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Peça teatral : "O Corcunda de Notre Dame"

Por:   •  20/8/2016  •  Resenha  •  4.709 Palavras (19 Páginas)  •  3.339 Visualizações

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“O Corcunda de Notre Dame”

Victor Hugo

Personagens

Claude Frollo, arquidiácono: Quasímodo, corcunda: Esmeralda, cigana: Pierre Gringoire, dramaturgo: Paquette: Capitão Phoebus de Chateaupers: Fleur de Lys, noiva de Phoebus: Clopin Trouillefou, mendigo:

Soldado:

Narrador:

Cena I

Narrador 1: “-No ano de 1466...”

Paquette: “- Filha?! A mamãe chegou.” – Se aproximando do berço, em tom animado.

Ao se deparar com o berço vazio, grita com desespero:

Paquette: “- Agnes? Cadê você minha filha?” - Começa a chorar ao notar apenas uma pequena meia rosa de sua filha que foi deixada no berço. “– Minha pequena Agnes!”.

Ainda chorando, corre em pânico pelas ruas, perguntando pela filha: “- Alguém viu minha filha?”.

Paquette desaparece da cena.

Narrador 1: “-Após andar durante um bom tempo, Paquette retorna a sua casa, ainda chorando.”

Vizinha: “- Paquette se acalme! O que aconteceu?”

Paquette: “- A Agnes desapareceu. Estou desesperada.”

Vizinha: “- Não acredito! Se acalme! Acabei de ver alguns ciganos entrando na sua casa com um punhado de trapos.”

As duas escutam o som de uma criança chorando, vindo de dentro da casa. Paquette na mesma hora se anima, e entra correndo no quarto da menina.

Paquette: “- Agnes? É você minha menina? Meu Deus! Que... O que é isso?”.

Narrador 1: “- Dentro do berço havia uma criança completamente deformada. Quer saber o que aconteceu com ela? Foi levada pelos vizinhos á cama dos rejeitados, é lá que os bebês indesejados são deixados. E Paquette? Bom, Paquette foi incapaz de continuar com sua vida, tanto que se trancou no Buraco dos Ratos, na Place de Gréve, jurando nunca mais sair de lá. Mas o “bebê” um dia seria encontrado.”

Cena II

Narrador 2: “- Alguns dias depois, mais uma missa terminara na Catedral de Notre Dame. Até que todos os fiéis, ao saírem da igreja, se deparam com a pobre criança. Todos se assustam, se perguntando o que é aquilo.”

Vozes no fundo: “- Mas o que será isso?” “Jesus, o que é isso?” “É uma criança?”

Narrador 1: “- Entretanto, um jovem padre chamado Claude Frollo aproxima-se.”

Claude Frollo: “- Mas que pena desse pobre ser. Eu adotarei essa criança. A criarei e amarei como se fosse meu próprio filho.”

Claude pega o bebê, o enrola em um pano e o leva embora, saindo da cena.

Narrador 2: “- Quasímodo, nome que o padre batizara a pobre criança, cresceu sob o cuidado e amor de Claude. Com o tempo, aprendeu todos os segredos da Catedral de Notre Dame. Mas, quando o pequeno corcunda se aventurava do lado de fora, nunca fora uma boa experiência, já que assustava as pessoas. Com isso, aprendeu a ter respeito por apenas um homem: seu único amigo, seu pai!

Narrador 1: “- Quando cresceu, Frollo lhe encarregou de subir as escadarias até o topo da torre do sino de Notre Dame, e tocar os grandes sinos. Não há nada que o agrade mais do que balançar os sinos. Mas, bem, com o passar dos anos, esse mesmo barulho o deixou surdo.”

Cena III

Narrador 2: “- 16 anos depois, no dia 6 de Janeiro de 1482...”

Pierre Gringoire aparece na cena.

Pierre: “- Meu Deus, estou tão nervoso, é o grande dia! Nada pode estragar minha peça, é minha chance de alcançar a fama e a fortuna.” – Fala em tom baixo como se estivesse rezando, e dá um beijo no terço que carrega no pescoço. Se dirige ao palco para conversar com o público. “Meus queridos, essa é uma peça que fiz com total dedicação, apresento à vocês...”

É interrompido imediatamente por Clopin Trouillefou, um mendigo, que entra na cena.

Clopin: “- Alguém teria o bom coração de me doar uma esmola? Por caridade, eu imploro!”.

Pierre: “Ah, seu velho maltrapilho, vaze daqui, esse lugar não é para o seu bico.”

Clopin: “- Quem o senhor acha que é para falar comigo dessa forma?”

Pierre: “Direi apenas uma vez, saia daqui, minha peça há de começar.”

Os dois discutem.

Narrador 1: “- Pierre e o mendigo discutem tanto, que a multidão se esquece do espetáculo. Um dos embaixadores sugere ao público que se divirtam elegendo um “Papa dos Tolos”.

Embaixador: “É simples, o Papa dos Tolos é quem fizer a careta mais feia.”

Três

...

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