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Pedagogia - LIBRAS

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Por:   •  13/11/2013  •  Seminário  •  922 Palavras (4 Páginas)  •  463 Visualizações

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PEDAGOGIA – LIBRAS

ETAPA 1

A inclusão social, nos mais diversos âmbitos, é um tema frequentemente abordado e a surdez, a educação especial de surdos e a inclusão desses alunos em escolas da rede regular de ensino se referem não só quanto a educação, mas tange uma abordagem clínica e terapêutica. A surdez envolve diferenças culturais com sua própria língua gestual e visual. Essas diferenças fazem com que os surdos tenham suas próprias formas de aprender e entender o mundo, formas diferentes dos ouvintes. Toda criança surda deve ter uma educação bilíngue, o desenvolvimento escolar dessas crianças somente ocorrera de forma efetiva se a linguagem de sinais, LIBRAS no Brasil, for a primeira língua para elas.

No Brasil os movimentos para inserção dos surdos na sociedade começou no século dezesseis, segundo o FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos), mas só no século seguinte foi fundada uma escola para os surdos baseada em gestos, escola esta fundada pelo abade Charles L’Epeé. No século dezenove Dom Pedro II funda o Instituto Nacional dos Surdos e Mudos. No ano de 1960 William Stokoe prova através de um estudo que a linguagem de sinais é equivalente a linguagem oral. No final de 1970 o Brasil introduz a Comunicação Total. Em 1987 é criada a FENEIS, que em 2002 consegue oficializar a LIBRAS em todo o território nacional.

A utilização de nomeações referentes as pessoas que tem alguma perda auditiva é discutível. O termo surdo-mudo era e ainda é amplamente aplicado a pessoas com surdez. É um termo que não expressa a verdade, pois apesar do raciocínio imediato implicar que quem não ouve não fala, em verdade não é bem assim que funciona. No que se refere à questão anatômica e fisiológica do corpo humano tem-se que o sistema auditivo não estabelece relação nenhuma com a “falta de fala” no indivíduo surdo. Há muito surdos que conseguem falar oralmente. Isso decorre da falta de aquisição da linguagem, do retorno auditivo, fundamental para que a criança aprenda a linguagem.

O termo surdo se mostra o mais adequado. Devemos considerar os surdos não como portadores de uma condição de surdez, mas sim como uma minoria linguística. É deste modo que os surdos preferem ser chamados, uma vez que compõem uma cultura forte e rica como qualquer outra. É neste momento, também, que uma reflexão importante vem à tona: o termo correto é língua ou linguagem de sinais? É indispensável pensarmos que o instrumento de comunicação dos surdos se equivale a qualquer outra língua no mundo, já que sua abrangência é total, sem deixar que nenhum termo sequer escape. Assim, a língua de sinais brasileira foi considerada, a partir de meados de 2002, oficializada como língua no Brasil, tendo assim, seu status linguístico reconhecido.

O último termo, também amplamente utilizado, é o deficiente auditivo que foi originalmente empregado por profissionais da área médica, na tentativa de identificar a surdez como também uma deficiência e tratá-la como tal. Com o surgimento da fonoaudiologia, contudo, a conscientização do uso deste termo passou a ser restrita em casos de realização de um exame denominado Audiometria. É a partir deste exame fonoaudiológico que confirma-se ou não uma suspeita de surdez do indivíduo através do estabelecimento de limites auditivos deste paciente.

A Língua brasileira de sinais teve sua origem através do alfabeto, Manuel Francis, que chegou ao Brasil em 1856. Os estudos sobre a surdez e suas conseqüências lingüísticas e cognitivas continuavam a provocar controversa e, ainda hoje, esse tema é de grande interesse para todos os profissionais que buscam uma melhor qualidade na educação

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