidade que deve nortear todos os outros procedimentos do professor comprometido com a troca de saberes, assim como, a alegria proporciona momentos de reflexão no processo de educação.

O autor defende com veemência a autonomia do educando e sugere a reflexão sobre a prática educativa-reflexiva, afirmando que formar é muito mais puramente treinar o educando no desempenho de destrezas. Faz severa crítica a ideologia neoliberal e ao fatalismo que se recusa enfaticamente ao sonho. Comenta a sua raiva contra as injustiças às quais, são submetidos aos que consideram como esfarrapados do mundo.

A responsabilidade dos professores e dos que estão em formação é muito grande, desde quando, se faz necessário o processo de mudança, as lutas, a criticidade e o exercício da cidadania, para a efetivação da prática docente. A ética é um ponto, o qual o autor considera primordial para a construção e aquisição do conhecimento. Refere-se a ética universal do ser humano e não a ética de mercado, a qual, deve ser combatida, afrontada.

A reflexão crítica sobre a prática pedagógica e\ ou educativa para o docente, se torna de fato, uma exigência da relação teoria|prática. Talvez por essa razão, Paulo Freire se preocupe tanto, com a formação dos professores e, sobretudo, com a organização dos conteúdos programáticos. As suas palavras conduzem o leitor a reconhecer entre outros objetivos, a necessidade de oportunizar para o formando desde o começo da sua vida acadêmica, o direito de assumir-se como sujeito da produção do saber. E, enfatiza de que ensinar, não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção.

No entanto, a capacidade crítica também deve ser estimulada no educando, assim como conduzir o aluno à “pensar certo, se constitui numa uma tarefa docente. E, para tanto, o conhecimento prévio do educando deve ser levado em consideração, começando pela ética - o respeito aos saberes construídos num processo anterior - ao longo da vida social, cultural e política do alunado. Principalmente refere-se aos alunos oriundos das classes populares, com muitas histórias para contar e que certamente servem de base para estudos sistematizados.

O ensino sob este prisma deve abranger de forma elementar, a realidade do aluno de forma interdisciplinar e estimulativa.

Pensar certo para o professor implica o respeito ao senso comum, assim como, o compromisso com a consciência crítica do aluno. Ensinar efetivamente exige pesquisa, coisa que está associada intrinsecamente ao fazer didático-pedagógico; exige também rejeição a toda e qualquer forma de discriminação e respeito à autonomia e liberdade do educando e a abertura para o conhecimento de novas metodologias e teorias que venham enriquecer o ensino. Diz Paulo Freire que: O velho que preserva uma tradição ou marca uma presença no tempo, continua novo!

O autor revela ao leitor sobre o seu posicionamento perante a educação neoliberal, dizendo-se conhecedor da natureza humana e que a compreensão que possui dessa referida natureza, é uma exigência que faz a si mesmo de pensar certo quando defende seus pontos de vista. Pensar certo é um ato comunicante, distanciado do aconchego e da solidão.

O processo de construção do conhecimento implica também no sentimento de não acabado, concluído, finalizado. Ao contrário, essa construção, ao abolir a simples transferência de conteúdos, abre o caminho para a educação continuada, o aprimoramento da prática-docente, como a atualização dos acontecimentos das áreas do conhecimento científico; da contínua busca do novo. Gosto de ser gente, porque inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele.

As forças sociais, como fator externo, influenciam na estrutura educacional de alguma maneira. Fechar os olhos às tensões que delas emergem, é fechar-se e recolher-se; é não se dar conta de suas próprias limitações e condicionamentos. Tomar conhecimento disso pode conduzir o indivíduo a transpor suas pequenas condições.

O bom senso deve permear todo o trabalho educativo, haja vista, a performace de cada professor, o jeito peculiar de ser, (uns autoritários, outros mau-humorados, alegres...) deixam marcas inaliáveis nos educandos. O autor chama à atenção quanto à necessidade da luta pelos direitos adquiridos, assim como também pelas plenas condições para o exercício de suas funções enquanto docente. Portanto, dentro dessa perspectiva, pode-se afirmar com base no pensamento do autor que, ensinar realmente, implica na luta pelos direitos

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