Pedagogia

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

Centro de Educação á Distancia

PEDAGOGIA - CL

EAD- Sexta-Feira e Sábado

ATPS

Psicologia da Educação - 2013

Tutora presencial: Nayara Pavani

Docente: Profa. Helenrose A. da S. Pedroso Coelho

SÃO PAULO

2013

ETAPA 1: Sigmund Freud e suas contribuições para educação.

A obra de Sigmund Freud, centrada inicialmente na terapia de doenças emocionais, também veio contribuir em muito na área social e na pedagogia, pois o ato de educar está intimamente relacionado com o desenvolvimento humano, especialmente do aparelho psíquico.

Através das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos entender melhor enquanto educadores, como se processa em nossos educando o desenvolvimento emocional e mental, pois o ser humano constitui-se como um todo, razão e emoção.

As maiores contribuições da Psicanálise com a educação em geral se dão através do estudo do funcionamento do aparelho psíquico e dos processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos vários tipos de pensamento, da aprendizagem através dos processos de identificação e dos processos de transferência que ocorrem na relação professor- aluno.

“Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas de personalidade” PLT (Psicologias pag.51).

Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a auxiliar o educador na difícil tarefa de educar, missão quase impossível de ser realizada plenamente, pois o ser humano vive numa constante luta entre suas forças internas, regidas pelo princípio do prazer (id) e as forças externas que impõem juízos de valores (superego) sobre esses desejos. O educador precisa ajudar o educando a buscar esse equilíbrio na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa ocorrer de forma eficaz.

Segundo PLT o escritor ressalta a compreensão dos sistemas segundo Freud:

Id, Ego e Superego: “É importante considerar que esses sistemas não existem como uma estrutura vazia, mas são sempre habitados pelo conjunto de experiências pessoais e particulares de cada um, que se constitui como sujeito em sua relação com o outro e em determinadas circunstâncias sociais. Isso significa que, para compreender alguém, é necessário resgatar sua história pessoal, que está ligada a história de seus grupos e da sociedade em que vive.” (Psicologias pag. 52 PLT)

Revelando que o ser humano possui vários tipos de pensamento (prático, cogitativo e crítico), o estudo freudiano lembra a importância que tem a escola, proporcionando o desenvolvimento de todas as suas dimensões, alargando assim a capacidade do sujeito buscar alternativas por si próprio e desenvolva o prazer de aprender.

Uma grande contribuição diz respeito à aprendizagem por identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas que lhes foram significativas o ser humano motiva-se no sentido de equiparar a elas sua autoimagem.

É necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos, pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um clima favorável à aprendizagem. Os estudos psicanalíticos revelam que o ser humano transfere situações vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a experiências uma vez reprimidas.

As teorias de Freud podem ser aplicadas ainda hoje na educação, cada vez mais é preciso revê-las para entender como se processa o desenvolvimento do aluno tanto emocional quanto mental. Ainda temos uma educação que infelizmente trata os alunos com uma visão igualitária, usando metodologias que ignoram as diferenças, sem uma análise profunda, que muitas vezes desencadeiam fracassos escolares, que certamente estão ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas que não respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas evolutivas dos educadores.

Etapa 2: Jean Piaget e suas contribuições para educação

Jean Piaget, nasceu em Neuchâtel, uma cidade na Suiça, no dia 9 de agosto de 1896. Diplomou-se em ciências naturais aos 21 anos, doutorando-se pela psicologia, realizando estudos em Zurique em Paris.Foi professor de ciências nas Univercidades; Neuchâtel Lausanne e Genebra; e de psicologia genetica na Sorbonne de 1952 a 1963. Piaget tornou-se membro do conselho executivo da instituição, Piaget abordou o desenvolvimento da inteligência através do processo de maturação biolôgica.

A teoria de Piaget é caracterizada como interaceonista, quanto mais complexa for esta interação mais inteligente será o individuo. Para Piaget estrutura de maturação do individuo sofre um processo genetico e a gênese depende de uma estrutura da maturação. Segundo ele, o desenvolvimento do raciocino se expressa na seguintes etapas.

1º Período sensório-motor (0 a 2 anos): Caracteriza-se pela formação de esquemas de ação que possibilitam à criança assimilar objetos e pessoas e pela construção pratica das noções de objeto, espaço, casualidade e tempo. Progressivamente a criança vai aperfeiçoando tais movimentos reflexos e adquirindo habilidades.

2º Período pré-operatório (2 a 7 anos): A passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é marcada pelo aparecimento da função simbólica, ou seja, é a emergência da linguagem. Neste estágio outro aspecto que aparece, é a capacidade que a criança desenvolve realizar operações mentalmente e não são mias apenas através de ações físicas típicas do estagio sensório-motor.

3º Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): Neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior da lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes.

4º Período das operações formais (12 anos em diante): Nesta fase a criança amplia as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. A criança adquire capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta, discuti valores morais de seus pais e constrói seus próprios, adquirindo, portanto, autonomia.

Cada uma dessas fases é caracterizada por formas diferentes de organização mental que possibilitam as diferentes maneiras do individuo relacionar-se com a realidade que o rodeia.

A contribuição de Piaget, foi estudar o raciocino lôgico matemático, que é fundamental na escola mais não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento é uma possibilidade limitada.Para Piaget ficou claro, que ás crianças não raciocinam como os adultos e apenas gradualmente se inserem nasa regras, valores e simbolos da maturidade psicolôgica.

Etapa 3 Henri Wallon e suas contribuições para educação.

Henri Wallon nasceu em 15 de junho de 1879, em Paris, filho de Paul Alexandre Joseph e neto de Henri-Alexandre Wallon. Estudou filosofia, psicologia e medicina. Sua primeira formação foi em 1902 aos 23 anos na área de filosofia e iniciou sua atividade profissional lecionando filosofia, em 1908 formou-se em medicina quando nessa época ele tinha 29 anos. Em 1925, ele criou um laboratório de psicologia biológica da criança. Depois se tornou professor da Universidade Sorbonne.

Durante certo de sua vida profissional até o ano de 1931 Wallon também atuou na medicina com especialidade na área psiquiatra e começou a se dedicar cada vez mais por crianças com deficiência neurológicas e distúrbios de comportamento, assim foi se interessando e se dedicando ainda mais pelas crianças e pela psicologia da criança. Buscando mais conhecimento de crianças, participava de palestras, debates educacionais entre outros.

No ano de 1948 com intuito de ajudar e contribuir para a educação infantil criou a revista Enfance que é publicada até hoje, esta revista ajuda na formação do professor com orientações profissionais como adaptação escolar etc. Wallon também foi presidente em grupo de Escola Nova, nessa época reunia sempre com vários educadores para trocar experiências focando sempre a respeito dos problemas concretos da educação infantil.

Sua teoria pedagógica era considerada como estágios do desenvolvimento sendo eles;

- 1º Estagio Impulsivo emocional entre a idade de 0 a 1 ano quando a criança expressa sua afetividade através de movimentos sem coordenação, quando tentam chamar a atenção dos adultos, fazem isso para garantia de sobrevivência.

- 2º Estagio Sensório-motor e projetivo entre a idade de 1 a 3 anos quando a criança desenvolve com os reflexos de movimentos e desenvolve a linguagem. Nesta fase a criança começa a dar seus primeiros passos, isso incentivada e auxiliada por adultos, também desenvolvem a FALA, tentando repetir sons produzidos por adultos.

- 3º Estagio – Personalismo entre a idade de 3 a 6 anos quando a criança tem seu próprio domínio sabendo o que é seu. Adquire sua personalidade, percebe a diferença em ser um filho mais velho por exemplo.

- 4º Estagio – Categorial entra a idade de 7 a 12 anos quando a criança começa a mostrar interesse para as coisas, descobertas, idade que na maioria dos países é obrigatório o estudo. Nesta época é normal as crianças quererem chamar a atenção com suas atitudes, geralmente às crianças têm fácil desenvolvimento de leitura, cálculos matemáticos.

- 5º Por fim o Estagio da puberdade e adolescência a partir dos 12 anos, para Wallon nesta fase em diante começa a “crise da puberdade” onde a “tranquilidade” é rompida, vem à alteração hormonal, alteração de sentimento, Em muitos casos os adolescentes tornam-se intolerantes principalmente com relação a regras d9adas em sua residência pelos pais.

Os professores não podem se limitar apenas em Livros, mas também devem tirar proveito das suas próprias experiências diz Henri Wallon.

Lev Vigotski, e suas contribuições para a Educação.

Lev Seminovitch Vygotsky nascido na Rússia em 1896 de família judaica, culta e de boas condições financeiras, teve desde pequeno uma sólida formação. Formado em Direito apoiou a revolução Bolchevique, lecionou Literatura Estética e História da arte e fundou um laboratório de Psicologia e em 1934 morreu de tuberculose, deixando mais de 200 trabalhos Científicos.

Suas ideias foram desenvolvidas na saída da Evolução Comunista 1971 seu desejo era de reescrever a psicologia, construir uma teoria da educação adequada ao novo mundo, originando assim uma corrente pedagógica a do sócio construtivismo que consistia em acreditar que o ser humano é passivo pelo meio, Vygotsky viu extrema importância nas relações interpessoais visualiza a dimensão social como fator decisivo na construção do sujeito.

Segundo Vygotski, o ensino deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho, porque na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes. É isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem de potencial de aprender, potencial que é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto.

A zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha. Saber identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de cada aluno entre ambos são as duas principais habilidades que um professor precisa ter.

Vigotski atribuiu muita importância ao papel de professor como impulsionador do desenvolvimento psíquicos das crianças. A ideia de um maior desenvolvimento conforme maior aprendizado não quer dizer, porém que se deve apresentar uma quantidade enciclopédica de conteúdo aos alunos. O importante para o pensador é apresentar as crianças formas de pensamentos não sem antes detectar que condições elas tem de absorvê-las.

Considerações finais:

Este trabalho foi de suma importância, não só para a nossa formação profissional, como também para o nosso dia-a-dia, com as pessoas que nos relacionamos. O legado destes grandes nomes da Psicologia foi e continua sendo de grande contribuição para a humanidade, ainda hoje, tanto as teorias de Freud, como as de Jean Piaget, Henri Wallon e Lev Vigotski, são aplicadas na educação e cada vez mais é preciso revê-las para entender como se processa o desenvolvimento do aluno tanto emocional quanto mental. Infelizmente temos uma educação que trata os alunos como iguais, usando metodologias que ignoram as diferenças e o professor muitas vezes não consegue analisar mais profundamente os porquês de determinados fracassos escolares, que certamente estão ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas que não respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas evolutivas dos educando e que também de certa forma nos ensina a entender nosso comportamento diante dos educadores.

Referências

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