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Resenha Crítica Pesquisa-Ação nas Organizações

Por:   •  17/9/2015  •  Resenha  •  3.677 Palavras (15 Páginas)  •  1.403 Visualizações

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Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação

Resenha Crítica

Pesquisa-Ação nas Organizações

Michel Thiollent

Professor: Eli Lopes

Equipe: Bruno Ribeiro
             Diego Santos

              Michel Machado

              Rafael Lessa


1. Referência Bibliográfica

THIOLLENT, Michel. PESQUISA-AÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES. São Paulo: Atlas, 1997.

2. Credenciais do Autor

Michel Thiollent é francês e vive a muitos anos no Brasil, sociólogo, doutor em sociologia e economia. É autor de livros sobre metodologia da pesquisa-ação, por isso, considerado um "metodólogo". Suas áreas de estudos abrangem desenvolvimento local, extensão universitária, sistemas agroindustriais, inovação tecnológica e organizacional. Professor da COOPE (Instituo Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dr. Thiollent fala sobre pesquisa científica, patentes e desenvolvimento tecnológico.

3. Resumo da Obra

Capitulo I - A Pesquisa-ação e seus compromissos

O conceito de pesquisa-ação tornou-se evidente nos anos 60, especialmente na América Latina. Ela nada mais é do que uma pesquisa na qual se procura obter como resposta o esclarecimento dos objetivos, onde essas respostas não devem ser utilizadas para fins particulares, principalmente em âmbito profissional. Em um ambiente profissional, esse método deve ser realizado para solucionar grandes problemas de uma organização como um todo, não somente para visar lucros e aumento de produtividade, no caso de uma gerencia, por exemplo. Deve-se também deixar claro que uma pesquisa-ação deve ser realizada com o consenso de todos os envolvidos.

Já pesquisa participante, ao contrario de uma pesquisa-ação, nem sempre possui uma ação planejada onde os resultados não são disponibilizados a todos, e sim, fica na consciência de cada um dos envolvidos. Na América Latina, vemos muitas dessas pesquisas, principalmente nas populações mais carentes, porém deve-se frisar que não é uma pesquisa-ação porque não se trata de uma ação organizada.

Às vezes uma pesquisa ação para melhorar as condições de trabalho pode estar acobertada com o intuito tradicional de aumentar os lucros. Ela se torna estável e confiável quando não são comandadas por indivíduos que ocupam cargos altos, assim todos sempre estão bem informados tornando-se um processo democrático. Pode-se não chegar a uma conclusão, mas se obtém informações para o futuro.

Quando ela utiliza uma linguagem de fácil interpretação, ela se torna suscetível a críticas e questionamentos, que ajudam muito nas soluções, principalmente se são de conhecimento coletivo.

Para uma perspectiva crítica desse processo, devem-se ter informações e argumentos, mas estes não serão definitivos e sim, discutidos. E tendo conhecimento sócio organizacional e tecnológico, tem-se conhecimento instrumental para ter uma boa pesquisa.

O principal objetivo de uma pesquisa organizacional é aumentar a desempenho, se possível com qualidade e segurança. Podemos ter mudanças organizacionais, desde o layout até as regras de uma organização, mas hoje em dia o foco é a qualificação e a automatização dos processos, podendo ser eles culturais e educacionais, que acarretam numa mudança como um todo. Mas uma pesquisa-ação tem suas limitações, como ela necessita de um planejamento para chegar a um ponto final, deve-se adquirir conhecimento para chegar a isto, como por exemplo, um professor e um aluno, onde não devem existir conflitos e sim, consciência nas discussões.

No Brasil, essa tendência de pesquisa-ação, vem de encontro aos padrões Europeus e Americanos que buscam soluções decorrentes de ações propostas pelos grupos envolvidos nela. Essa “moda” não é passageira, já que ela pode ser adaptada conforme a necessidade apresentada.

Do ponto de vista científico, essas pesquisas buscam a imparcialidade retratada por todos, mas sem excesso de subjetividade. Porém esse ponto de vista se torna difícil de ter em uma organização, onde existem hierarquias, onde elas devem ser obedecidas, mas as opiniões devem ser de conhecimento de todos.

Capítulo II - O Desenvolvimento da Pesquisa-ação

Ao longo dos anos a pesquisa-ação vem se transformando, através do trabalho feito por profissionais das organizações, da educação e do serviço social, principalmente em países de terceiro mundo. Nesse caso, a pesquisa-ação tem um caráter social e ganha força quando gera insatisfação entre os pesquisadores, devido a seus modelos convencionais, já que ela pode ser adaptada conforme a necessidade proposta tendo o objetivo de interpretar, argumentar, analisar e discutir as situações.

A Pesquisa-ação também é marcada por influências filosóficas, principalmente Europeias. A arte e a cultura também são acrescentadas em sua proposta. Ela também considera outros vários elementos, pressupondo de uma concepção de ação tais como: indivíduos, eventos, etc., onde suas consequências podem ser avaliadas.

De Acordo com Desroche (2006) citado por Thiollent (2009), existem três tipologias de participações desses elementos: explicação, aplicação e implicação, com níveis de participação de integral até ocasional, sendo oito níveis no total. Ela ocorre em diversos locais, mas principalmente em empresas que visam mudanças organizacionais, conhecida como Desenvolvimento Organizacional.

Para um Desenvolvimento Organizacional pode-se utilizar fichas contendo as ideias resultantes dos trabalhos em grupo, onde estas são colocadas em gráficos e posteriormente interpretadas, sempre buscando uma participação mais ativa e aberta por parte dos colaboradores. No Brasil, isso ocorre em empresas de grande porte, nos setores de recursos humanos, não se descartando a área técnica. Normalmente esses procedimentos são feitos em pequena escala para que se possa ter um exemplo e ser aplicado depois para o todo.

Visando a melhoria das condições de trabalho como um todo, tem-se o conceito de Gestão de Qualidade, que na maioria das vezes é aplicada por sindicatos ou instituições ligadas aos colaboradores. Isto está ligado à qualidade de vida no trabalho, que se implantada corretamente, acarreta na qualidade do produto (não se investe somente em favor do produto como antigamente) e desse modo implanta-se a gestão de qualidade. Isso se faz necessário com o aumento das reclamações por parte dos trabalhadores, como: fadiga, carga de trabalho ou baixa remuneração, onde estes devem ser solucionados junto ao RH da organização.
Com um trabalho checado, planejado e feito corretamente, pode-se alcançar os interesses de ambos os lados.

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