Percepção sobre o meio ambiente dos estudantes da Escola Municipal Antônio de Castro Pinto no distrito de São José do Goiabal do município de Governador Valadares-MG
Por: Dani Pericelles Thiago Lott • 30/9/2015 • Monografia • 7.263 Palavras (30 Páginas) • 598 Visualizações
Percepção sobre o meio ambiente dos estudantes da Escola Municipal Antônio de Castro Pinto no distrito de São José do Goiabal do município de Governador Valadares-MG
Daniele Pericelles de Oliveira. Tecnologia em Gestão Ambiental - Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, campus Governador Valadares. danipericelles@gmail.com
Prof. Msc. Luiz Fernando da Rocha Penna. Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais IFMG, campus Governador Valadares
RESUMO
Os problemas ambientais atingiram tamanha magnitude que gerou uma preocupação mundial, tornando a educação ambiental um caminho fundamental para que a população atue com comprometimento e responsabilidade para proteger e preservar o meio ambiente. Este trabalho tem como objetivo um estudo da sensibilização ambiental infantil dentro de uma escola, ou seja, verificar se as crianças sabem ou não o que é meio ambiente e o que fazer para preservá-lo. Para isso, foi elaborado um questionário semiestruturado para ser respondido pelos estudantes no intuito de verificar ações e concepções da relação aluno-meio ambiente. Terá como propósito a educação ambiental no contexto escolar para estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental e na formação destes para uma nova visão socioambiental, despertando a consciência e sensibilizando-os em relação à qualidade ambiental, de forma que o aprendizado em torno do meio ambiente seja levado com eles em todo seu crescimento.
PALAVRAS-CHAVE: educação ambiental; consciência; responsabilidade.
ABSTRACT
Environmental problems have reached such magnitude that has caused a worldwide concern, making environmental education a fundamental way to ensure the population will act with commitment and responsibility to protect and preserve the environment. This work aims to study children’s awareness of environment inside of the school, which means checking if children know what environment is and how to preserve it. To find out the answer, a semi-structured questionnaire was designed to be answered by students in order to verify their actions and understanding of environment. According to the survey results, environmental education within the school context should be provided for students in the first years of elementary school to train them for new environmental vision, raise awareness and sensitize them on environmental quality, so that learning about the environment will be carried with them throughout their growth.
KEYWORDS: environmental education; consciousness; responsibility.
1 INTRODUÇÃO
A qualidade ambiental e os recursos naturais são fatores de extrema importância para a manutenção da vida do ser humano, porém durante um longo período esses bens foram utilizados de maneira insustentável prejudicando todo ciclo da natureza. Assim, nos dias de hoje, a questão ambiental se transformou numa preocupação mundial.
A educação ambiental surge com a preocupação de estabelecer uma “nova aliança” entre a humanidade e a natureza, que não seja sinônimo de autodestruição (REIGOTA, 1994). Gerando assim uma tendência pedagógica em todo o mundo e fazendo com que as escolas assumam um papel importante na formação de futuros cidadãos. A escola tem sido considerada o lugar privilegiado de aprendizagem, onde se devem adquirir valores e promover atitudes e comportamentos pró-ambientais (GOMES, 2000).
Nesse sentido, por sua própria natureza, a educação ambiental traz consigo um apelo por mudanças de paradigmas e posturas. Ela nos mostra que é possível transformar e redirecionar os rumos da vida planetária (SOUZA, 2005).
Seguindo essa linha de raciocínio, compreende-se que com mudanças de atitudes, pode-se reverter o quadro ambiental atual. Assim, a realização da educação ambiental deve ter início na escola, para em seguida atingir os demais segmentos da sociedade, já que a inserção da dimensão ambiental na escola possibilita a realização de um trabalho contínuo (SILVA, 1995).
Para Silva (2004), a educação ambiental não é coisa nova no Brasil. Nos anos 60, já se colocava em prática um método educacional que partia da interação entre o estudante e seu meio, sua comunidade. Ainda de acordo com Silva, de lá para cá, com o modelo de desenvolvimento adotado (capitalismo), nossa relação com a natureza piorou muito, embora a temática da educação ambiental tenha ganhado força no período. Mesmo assim, hoje vivemos um momento de reflexão, que exige mudanças em termos globais. Mudanças que podem ser efetivadas com a colaboração da educação, particularmente a ambiental.
Mas a educação ambiental só veio mesmo a ser discutida a partir dos anos 70 com a Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, que foi considerada como um marco histórico e político internacional para o surgimento de políticas de gerenciamento ambiental. Foi lá que se reconheceu o desenvolvimento da educação ambiental como o elemento crítico para o combate à crise ambiental no mundo (DIAS,1999).
Ainda segundo Dias (1999), realizou-se em 1975, promovido pela UNESCO, o Encontro de Belgrado, que teve como tema principal a importante necessidade de uma nova ética global que proporcionasse a erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da poluição e da dominação e exploração humana. Em 1977, foi realizada a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental em Tbilisi, Geórgia, ex-URSS, o qual iniciou um processo em nível mundial e que foi responsável pela elaboração de uma declaração com princípios, estratégias e ações orientadoras em educação ambiental que são adotados até a atualidade.
E assim começaram a se formar ações e organizações de eventos por todo o mundo, incluindo no Brasil, baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e participação e práticas interdisciplinares. A ampliação e o aprofundamento do movimento ambientalista permitiam revelar o componente ideológico da distribuição desigual de riscos sócio-ambientais (SEGURA, 2001).
No entanto, a busca de uma sociedade mais equilibrada, tanto do ponto de vista ambiental como social passa, necessariamente, pela formação de cidadãos não só visando a utilização racional dos recursos naturais, mas também, a participação do cidadão nas decisões de problemas ambientais pertinentes a esse assunto (BERNARDI, 2006).
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