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Perspectivas de ação sobre o processo de avaliação de treinamento

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Por:   •  24/2/2015  •  Projeto de pesquisa  •  6.189 Palavras (25 Páginas)  •  366 Visualizações

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SUPERVISÃO ESCOLAR: perspectivas de ação face ao processo de avaliação da aprendizagem

Emily Pereira Lacerda *

Walderlene Sousa Lima**

RESUMO

Supervisão escolar: perspectivas de ação face ao processo de avaliação da aprendizagem. Busca-se refletir sobre a figura do Supervisor Escolar na atualidade e seu fazer pedagógico o qual envolve ações tais como assessorar, acompanhar, orientar, monitorar e analisar sistematicamente todo o processo educativo e não mais apenas controlar os professores, como outrora. Vislumbra-se, de forma especial, seu papel como mediador da prática avaliativa na escola, esta compreendida enquanto fase de extrema importância no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista os paradigmas vigentes. Aponta-se ainda a necessidade de uma formação profissional do Supervisor mais consistente para a melhoria da qualidade das ações desenvolvidas por este profissional no contexto escolar e conseqüentemente para a qualidade em todo o processo educacional.

Palavras - chave: Supervisão Escolar. Aprendizagem. Avaliação.

1 INTRODUÇÃO

Neste artigo reflete-se sobre o papel do supervisor face ao processo de avaliação da aprendizagem, tomando como referência a práxis avaliativa de professores e supervisores de forma crítica. Tem por finalidade precípua analisar o papel do supervisor no processo de avaliação face aos resquícios do ensino tradicional que ainda estão inseridos na prática de alguns professores.

Objetiva, ainda, demonstrar como a ação supervisora escolar pode, dentro dos aspectos práticos da relação professor/aluno, acompanhar as mudanças paradigmáticas da avaliação, apesar das barreiras que existem no processo de avaliação.

Dessa forma, o presente artigo evidencia uma abordagem sobre a supervisão escolar e sua importância no processo de avaliação da aprendizagem, estruturando-se da

_________________

*Pós Graduanda em Orientação Educacional, Supervisão e Gestão Escolar (OESGE) pelo Centro de Avaliação, Planejamento e Educação do Maranhão (CAPEM) - Santa Fé, São Luís Ma.

** Orientadora. Pedagoga. Terapeuta Ocupacional. Especialista em Gerontologia. E-mail: walderlenesousa@gmail.com

seguinte forma: a princípio elencam-se alguns fatos importantes na evolução histórica dessa profissão destacando-se, entre outros, o Plano Geral dos Jesuítas conhecido como Ratio Estudiorum elemento relevante para o entendimento da História da Educação no Brasil e de forma particular da História da Supervisão Escolar, uma vez que neste documento figurou inicialmente a idéia de supervisão.

Destaca-se a mudança de paradigma em seu fazer pedagógico, que na atualidade não mais se restringe apenas ao controle do corpo docente, mas envolve ações complexas tais como assessorar, acompanhar, orientar, monitorar e analisar sistematicamente todo o processo educativo visando à melhoria da qualidade de processo ensino-aprendizagem. Tratam-se também de temáticas como a formação e a prática do Supervisor Escolar enfatizando os desafios desse profissional na práxis avaliativa.

No segundo momento abordam-se aspectos referentes à avaliação apontando a necessidade de formação profissional mais consistente para o Supervisor.

Propõe-se com isso, desencadear reflexões sobre a importância desse profissional na atual conjuntura educativa.

2 SUPERVISÃO ESCOLAR

2.1 Aspectos Históricos

Dermeval Saviani - no livro organizado por Naura Syria Ferreira - Supervisão Educacional para uma escola de qualidade: da formação à ação ? traça uma rica retrospectiva da história da Supervisão. Para ele, mesmo nas comunidades primitivas "onde a educação se dava de forma difusa e indiferenciada, estava presente a função supervisora." (SAVIANI in FERREIRA, 2006, p.14).

O pesquisador defende que ao longo dos tempos sempre se teve presente a função supervisora, esta desempenhada por diferentes figuras em dado período e/ou sociedade.

No Brasil, foi em 1549 que teve início no país a atividade educativa, com a vinda dos jesuítas. A partir de 1570, após a morte de Manuel da Nóbrega, o ensino foi orientado pelo Plano Geral dos Jesuítas, conhecido como ?Ratio Studiorum?, no qual já se notava a idéia de supervisão. Savianni (in FERREIRA, 2006, p.20) ratifica:

Com a vinda dos primeiros jesuítas em 1549 dá-se inicio à organização das atividades educativas em nosso país. No Plano de Ensino formulado pelo padre Manuel da Nóbrega está presente a função supervisora, mas não se manifesta, ainda, a idéia de supervisão. Mas no Plano Geral dos jesuítas, o Ratio Studiorum, que é adotado no Brasil especialmente após a morte de Nóbrega, ocorrida em 1570, já se faz presente a idéia de supervisão.

No Ratio Studiorum a idéia de supervisão educacional está ligada à figura do Prefeito de Estudos. O Prefeito Geral dos Estudos era uma espécie de assistente do reitor para auxiliá-lo na boa ordenação dos estudos. Suas funções consistiam em controle e orientação do trabalho dos professores, objetivando garantir a aprendizagem. Sua atuação estava subordinada ao reitor. O Prefeito dos Estudos desempenhava uma função importante dentro do sistema de ensino dos jesuítas e somente foi extinta em 1759, com as Reformas Pombalinas.

Após a expulsão dos Jesuítas e as Reformas Pombalinas o sistema de ensino foi extinto e junto com ele o cargo de Prefeito de Estudos o que considerado um retrocesso, tendo em vista que a partir de então professores leigos foram admitidos para as aulas régias introduzidas pelas reformas de Pombal.

A idéia de supervisão continuava presente, agora, englobada nos aspectos político-administrativos (inspeção e direção) da figura do Diretor geral; e também nos aspectos de direção, fiscalização, coordenação e orientação do ensino, na figura dos Diretores dos Estudos.

Outro fato importante nesse apanhado histórico foi a formulação da primeira Lei para a Instrução Pública em 15 de Outubro de 1827 - após a Independência do Brasil - que instituiu as Escolas de Primeiras Letras baseadas no "Ensino Mútuo", método que concentrava no professor as funções de docência e supervisão, ou seja, instruir os monitores e supervisionar as atividades de ensino e aprendizagem dos alunos:

Durante

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