Pesquisa Acao

DEFINIÇÃO

Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT)

A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa participante enganjada, em oposição à pesquisa tradicional, que é considerada como "independentte". "não-reativa" e "objetiva". Como o próprio nome ja diz, a pesquisa-ação procura unir a pesquisa à ação ou prática. Isso significa, desenvolver o conhecimento e a compreensão como parte da prática. É, portanto, uma maneira de se fazer pesquisa em situações em que também se é uma pessoa da prática e se deseja melhorar a compreensão desta, pois, a pesquisa-ação surgiu da necessidade de superar a lacuna entre teoria e prática.

Um dos pioneiros da pesquisa-ação foi o psicólogo alemão Kurt Lewin (1890 - 1947).

 

APLICABILIDADE

Aplica-se nos casos onde as relações dinâmicas entre o mundo real e o sujeito, ou seja entre o mundo objetivo e a subjetividade das facetas humanas não podem ser traduzidas em números. A PA é indicada no estudo de situações, instituições, movimentos ou processos sociais nos quais está em jogo uma ação coletiva. Também é utilizada em outras áreas como as de organização técnico-organizativa.

O principal desafio da PA, consiste em produzir novas formas de conhecimento social e novos relacionamentos entre pesquisadores e pesquisados, e novos relacionamentos de ambos com o saber.

Além da área educacional,onde é especialmente indicada, a pesquisa-ação pode ser aplicada em qualquer ambiente de interação social que se caracterize por um problema, no qual estão envolvidos pessoas tarefas e procedimentos.

 

PROCEDIMENTOS

O planejamento de uma pesquisa-ação é dotado de uma flexibilidade considerável, pois ela não segue uma formatação rígida. Portanto, os procedimentos abaixo destacados, embora necessários à efetivação da pesquisa, não precisam seguir necessariamente a ordem estabelecida.

 

Fase Exploratória

Serve para diagnosticar a realidade do campo de pesquisa, dos problemas de primeira ordem e de eventuais ações preliminares. São levantados os principais objetivos de comum acordo entre pesquisadores e a comunidade em questão.

 

Tema da Pesquisa

O tema deve interessar tanto aos pesquisadores como aos sujeitos investigados (participantes) a fim de que todos desempenhem papel eficiente no desenvolvimento da pesquisa.

 

Problematização

Define-se a problemática na qual o tema escolhido ganhe sentido. É o momento de discutir a relevância científica e prática daquilo que será pesquisado.

 

 

Teoria

Deve ser escolhida aquela que melhor se adapta à realidade de campo e ao tema proposto. Todas as informações que forem levadas ao fórum de debates deve portanto serem balizadas por essa teoria, ou ao menos serem interpretadas à luz dessa teoria para que a pesquisa se revista de cunho científico.

 

 

Hipóteses

Apesar da falsa concepção de que a pesquisa-ação, por atuar na linha interpretativista não requerer hipóteses, temos de compreendê-las como suposições que devem prudentemente ser formuladas pelo pesquisador à respeito de possíveis soluções para um problema que careça de melhor abordagem.

Cabe no entanto esclarecer, que na linha interpretativista as hipóteses não são testadas. Elas assumem um caráter de condutoras do pensamento.

 

 

Seminário

Serve para examinar, discutir e tomar decisões acerca da investigação. Além disso, também desempenha a função de coordenar as atividades dos grupos. Devem ser elaboradas Atas.

 

 

Amostragem e Representatividade Qualitativa

Uma pesquisa-ação pode